Faixa 4: Wide Angle Lens

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☆★☆ Lentes Grandes Angulares☆★☆

Algumas horas se passaram desde que Mara se prontificou a verificar como estava a namorada bagunceira, Adora, que ainda se encontrava ali, largada no sofá enquanto seu cachorro Cappuccino, lambia seu rosto para ter certeza que a loira ainda estava, de fato, viva, por está tão entregue naquele sono pesado que poderia deixar qualquer pessoa com dúvidas a respeito disso. - devido a ter passado horas acordada trabalhando até tarde da noite.

Tudo na tentativa de finalizar a pedido de última hora, o portifólio qual ficou responsável de entregar no prazo acirrado dado por sua chefe na agência de fotografia de moda, publicidade e artística, "Etérnia In Style", que era onde a loira de olhos azuis de seus vinte e cinco anos trabalhava há mais de cinco anos desde que havia se formado em bacharel de fotografia.

E apesar de Adora, ser uma mulher um tanto bagunceira e desorganizada quando se tratava de cuidar dos afazeres da casa quais detestava fazer, e até mesmo sobre seu visual quase sempre despojado, tinha a total dedicação de uma fotógrafa super criativa, quando se tratava de expressar-se como alguém que vê o mundo através das lentes, de transmitir as suas emoções, suas expressões, e a até mesmo a sua perspectiva do mundo, em cada foto que produzia.

Mas sua maior e verdadeira paixão no mundo das belas artes, é fotografar de maneira não convencional, sem que haja preocupações em gerar fotos tradicionais ou comuns. Retratar a realidade, ou seja, "a vida como ela de fato é", e era essa que sentia ser sua missão na fotografia artística.

Entretanto, devido a forças maiores - no caso, a sua chefe, Ângella - se viu tendo que, a contra gosto, assumir a parte de fotografia publicitária, mas que mesmo assim o fazia com muita dedicação.

E a loira ficou ali no sofá, adormecida até que depois de tantas lambidas de seu cachorro, finalmente foi desperta pelo som da companhia que tocou três vezes a fazendo despertar de súbito.

- Hum? Quê? Que foi? Que houve? - confusa e meio desnorteada pela sonolência e pela visão turva de seu problema de vista de grau leve, ela olhava em volta.

A companhia tocou mais três vezes de forma irritante.

- Quem tá na porta uma hora dessas? - questionou, descobrindo-se do seu edredom do cartoon "She-Ra E as Princesas do poder." - Já vou! Só... - Ela olhou em volta tentando se situar de onde estava - me dá um minuto.

Mas quem quer que fosse e estivesse ali fora, tocando repetidas vezes a companhia que ecoava na cabeça, não pareceu ter ouvido, ou se fez de surdo, e continuou tocando.

Adora, em meio aos toques insistente a sua porta, levantou-se ainda meio tonta e com certa dificuldade de enxerga a distancias longas. - Não que a sua miopia de dois graus num olho, e, um vírgula trinta e cinco em outro, ambos com um certo astigmatismo -, a fizesse ser uma total cega, todavia, a um determinado ângulo e ponto de vista a fazia perder o total senso de profundidade, o que a levava então a tropeçar e cair de forma recorrente, por vezes achar que o chão estava longe, quando na verdade estava perto.

E que também foi suficiente para fazê-la chocar o dedo mindinho do pé na perna da mesa de centro de madeira.

- Ah! Ah... Ai! - gritou, ela, em dor ao deitar no chão prensando o dedinho latejando - Que... merda! - praguejou diante da dor aguda e irritante.

E como se não bastasse toda aquela agonia, a companhia tocava mais e mais.

- Eu já disse que já tô indo, porra! - praguejou.

Todo aquele barulho fez com que o seu doguinho, Capuccino uivasse como um lobo.

Adora, ainda deitada no chão buscou respirar para recuperar a calma diante da situação estressante logo no começo do dia.

I Hate Myself for Loving You - Catradora Modern AU (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora