Os vidros estourando, os gritos ecoando e o caos instaurado. Harry não fazia ideia do que estava acontecendo, já havia tentado falar com qualquer pessoa que aparecesse em sua frente.
Finalmente, encontrou McGonagall, que estava em um estado crítico, gritando para todos irem para o Salão Comunal.
O barulho cessou por alguns segundos, voltando em seguida, em gritos e gemidos de angústia. Os vidros pararam de se quebrar e os feitiços pararam de ser conjurados. A massa de alunos se dirigiu para o Salão Comunal, onde Dumbledore estava sentado em sua cadeira, com um semblante calmo.
O s alunos se sentaram, mas a agitação perdurou até que o diretor se ergueu, começando um discurso calmo com informações avassaladoras.
– Hoje, ocorreu um ataque, dos próprios comensais da morte, e, como muitos sabem. Partidários de Voldemort. – metade do Salão estremeceu, ao ouvir o nome. – Não temos certeza se eles voltarão, hoje ou se eles de fato se foram.
A cicatriz de Harry começou a arder, fazendo o garoto comprimir os lábios, formando uma linha reta.
– Amanhã, mandaremos todos os alunos embora, com o intuito de protegê-los ao máximo de tais ataques. Peço encarecidamente que mantenham a calma, e voltem para suas respectivas salas comunais, na companhia dos Monitores. – disse o diretor, com uma voz tranquila.
"Nenhum aluno fora da cama será tolerado. Sem exceções.' murmurou o homem, olhando fixamente para Harry, como se aquilo se aplicasse apenas a ele.
"Tenham uma boa noite.' Disse ele, encerrando a preleção.*"
O Salão manteve-se em silencio por um bom tempo, até que os alunos se levantaram, e, aos sussurros começaram a andar no meio da multidão.
Subitamente, gritos abafados ecoaram no salão, prendendo a atenção de todos nos estudantes da Corvinal.
O máximo que Harry pôde visualizar, foram madeixas vermelhas desaparecendo como um borrão.
Os alunos começaram a entrar em pânico, e, enquanto Harry tentava reagir, Gina o cutucou, apontando para a entrada do Salão, onde duas pessoas pareciam brigar assiduamente, ninguém os ouvia por algum milagre. Ou feitiço.
A ruiva agarrou a mão de Harry, guiando-o atráves da multidão. Assim que atravessaram o portal do Salão, os sons da briga se tornaram claros.
– Seu filho da mãe! –berrou a voz de Lillian. – Eu não consigo acreditar que...protego! Estava metido nessa merda toda!
Lillian e Theodore duelavam no meio do corredor de Hogwarts, e ambos pareciam ignorar a existência de Harry e Gina.
Feitiços eram lançados o tempo todo. Enquanto Theodore tentava – inutilmente – atingir a irmã, a mesma, utiliza feitiços defensivos.
Lágrimas desesperadas escorriam pelo rosto da Corvina, e suas pernas tremiam loucamente.
– Eu te odeio! – berrou ela, se defendendo de um feitiço com perfeição. – Você...fez com que eu me sentisse culpada! E colocou em mim a culpa da morte de uma mãe que nem era minha!
Theodore deu de ombros, com um sorriso sarcástico: – Eu precisava de desconsertar de algum jeito. Você notaria. – seu sorriso se expandiu enquanto pronunciava tais palavras. –Foi para o seu bem.
– Foi para o meu bem?–gritou Lillian, indignada. – Você escondeu o fato de que eu não sou irmã de um monstro, você!
"Escondeu o fato de que eu nunca fui culpada pela morte da sua mãe. E sim você-sabe-quem.'ela suspirou.' E você ainda tem coragem de ajudá-lo?"
– Sim. O Lord das Trevas é um ser grandioso. Ele está acima de todos nós. Até mesmo de bruxos! – berrou Theodore, embriagado pelo poder. – Ele irá trazê-la de volta! Ele vai!
Harry sentiu-se enjoado, pronto para fazer algo, mas Gina o segurou, apontando para Lillian, que parecia furiosa.
– Seu grandessíssimo idiota! Não confie nele! Ele não é um Deus. Ele só vai te usar, e te matar! – berrou a garota, lançando um feitiço contra o sonserino, e outro, e mais outro. – Ele matou meus pais!
Theodore se defendeu dos feitiços com maestria, com um sorriso sádico na face: – Eles mereceram, eles eram sangues-ruins, traidores do sangue. Você devia estar morta, como a trouxa da sua mãe.
– Não fale mal de Lillian Potter! – berrou a ruiva, estuporando o adversário, deixando-o inconsciente.
Os olhos de Harry se arregalaram, e sua pulsação acelerou brutalmente. Suas pernas fraquejaram e os dedos se desvencilharam dos da namorada.
– O-o que você...? – a frase não precisou ser completa.
– Bem, eu acho melhor vocês explicarem tudo isso para o diretor. – disse a voz seca de Snape, escondendo sua sensibilidade. – Por favor, a senha é "gota de limão".
Os alunos seguiram escadas acima, Harry tão pasmo quanto um fantasma, sem conseguir absorver o que havia ouvido. A tensão era palpável.
Snape, no andar debaixo, sentia-se da mesma forma que se sentira dezesseis anos atrás.
Seu peito pesado, e o luto à flor da pele. Ele via Lillian Evans naquela garota. Da mesma forma que via James Potter em Harry.
Uma mescla de ódio com um luto terrível.
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Tcharãns! Presente de Nata para vocês leitores maravilhosooos!
Chegamos aos 1k de votos...uhuuuuu!!!!
Desculpe a demora horrenda, mas vocês sabem, essa bagaça de fim de ano acaba com qualquer um. Fiquei só o pó da rabiola!
Ah, sim, parábens à Vitoria_Thomas ! Sua teoria estava certa sobre o Ted!!!
Aliás, Feliz Natal! Espero que não tenham ouvido bastante piadinha do pavê/pacome, que não tenha tias perguntando sobre os namoradinhos, e que vocês não tenham que catar uva passa do pratos!!
Que vocês ganhem presentes, que vocês fiquem com as pessoas que amam, que vocês sejam felizes, que vocês ganhem muito carinho e...enfim, estou emotiva hoje.
Só o Natal mesmo para me fazer atualizar. Brincadeirinha, posto antes de 2016 <3.
XXMR
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Kiss me [Hinny]
FanfictionAmor. O quão sabemos sobre ele? Porque mencionamos ele, quando não sabemos nem defini-lo? Afinal, como defini-lo? Talvez aquele frio na barriga, um vazio com a nescessidade de ser preenchido. Ou talvez seja apenas fome. Talvez seja aquele zoológico...