De cortar a cabeça

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(Cenas depois do contexto de "A rainha do nada").
Jude
  
   Abro os olhos e não aguento ver o corpo da cobra, Cardan. Me viro para Madoc.
  — Quero que saia do reino. Se esconda em algum lugar por que eu ainda vou te matar. Por tudo que fez, comigo, com Cardan e com as minhas irmãs. – Falei com a espada esticada diante a ele que abriu um sorriso e falou.
  — Jude, acho que não será necessário. Você venceu, olhe. –
— A maldição foi quebrada. O rei voltou.
Ele é tão apavorante quanto qualquer serpente. Não me importo. Corro para os seus braços. Os dedos de Cardan afundam em minhas costas. Ele está tremendo, não sei pelo esvanecer da magia ou pelo o horror. Mas me abraça como se eu fosse a única coisa sólida do mundo. Me seguro a ele e inspiro seu cheiro, ajoelhamos juntos e ele coloca as mãos em meu rosto. Me olha com os olhos cheio de lágrimas e eu não falo nada enquanto meus olhos se enchem d'água e escorrem pelo meu rosto em silêncio. Abraço ele e me asseguro de que ele não vai desaparecer, me asseguro de quem ele é. Ele se afasta novamente e olha em minha direção, coloca as mãos em meus cabelos e me beija. Beija com saudade e dor. Seguro em seus cabelos e necessito que estejamos sozinhos. Nós nos separamos e alguém toca em meu ombro e sibilando para voltarmos ao castelo.
  Me levanto com Cardan atrás de mim coberto por alguma capa ou coberta, não tenho certeza. Me asseguro que minha voz não vai falhar e chamo a atenção de todos.
   — Cardan voltou, seu Rei voltou e exige respeito e lealdade. Vida longa ao Rei. – Fazendo algumas pessoas repetirem depois de mim e seguimos para uma carruagem e vamos em direção ao castelo.

  Quando entramos no quarto Cardan está com o corpo sem manchas mas mesmo assim sigo para o banheiro ali do lado e ele vem atrás de mim. Arrumo as coisas para ele tomar banho e enquanto a banheira vai enchendo vou em direção a ele, fico nas suas costas e retiro a capa de alguém. Beijo seu pescoço causando arrepios no mesmo, abraço a cintura dele e continuo a beija-lo com carinho e saudade. Solto ele por uns instantes e pego em sua mão e sigo em direção a banheira que estava terminando de encher, indico para ele entrar nela que estava cheia de espuma. Fecho o registro da banheira e vou tirar minha armadeira, depois de tirar todo o peso de mim sobrou apenas uma calça legging e um top preto que me deixava desconfortável. Tiro as peças e não me importo se Cardan está me olhando. Vou na direção dele sem peça alguma tampando meu corpo, me sento atrás dele na banheira e abraço seu corpo, me deixo suspirar. Quando de repente escuto um murmúrio rouco.
   — Eu te amo. - suspiro irregularmente e deixo minhas lágrimas escorrem sobre o meu rosto. Cardan coloca a mão dele sob a minha e tenta sentir meu corpo. — Eu preciso sentir você...  ver você... beijar você...– ele sussurra baixinho que eu mesma quase não consigo escutar. Me ergo rapidamente e sento no colo de Cardan e ele olha para mim. Seus olhos enchem de lágrimas novamente e ele passa as mãos pelo meu cabelo. Não são necessárias as minhas palavras para ele, ele sabe oque eu sinto por ele. — Eu te amo tanto - ele diz e me puxa para um beijo calmo e com carinho. Passo as pernas ao redor da cintura de Cardan e continuo a beija-lo com suavidade e amor.
— Eu também te amo, Cardan. – Respondo o mesmo depois de pausar o beijo com selinhos, passo os braços ao redor do pescoço dele e ele faz carinho em minha cintura me deixando arrepiada e deixando suaves beijos no meu pescoço. — Eu te amo tanto.

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E então? Oque acharam dessa? Ksksksksk
Beijos, família. Continuem falando bastante. Amor,
Isa.

One shots de jurdanOnde histórias criam vida. Descubra agora