Capítulo 28.

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Calma.

Era tudo o que Harry necessitava naquele momento.

Sua respiração estava ofegante, e seu cérebro tentava amparar o restante de sanidade que lhe restava.

Lilian estava sentada ao seu lado, limpando com uma gaze os ferimentos em seus braços. Ao que tudo indicava, um dos vidros do castelo havia explodido perto dela.

Lilian.

Sua irmã.

Aquilo ainda soava surreal na mente do garoto. O simples fato de que ela poderia ter sido "A Eleita", ou a arqui-inimiga de Lorde Voldemort, deixava-o louco.

E, segurando a sua mão, estava Gina.

Gina Wesley, a garota dos seus sonhos. Uma das ruivas da vida de Harry.

Ruivas, sempre ruivas.

Sua mãe, Gina, e agora, Lilian.

Dumbledore se levantou de sua cadeira, com um sorrisinho estampado em sua face.

- Acho que já deu tempo de absorvermos as informações. Não é Sr. Potter? - disse o diretor.

O garoto suspirou, ele nunca teria tempo o suficiente para absorver aquilo tudo.

- Acho que ele merece uma explicação melhor, diretor. - murmurou Lilian.

- Definitivamente, Senhorita Potter.

Senhorita Potter. Aquilo soava ainda mais estranho.

- Bem, Harry, na noite em que seus pais morreram, sua mãe estava grávida, e, de alguma forma, o bebê sobreviveu.

'Ninguém nunca soube explicar como. Mas supõe-se que a maldição da morte, só esteja apta a matar um ser, e não dois'

'Assim que o descobrimos, a garota já estava morando com Sirius. Ele também sabia. E Lupina havia sido escolhido como padrinho'

'Ele não pôde ficar com Lilian, por causa de sua ocorrência lunar. Assim, decidimos levá-la para um orfanato, que era propriedade de uma velha amiga'

'Ela me garantiu que nada aconteceria à garota, e que ela ficaria no local até receber sua coruja. '

'Mas, quando as secretárias deram entrada na ficha de Lilian, de alguma forma, ela foi cadastrada como irmã de Theodore'

'O garoto, não sabia que a verdadeira irmã havia morrido junto com a mãe durante o parto. E, afirmou veemente, que Lillian era sua irmã'

'Infelizmente, quem teve de revelar isto a ele, foi Voldemort. E logo Theodore começou a usar isto contra a suposta irmã.

Harry suspirou.

- É uma história e tanto. - disse ele.

- E como, é. - disse Lillian, com lágrimas brotando em seus olhos.

Harry se levantou, e abraçou a garota, sentindo seu peito bater, triunfante.

- Eu espero que as coisas melhorem a partir de agora. - disse a ruiva, entre soluços.

- Eu também Lillian. Eu também... - falou Harry, mesmo que soubesse que as coisas só iriam piorar.

+++

- O QUE? - berrou Hermione Granger, deixando os livros que tinha em mãos caírem.

Gina esperou um tempo para entender tudo.

O lado ruim de ter Rony e Hermione separados era o fato de ter que lidar com dois ataques sobre a mesma coisa.

Ambos ainda era tontos o suficiente para falar um com um outro, ou admitir que se amavam, e teriam uma filinha, a qual seria afilhada de Gina.

- Harry tem um irmã. - disse a ruiva, pela décima vez. - A Lillian.

Hermione ficou paralisada por alguns segundos, até jogar-se no chão com um gesto dramático para recolher os livros.

- E onde eles estão? - disse ela, formando uma pilha desorganizada.

- Na sala de Dumbledore.

- Isso significa que...agora teremos que arcar com problemas duplicados?

Gina sorriu. É claro que Hermione reagiria de forma diferente de Rony, que havia berrado com um pedaço de carne na boca "eu tenho uma cunhada?". E depois estava se perguntando se ela sabia cozinhar.

- Eu espero que não. - respondeu Gina. - Afinal, irão mesmo nos mandar embora amanhã?

- É o que parece. - disse Hermione, indicando a sala comunal vazia. - Bem, acho que vou dormir. Isso é demais para a minha cabeça.

- Bons sonhos. - murmurou a outra, se sentando no sofá de frente para a lareira.

O fogo dançava na frente da garota, aquecendo-a. A cabeça dela explodia com tantas informações, e, Gina sabia que se fosse dormir com aquilo na cabeça, teria pesadelos.

Piores do que os da noite passada. E da outra. E da outra...todos terríveis, e cada vez piores.

A garota ouviu passos, adentrando a sala comunal, e, cometeu o erro de não olhar para trás, para ver quem era.

A única coisa que ela pôde sentir, foi seu corpo ceder a algum feitiço, fazendo sua mente não controlar mais seus movimentos.

A sensação de dejá-vú a atingiu em cheio, fazendo a garota lembrar-se da influência do Diário de Tom Riddle. Mas, desta vez, o que a controlava era muito mais forte do que uma simples lembrança.

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Kiss me [Hinny]Onde histórias criam vida. Descubra agora