6° capítulo

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Teresa

Na segunda feira bem cedinho eu acordei fiz um café pra mim e comi um pão puro mesmo, havia falado com minha vizinha e ela disse que não tinha problema que ficava com o Ravi enquanto eu tivesse fora.

Optei pela minha calça jeans preta de sempre e uma blusa cinza de manga longo e de gola, no pé eu coloquei o meu tênis preto e deixei os cabelos soltos partido ao meio, hoje estavam bonitos e eu ia aproveitar. Estava nervosa, por dois motivos, nunca fiquei longe do meu filho desde que ele nasceu e era a minha primeira entrevista depois de bastante tempo.

Preparei sua mamadeira ainda chocada,eu comprei esse leite no sábado e já está acabando. Enquanto deixo esfriar um pouco acordo meu bebê que estava meio preguiçoso e não queria acordar. Dei um banho nele e coloquei uma roupa quentinha, na bolsa dele eu coloquei três fralfad, uma roupa caso ele sujasse e deixei também uma mamadeira pronta, só precisava misturar com água e coloquei também uns biscoitinhos. Peguei minha bolsa, a bolsa dele e o peguei no colo.

_ Hoje você vai ficar na casa da titia tá meu amor, tem que se comportar, mamãe volta rápido_ Digo e ele me encara sério. Atravesso a rua e aperto a campainha. Minha vizinha era uma moça muito boa e parecia cuidar muito bem dos filhos, sempre os vi bem cuidados.

_ Oi Tia_Uma de suas filhas apareceu na porta segurando uma boneca.

_ Oi querida_ Sorri_ Cadê a sua mãe.

_ Pera ai_ Ela diz_ MAMÃE!

Fiz uma careta ao ouvi-la gritar. Sua mãe apareceu sorrindo.

_ Eu estava acordando as crianças pro colégio, daqui a pouco o transporte chega.

_ Nem sei como te agradecer por ficar com ele_ Eu digo lhe entregando a bolsa_ Tem biscoitinho ai pra ele, e tem uma madeira pronta também, tem fralda aí e uma roupinha limpa_ Eu falo e olho pro meu filho. Não queria me separa dele, não agora.

_ Tá bom_ Falou_ Pode ir, e boa sorte_ Dou um beijinho no meu bebê e estico o braço, bastou ele ir pro colo dela que já começou a chorar, meu filho nunca ficou nem um pouco longe de mim.

_ Não chora filho_ Digo_ Por favor meu amor.

_ Vai logo, se ficar aqui não vou conseguir fazer ele parar de chorar_ Ela diz, eu pondero um pouco pensando se vou ou não. Com muita tristeza eu me apertando minha bolsa.no ombro e saiu de sua casa ainda ouvindo meu bebê chorando. Aquilo estava sendo difícil pra mim.

Fui andando até a estação de metrô, o restaurante ficava perto de onde eu vendia meus doces. Andei pensando nisso também, não vou parar com os doces, porque é uma grana extra, posso vender ao invés de fatos como fazia, vender os potinhos prontos na hora do almoço. Isso se eu conseguir o trabalho né.

Quando cheguei no centro fui andando pois sabia onde era mais ou menos.

Entrei no lugar que parecia bem chique. Fui até o balcão e sorri pra uma atendente.

_ Bom dia_ Digo_ Eu vim por conta da entrevista de trabalho.

_ Infelizmente a vaga já foi preenchida_ Mordi o lábio frustrada.

_ Mas vocês não precisam de ninguém pra nada mais? Eu posso trabalhar como ajudante na cozinha, limpando. Qualquer coisa_ Digo.

_ Infelizmente…

_ Pode deixar que eu atendo_ Uma moça loira a interrompe.

_ Claro, com licenca_ Vejo a outra moça sair.

_ No que posso ajudar?

_ Eu vim pela entrevista de garçonete, já está preenchida. Não tem outra coisa? Eu faço de tudo, sei cozinhar, fazer doces, limpar. Eu faço qualquer coisa_ A moça cruza os braços e ergue a sobracelha.

Um Doce De Amor - Série " Romances Lindos"Onde histórias criam vida. Descubra agora