Teresa
Na segunda feira bem cedinho eu acordei fiz um café pra mim e comi um pão puro mesmo, havia falado com minha vizinha e ela disse que não tinha problema que ficava com o Ravi enquanto eu tivesse fora.
Optei pela minha calça jeans preta de sempre e uma blusa cinza de manga longo e de gola, no pé eu coloquei o meu tênis preto e deixei os cabelos soltos partido ao meio, hoje estavam bonitos e eu ia aproveitar. Estava nervosa, por dois motivos, nunca fiquei longe do meu filho desde que ele nasceu e era a minha primeira entrevista depois de bastante tempo.
Preparei sua mamadeira ainda chocada,eu comprei esse leite no sábado e já está acabando. Enquanto deixo esfriar um pouco acordo meu bebê que estava meio preguiçoso e não queria acordar. Dei um banho nele e coloquei uma roupa quentinha, na bolsa dele eu coloquei três fralfad, uma roupa caso ele sujasse e deixei também uma mamadeira pronta, só precisava misturar com água e coloquei também uns biscoitinhos. Peguei minha bolsa, a bolsa dele e o peguei no colo.
_ Hoje você vai ficar na casa da titia tá meu amor, tem que se comportar, mamãe volta rápido_ Digo e ele me encara sério. Atravesso a rua e aperto a campainha. Minha vizinha era uma moça muito boa e parecia cuidar muito bem dos filhos, sempre os vi bem cuidados.
_ Oi Tia_Uma de suas filhas apareceu na porta segurando uma boneca.
_ Oi querida_ Sorri_ Cadê a sua mãe.
_ Pera ai_ Ela diz_ MAMÃE!
Fiz uma careta ao ouvi-la gritar. Sua mãe apareceu sorrindo.
_ Eu estava acordando as crianças pro colégio, daqui a pouco o transporte chega.
_ Nem sei como te agradecer por ficar com ele_ Eu digo lhe entregando a bolsa_ Tem biscoitinho ai pra ele, e tem uma madeira pronta também, tem fralda aí e uma roupinha limpa_ Eu falo e olho pro meu filho. Não queria me separa dele, não agora.
_ Tá bom_ Falou_ Pode ir, e boa sorte_ Dou um beijinho no meu bebê e estico o braço, bastou ele ir pro colo dela que já começou a chorar, meu filho nunca ficou nem um pouco longe de mim.
_ Não chora filho_ Digo_ Por favor meu amor.
_ Vai logo, se ficar aqui não vou conseguir fazer ele parar de chorar_ Ela diz, eu pondero um pouco pensando se vou ou não. Com muita tristeza eu me apertando minha bolsa.no ombro e saiu de sua casa ainda ouvindo meu bebê chorando. Aquilo estava sendo difícil pra mim.
Fui andando até a estação de metrô, o restaurante ficava perto de onde eu vendia meus doces. Andei pensando nisso também, não vou parar com os doces, porque é uma grana extra, posso vender ao invés de fatos como fazia, vender os potinhos prontos na hora do almoço. Isso se eu conseguir o trabalho né.
Quando cheguei no centro fui andando pois sabia onde era mais ou menos.
Entrei no lugar que parecia bem chique. Fui até o balcão e sorri pra uma atendente.
_ Bom dia_ Digo_ Eu vim por conta da entrevista de trabalho.
_ Infelizmente a vaga já foi preenchida_ Mordi o lábio frustrada.
_ Mas vocês não precisam de ninguém pra nada mais? Eu posso trabalhar como ajudante na cozinha, limpando. Qualquer coisa_ Digo.
_ Infelizmente…
_ Pode deixar que eu atendo_ Uma moça loira a interrompe.
_ Claro, com licenca_ Vejo a outra moça sair.
_ No que posso ajudar?
_ Eu vim pela entrevista de garçonete, já está preenchida. Não tem outra coisa? Eu faço de tudo, sei cozinhar, fazer doces, limpar. Eu faço qualquer coisa_ A moça cruza os braços e ergue a sobracelha.
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Um Doce De Amor - Série " Romances Lindos"
Roman d'amourTeresa Londõno é uma jovem mexicana que cresceu em um orfanato, sem nunca ter conhecido seus pais, mas sua alma irradiava uma felicidade encantadora. Aos dezenove anos, ela embarca em uma jornada rumo aos Estados Unidos, onde experimenta pela primei...