33° capítulo

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Teresa

Hoje faz uma semana que finalmente deixei a delegacia, voltei a trabalhar e pra minha rotina

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Hoje faz uma semana que finalmente deixei a delegacia, voltei a trabalhar e pra minha rotina. Não que eu tenha esquecido da tal Romena, pelo contrário penso nela toda hora e acho que a gente precisa se encontrar pra entendermos isso tudo. Por isso eu fiz tudo que precisava fazer em casa e depois fui até a delegacia precisava falar com ela.

Quando cheguei falei o que tinha ido fazer, mas não me foi permitido visitá-la, pois ela estava com o pai naquele momento. Senti um friozinho na barriga quando ouvi a palavra pai, eu deveria ir embora e voltar em outro momento, mas a minha curiosidade não me permitiu. Me sentei no banco ali mesmo dentro do local e peguei meu celular velhinho mandando um mensagem pra Dylan, também li uma dele.

Dylan: Oi amor! 

Não vou poder te encontrar hoje, um amigo meu teve uns imprevistos e acabou mundando os planos, vou buscar ele e a esposa hoje no aeroporto. 

Enviei uma mensagem dizendo que tudo bem, tínhamos marcado de ir a algum parque ou algo assim quando eu buscasse o Ravi, mas não vai dar. As vezes me pergunto se o Dylan não tem vontade de fazer programas de namorados, só eu e ele, porque o Ravi sempre está conosco. Mas eu gosto que ele pense em nós dois. 

Não sei quanto tempo eu fiquei ali esperando, mas foi bastante, mas me levantei quando ouvi um policial falando com o que acredito ser o pai dela. Senti minha barriga uma bagunça, não sabia o que era. E foi nesse momento que nossos olhares se encontraram. Ele parou no meio do caminho e me observou por alguns segundos. Ok Teresa, calma.

— Obrigado— Ele disse pro policial que saiu nos deixando a sós— A minha filha me contou de você. 

— Teresa, prazer— Entendi a mão pra ele que a pegou um aperto rápido. Eu era parecida com ela, sempre me perguntei se eu era parecida com minha mãe ou com meu pai, eu era ele todinha. Os olhos verdes os cabelos castanho escuro.

— Álvaro Montiero— Ele se apresenta— A Romena me contou que vocês eram muito parecidas, mas não imaginei que fosse assim…

— Fazemos aniversário no mesmo dia— Eu completei vendo ele arregalar os olhos— E também sou do México. 

— A mãe da Romena nunca me falou de outra filha— Ele diz— Eu não sei…mas eu acho que seria bom fazermos um teste de DNA—Eu balanço a cabeça concordando. 

Era estanho que apesar de não nos conhecermos, ele mesmo já chegou dizendo pra fazermos o teste de DNA, será que está sentindo a mesma coisa que eu? Talvez. 

Ele não disse muito coisa e nós não conversamos muito, pois um senhor apareceu dizendo que ele tinha uma reunião importante, observei o homem forte, ele devia ter uma quarenta e cinco anos talvez, ele era alto e parecia bem forte também. Sai da delegacia ainda confusa com tudo isso. Fui pra casa, eu estava bastante cansada, tomei um banho e eram duas da tarde. Eu ia descansar um pouquinho, eu precisava. 

Deitei na minha cama e encarei o teto, onde o teto estava descascando, não posso reclamar também, antes eu nem tinha uma casa pra morar e hoje eu tenho. 

Fechei os olhos e o sono não demorou a vir, só me levantei às quatro da tarde, troquei de roupa e fui buscar Ravi na creche, vi algumas pessoas conversando não era conversa, as pessoas pareciam com pressa, franzi a testa vendo a correria. Estranho. 

Sorri quando Ravi veio no colo da professora. 

— Hoje ele se comprou muito bem— Ela diz me entregando ele—Teresa não sei se você viu, mas nos próximos dias a escola irá fechar. 

— Por que? 

— Eles avisaram hoje na tv, tá vindo uma tempestade do sul, e muito provavelmente vai virar um furacão e Nova York está na rota, então a partir de amanhã a escola está fechada— Olhei tudo surpresa, gente eu só durmo duas horas. 

— Tá bom— Digo— Obrigado— Lancei um sorriso pra ela e sai andando com Ravi no colo, que estava alheio a movimentação na rua. 

Nesses dois anos aqui no país eu nunca vi nada desse tipo, graças a Deus, já eu sei de furações horríveis que tiveram por aqui e só de pensar sinto frio na barriga. 

Olhei pro céu vendo que o tempo estava feio, parecia que ia chover, mas nada além disso. Não sabia muito bem o que fazer nessa situação então fui ao mercado que estava cheio, estava muito cheio mesmo, eu nunca vi nada assim. Peguei um carrinho e coloquei Ravi dentro dele, algumas pessoas estavam falando alto e outras pareciam desesperadas. Andei pelos corredores vendo as prateleiras quase vazias, a parte de itens de higiene estava quase vazia. Nessas horas a gente vê como o ser humano é egoísta, eu entendo que um furacão está a caminho, mas o mundo não vai acabar por isso, se você pegar o suficiente pra uma semana está ótimo, aí as pessoas com mais dinheiro vem e pegam tudo, aí depois vem uma pessoa que custou pra conseguir um dinheiro vem e não tem nada. 

Peguei o leite dele, duas latinhas, um pacote de fraldas e mais algumas coisas, paguei por tudo depois de ter ficado uns quarenta minutos na fila. Entrei no ônibus e peguei meu celular, ligando pra Dylan, que atendeu no segundo toque. 

— Oi amor— Sorri por ele me chamar de amor. 

—Oi— Digo e pego a mãozinha de Ravi dando um beijinho— Dylan, você sabe que não tenho o custume de assistir os noticiários, fiquei sabendo que tem um furacão vindo pra cá…

— Ah sim, até agora é só uma tempestade está na Carolina do Sul, talvez ele perca a força e não aconteça nada demais. 

— Eu fui ao mercado e estava uma loucura Dylan, dormi um pouco e quando acordei vi essa movimentação toda na rua. 

— Sempre é assim, mas fica calma, se algo acontecer eu te aviso— Ele diz tranquilo e eu acabo ficando tranquila também. 

— Tudo bem então, já buscou seu amigo?— Pergunto olhando pela janela, o tempo estava péssimo. 

— Sim, eles estão num apartamento que eu vendi, precisa ver a filha deles, quem sabe um dia a gente não marca pra você se conhecem, o Ravi vai adorar a bebezinha— Sorri com a sugestão. 

— Claro, estou no ônibus agora, tchauzinho, beijos— Digo. 

— Beijo, te amo— Ele desligou o celular e eu olhei pra Ravi, ainda não tinha me acostumado com Dylan me dizendo que me ama. 

Cheguei em casa e coloquei Ravi no chão, agora que ele deu uns passinhos, ele sempre cai, mas isso é ótimo, já tá andando. Arrumei as compras na cozinha e vi que ia começar a chover, estou mais tarquila agora que Dylan me explicou melhor, e o furacão começou na Carolina do Sul e é bem longe daqui. Fechei as janelas e dei um banho nele, colocando uma roupinha quentinha. Liguei a tv e coloquei no jornal. Eles diziam o que Dylan me falou. 

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Um Doce De Amor - Série " Romances Lindos"Onde histórias criam vida. Descubra agora