Harry e Gina estavam sentados próximos da lareira, depois de voltarem à sala Comunal da Grifinória. O fogo ardia calmamente, consumindo de forma lenta e dolorosa o carvão fornecido. O calor era perfeitamente aconchegante, ainda mais quando se tinha Harry Potter ao seu lado.
Gina sabia que era meio estúpido, mas apenas de estar perto dele, seu peito ficava aos pulos, batendo rapidamente. Ela o amava, e este sentimento era inabalável. Mais antigo que a própria magia, o único que podia vencer miséria, a dor, a perda e a tristeza.
Amor.
Aquela simples palavra que fazia rostos envergonhados corarem em questão de segundos.E Gina sentia isso em cada parte de seu corpo,o que, apesar de todas as coisas boas, era ruim.
Era tudo tão intenso e Harry era tão complicado que chegava a doer.
Seu peito parecia enlaçados em uma cesta pequena demais para ele.Pequeno, apertado, angustiado. Pelo simples fato de não ter coragem de terminar com Dino Thomas.
Dino estava passando por dias de luto por causa da morte da avó.Gina tinha medo da reação dele,de mágoa-lo mais.
Gina só precisava de um tempo, em tudo.Precisava esquecer, embora não desejasse tal coisa.
"O que você acha que Draco pode estar tramando?"perguntou Gina, voltando à realidade subitamente.
"Não sei.Mas Snape disse algo sobre Voldemort e...uma missão. Isso realmente não me parece coisa boa."respondeu Harry, com as mãos inquietas, mudando de posição à todo momento, deixando seu nervosismo evidente.
Gina sentiu-se aliviada,por não ser a única nervosa naquele momento, e ela tentou imaginar quem não estaria.
"Claro que não é coisa boa.Não quando você-sabe-quem está envolvido."disse Gina, suspirando.
"O medo do nome só aumenta o medo da coisa em si."murmurou Harry, comprimindo os lábios.
"Não me importo, não tenho medo dele."disse ela, mais para si mesma do que para Harry."Mas já virou um costume para mim chama-lo assim.Fui educada dessa forma."
Harry desviou o olhar, aparentemente magoado, e Gina tentou entender o que havia falado errado.
Claro.
Se Harry ainda tivesse os pais ele também falaria você-sabe-quem.Se Harry ainda tivesse os pais Harry não teria mais os pais,se é que isso faz sentido.
A ruiva pegou o atiçador de fogo, e remexeu no carvão, até que o fogo aumentasse.
"Boa noite.Vou me deitar."disse ela, se levantando desajeitadamente,e correndo para o dormitório feminino.
E, assim que a garota se deitou,os breves sinais de sono havia desaparecido completamente.
Ela simplesmente queria que tudo fosse mais fácil.Gina se sentia como as adolescentes Trouxas, que tinham paixões platônicas por atores que elas nem conheciam.Mas, no caso de Gina, ela conhecia e isso só tornava tudo mais difícil do que se ele fosse distante.
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Kiss me [Hinny]
FanfictionAmor. O quão sabemos sobre ele? Porque mencionamos ele, quando não sabemos nem defini-lo? Afinal, como defini-lo? Talvez aquele frio na barriga, um vazio com a nescessidade de ser preenchido. Ou talvez seja apenas fome. Talvez seja aquele zoológico...