Pela visão de Park Jimin
O que eu estava fazendo sentado ali ainda? Eu já deveria ter fugido quando decidi ir ao banheiro, mas quando parei na porta do restaurante e o vi... Eu não consegui! Aquela obra de arte estava focado mexendo em seu celular, eu tinha que me livrar dele logo, ou poderia piorar para o meu lado.
— Aliás — falo juntando todas as forças do mundo e começo a passar meus pés pela panturrilha do homem à minha frente. Ele era hétero. Pela lógica, iria sentir repulsa de mim, então o máximo que eu precisava fazer era dar em cima dele, não é? Talvez assim ele me largasse... Mas o que eu faria? O que faria com a pequena ereção no meio de minhas pernas? — Não quer ir a um quarto?
O homem me olhou levantando a sobrancelha que tinha um piercing. Um sorriso malicioso se formou em sua boca.
Pera aí, gente! Essa não era a reação que eu esperava!
O acastanhado retirou uma quantia volumosa do bolso e colocou na mesa, se levantando. Entretanto parou ao me ouvir falar.
— O que é isso? Eu também comi, Jeon! Devo pagar. — falo de forma repreendedora e vejo o CEO se aproximar.
Havia uma distância curta e perigosa entre a nós. Cada braço musculoso do mesmo, estava ao lado do meu pescoço. O cheiro amadeirado invadiu meus pulmões me deixando drogado.
Parecia uma droga ilegal para o meu corpo.
— Não foi você que disse, loirinho? — ele chegou perto do meu ouvido. Sua respiração quente indo contra o meu pescoço — Não gosta de ser bancado?
Jungkook se afastou do meu ouvido parando de frente a minha face. Ele deixava pouco espaço entre nossas bocas, fazendo seus lábios me chamarem como hipnose.
Queria explorar a sensação de beijar o proibido, queria beijar Jeon Jungkook.
— Por que está fazendo isso? — digo olhando em seus olhos que estavam vidrados em minha boca — Você também gosta de homens, Jungkook?
— Eu não gosto "também" de homens — ele diz se aproximando cada vez mais. Sua fala era o contrário de suas ações, o que me deixava cada vez mais louco — Eu gosto somente de homens!
E o garoto atacou minha boca em um selinho casto. Suas mãos territorialistas invadiram minha nuca à procura de mais contato. As minhas o seguravam pelo peitoral, não querendo parar o beijo. O garoto tinha um certo gosto de vinho caro e seu cheiro amadeirado se misturava com o meu de rosas. A excitação que eu estava sentindo, já estava incontrolável...
O garoto pediu passagem pra lingua e eu acordei.
Não podia, não era certo! Ele era verdadeiro e aberto comigo, enquanto eu estava mentindo pra ele, sobre tudo.
— Me... — eu tentei falar, após separar nossos lábios — Me desculpe... — a minha respiração desconpassada batia com a dele. Com vergonha, abaixei a cabeça, brincando com os meus dedos — Não posso fazer isso.
— Eu sinto muito. — ele diz se abaixando para ver meu rosto. A fala com pesar saiu grossa de sua boca — Eu nem lhe perguntei se queria... Me desculpa.
— Não! — digo rápido para não o deixar com falsa impressão do meu rejeitamento — Eu não queria, porque não gosto do jeito que estou sendo com você.
— Você quer dizer, sobre o fato de estar em um encontro no lugar de sua amiga? — ele diz calmo me olhando e eu acabo me assustando.
— O que? Como sabia? Eu sinto muito. Eu falei a ela que iria dar errado. — digo e vejo o mesmo segurar meu queixo o levantando — Vim porque achei que você era hetero... Então, não haveria nenhuma probabilidade de você acabar gostando de mim. Eu sinto muito.
— Pare de pedir desculpas, tudo bem?! — ele me olhava com carinho — Nós podemos começar tudo outra vez... O que acha? — ele se levanta, se sentando do lado oposto a mim.
Vejo meu celular começar a vibrar incansavelmente na mesa:
7 chamadas perdidas de Mãe
5 chamadas perdidas de Pai
2 mensagens de maninho
"Se você não vier agora pra casa, mamãe te mata"
"PARK JIMIN SEU VIADO ENCUBADO"
— Me desculpa, mas pode ser outro dia? — digo para o homem que me olhava um pouco preocupado.
— Está tudo bem? — ele diz após me ver um pouco vermelho.
Começo a me levantar, guardando meu celular na bolsa e pegando oitenta mil wons que Carol tinha deixado pra mim. Em um ato de coragem, me levanto indo em direção a Jungkook.
— Meu nome é Park Jimin, senhor Presidente. Eu sei que irá me encontrar. — digo e dou um beijo no canto de sua boca saindo apressado dali.
Essa foi a noite mais louca da minha vida e provavelmente a última que vou viver ao lado de Jeon Jungkook.
🏙️
Sei que alguns ficaram tristes pelos comentarios sumindo, outros pela falta de ep, mas fiquem calmos eu vou lançar todos outra vez e vocês poderão comentar tudo o que quiserem :)
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Body Language - Jikook
FanfictionPark Jimin um pesquisador da maior empresa de alimentos da Coreia decide ajudar sua melhor amiga indo em seu lugar a um encontro arranjado pelo pai da mesma. Estava relaxado, aliás o que um hetero poderia fazer com o mesmo? Jeon Jungkook era seu nom...