No topo, amor!

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📍Cafeteria em Seul

O dia ensolarado iluminava as ruas da Coreia. Dentro de um estabelecimento estava Lee Carol e Park Jimin, sentados na sua lanchonete preferida desde os 7 anos. Os dois falavam sobre o encontro, não tão desastroso, de Park Jimin.

— Como assim o cara era seu chefe? — a menina gritava olhando para seu melhor amigo —  E como assim você beijou o cara?

— Não foi por querer! —  o homem diz confuso para a garota —  Ou foi... Mas isso não vem em questão! — Jimin diz comendo mais um pedaço de seu sanduíche — O principal agora, é que eu falei meu nome a ele. Estou torcendo para que ele não me ache.

— Você quer enganar quem, Chimchim? — a mesma se vira para o mais novo que agora a olhava — Você quer que ele te ache, que vocês terminem aquele beijo e que ele te foda em uma cama, ou até fora dela!

— Credo, garota! — exclama empurrando o ombro da morena à frente — Você não era da igreja?

O loiro de cabelos coloridos, bebe um pouco do seu café e logo olha o horário em seu celular que marcava meio-dia e cinquenta e cinco. Carol o olhava cínica por conta da ultima pergunta, um tanto quanto, idiota...

— 'To atrasado... — diz pegando a blusa, que estava pendurada na cadeira, de modo apressado e desajeitado.

— O que você vai fazer sobre o rico? — Carol o olhava esperançosa, esperando uma boa solução para o problema.

Entretanto, naquela hora, a preocupação do mais novo estava em como iria chegar no seu trabalho em menos de cinco minutos.

— Depois! — foi a única coisa que saiu de dentro da boca de Jimin.

O menino retirou um trocado da carteira e jogou sobre a mesa, dando um beijo na cabeça de Lee e saindo escutando a garota gritar:

— Não acabamos por aqui, Park Jimin!

Já estava fora da cafeteria, andava tão apressado que não conseguia olhar pra onde ia. O que fazia seu corpo esbarrar com muita frequência em outras pessoas.

— Sinto muito! — ele falava, não para uma pessoa em específico, mas para todos aqueles que provavelmente deixaria irritado.

Decidiu seguir a pequena multidão de estudantes que também corria com pressa, provavelmente atrasados, assim como Park.

Um som foi escutado, alto e forte, no ouvido delicado do pequeno. Uma buzina, era o que o tinha assustado, junto também com o pequeno impacto na sua cintura, que provavelmente ficaria marcado por uns 6 dias.

— Sinto muito mesmo! — novamente aquela palavra saiu da sua boca, como um pedido de súplica para quem quer que estivesse dentro do carro não viesse tirar satisfações com o menino, agora realmente atrasado.

Jimin sai dali o mais rápido possível, assim que vê a porta do passageiro   abrir. Não pode se dar ao luxo de atrasar mais ainda pro trabalho e de brinde, arranjar uma briga de trânsito em plena segunda-feira.

Pela visão de Jeon Jungkook

Anestesiado, é como estou agora. O que aconteceu? Como aconteceu? Nunca me abri a ninguém tão rápido assim! Nunca nem insinuei tão claramente que queria a pessoa pra mim! Eu devo ter enlouquecido!

— Jeon Jungkook! — Namjoon grita no meu tímpano, me fazendo acordar dos meus pensamentos que vagavam pra longe daqui. — Está me escutando? Está parado olhando para a parede a sete minutos.

— Preciso que encontre alguém pra mim. — levanto da mesa, juntando algumas folhas que iria levar pra empresa hoje.

Começo a me dirigir para a saída da sala de reuniões que tenho em casa.

— Esse seria o motivo do seu total desinteresse nas anotações do contrato? — Kim fala, pegando seu blazer e aproveitando pra levar o meu também.

Saio do lugar encontrando algumas empregadas no corredor. Nenhuma ousa olhar em meus olhos, logo abaixando o corpo como uma reverência insinuando respeito.

Entretanto, uma não fez.

A mais nova, provavelmente um ano mais velha que eu, estava parada olhando meu peitoral que estava parcialmente a mostra por conta dos dois botões abertos.

— Eu

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— Eu... O senhor... — ela não termina a frase e antes que faça, leva um empurrão da governanta Jung.

— Oi, meu pequeno! Está tudo bem? — a senhora de setenta e seis anos, que cuidou de mim a vida toda, diz com um sorriso no rosto.

— Estou saindo, acho que vou voltar um pouco tarde hoje, ok? — digo dando um pequeno selar em sua testa, saindo do lugar, após receber um consentimento da mulher.

Jung Yumi, Governanta da casa Jeon a trinta e cinco anos. Cuidou de mim desde do meu nascimento.

Mas, aos meus cinco anos, quando meus pais sofreram um acidente de carro e acabaram morrendo, ela virou minha figura materna.

Eu e Namjoon entramos na BMW, como sempre o mais velho dirigia. Já que desde o acidente, eu só confio nele para me levar a qualquer lugar.

— Park Jimin... — digo mexendo em alguns papéis e logo encontro o cartão que o mesmo me entregou — Tem alguma ligação com Lee Carol, filha do CEO da Auts Comporation.

— Ok, descobrirei onde está. — o garoto pega o cartão em minha mão e tira uma foto da frente e verso e me devolve. — Sei como uma memória é importante, Jun...

— Obrigado! — digo olhando o cartão. Momentos da noite de ontem entram na minha cabeça como um furacão, me desarmando, me deixando louco e desregulado. — Conheci ele ontem...

Kim não falou nada, apenas me olhou pelo retrovisor, querendo obviamente que eu continuasse.

— Eu o beijei... — o carro parou de uma vez, me fazendo ir em um baque pra frente e quase xingar com todos os palavrões possíveis.

O que não foi o que aconteceu. Assim que meu olhar se dirigiu à frente, meus olhos encontraram um garoto de cabelos loiros arco-íris. Era ele, Park Jimin!

— Ele! — digo em voz alta, saindo do carro pronto para ir falar com o menino. Entretanto, foi em vão, já que o mesmo saiu correndo como um desgovernado.

— Jungkook, estamos atrasados! Entre dentro desse carro, temos uma reunião com a equipe de desenvolvimento! — escutei Namjoon falar e acabei cedendo, como sempre faço.

Entrei no carro pensando naquele garoto o caminho todo. Será o mesmo homem? Será mesmo o Jimin de ontem? Era tão parecido... Os olhos fofos, as bochechas grandes e rosadas, os lábios vermelhos e avantajados, aquele cabelo lindo que reluzia a luz do sol. Era ele, não tinha como não ser!

🏙️

Lererere lalailalaia...

Quem souber a música, eu dou até um prêmio!

Body Language - JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora