Pelo ponto de vista de Park Jimin
— Mãe, já te falei, não tem como eu trabalhar aqui hoje! — dizia para minha progenitora, enquanto vestia minha blusa social. Sinceramente, por que eu estava vestindo uma roupa social?
Sei lá, universo está mandando, então eu vou!
— Por que não, Jimin? — a mulher largou o que fazia e veio atras de mim — Você não tem trabalho a noite, nunca saí com amigos e nem namorado tem! — minha mãe jogava tudo na minha cara.
Não por mal, mas porque era a verdade.
— Na verdade... Eu tenho namorado agora... — digo calçando o sapato pra sair, mas sou impedido pela minha mãe que entra na frente da porta me parando.
— Quem é o menino? Fez faculdade? Trabalha? Mora com os pais? — ela me bombardeia de perguntas. A empurro devagar pro lado, abrindo a brecha da porta certinho pra poder passar.
— Depois te conto, mãe! Tchau, até mais tarde! — digo indo pegar meu ônibus, antes que me atrase e escuto a mulher gritar da janela lá de cima:
— Você não fugiu dessa conversa, senhor Park Jimin!
Já estava chegando na empresa, o ponto era do outro lado na rua, então esperei o sinal fechar, pra poder atravessar na faixa e acabei percebendo um carro familiar parado na rua.
Jungkook estava dentro da famosa Porsche preta com vermelho que fazia um barulho do motor. Ele me olhou inclinando a cabeça pra frente e me lançando uma piscadela.
Notei que ainda estava no meio da avenida e sai dali balançando a cabeça. Como esse homem pode me encontrar antes mesmo de entrar na empresa?
Estava tudo bem, até eu começar a notar olhares em minha direção. Olhei pra trás esperando encontrar Jeon, já que o garoto estava aqui na rua, mas não achei nada. Os olhares realmente estavam em mim, foi aí que eu lembrei. "Você mexeu com o homem do seu chefe".
Povo fofoqueiro! Aconteceu ontem e a empresa toda já sabe! Ah não, meus colegas de equipe já devem saber também... Eu vou surtar e desmaiar, quem sabe não me mandam pro manicômio de uma vez...
Passo pela roleta de autorização, logo me direcionando ao elevador geral, mas minha paz acaba quando meus três colegas de trabalho se aproximam.
— Oi, Jiminie! — a mais nova pulou em meus braços fazendo algumas pessoas olharem estranho.
— Nem vem, sua fofoqueira. — digo empurrando os braços da garota de cima de mim.
— Você e o Sr. Jeon estão namorando? — o mais velho solta de uma vez um pouco alto fazendo as pessoas cochicharem ao redor.
— Sim... — falo de forma baixa, não querendo que eles escutassem.
— Eu não escutei — a menina tirou o cabelo da orelha aproximando da minha boca.
— Eu namoro o Jungkook! — digo alto no ouvido dela que se afasta segurando o mesmo. As pessoas ao redor me olham e fico apreensivo, apertando mais uma vez o botão do elevador. — Esse treco não vai chegar nunca, não?
— Quer subir por aqui? — uma voz grossa foi escutado me fazendo seguir o rumo, que se direcionava ao CEO da empresa, ou seja, Jeon Jungkook.
— Que? — digo vendo o garoto me olhar de cima a baixo e soltar um pequeno sorriso.
— Estamos combinando... — o garoto vestia uma blusa social branca e uma calça preta, também social. Nas mãos os famoso anéis e as tatuagens estavam mais a mostra, o que me fez viajar por um tempo.
Antes de alguém poder responder o elevador geral chegou. Todos entraram apressados, inclusive eu, que ainda sentia o olhar de Jungkook em mim.
— Acho que não vou precisar de ir com você... — a porta se fechou e a última coisa que eu vi foi Jeon com um sorriso no rosto, os dentinhos de coelhinho.
[...]
— Eu acho que deveríamos fazer panqueca americana! — a mais velha fala com um tom de voz imponente.
— Mas panqueca americana não é nacional! — o diretor, o único homem da equipe, alem de mim, fala — O intuito da exibição é mostrar pratos nacionais!
— Onde você viu isso seu maluco? — eles gritavam entre si, enquanto eu tentava acompanhar o raciocínio apressado dos dois.
— Você tá entendendo algo? — A mais nova me olha, com um ponto de interrogação na cabeça.
— Por que eles estão brigando? — escutamos a voz do famoso entregador atrás de nós.
— O que temos aí? — o diretor ignorou completamente a mulher e olhou a caixa com um pequeno bilhete dobrado.
— Para Park Jimin. — o homem leu o pequeno papel e logo se espantou — De Jeon Jungkook!
— Eu vou matar aquele gay! — eu acabei de falar isso alto? Parece que sim, porque todos estão me olhando de olhos arregalados.
— Você vai receber? — o homem me olhou esperando que eu pegasse a caixa e assim eu fiz. A coloquei na mesa e assinei o papel.
Meus amigos pareciam ter ficado mudos, apenas falavam pelo olhar. Eu odiava isso com todas as minha forças.
Abri a caixa devagar vendo um terno e alguns acessórios. Dentro também havia uma carta.
"Você pode sair do trabalho às 18:00hrs. Vista a roupa, vamos direto daqui para o leilão.
Até logo, Jimin-shi"
Como esse menino sabia do que eu gosto? Era exatamente a roupa que falei com a Carol que queria comprar! E é exatamente o meu tamanho!
Fecho a caixa olhando pro teto, talvez, a procura de ar? Sei que essa noite vai ser conturbada, mas espero que pelo menos seja divertida!
🏙️
Eu to com dor de cabeca, vou chorar
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Body Language - Jikook
FanfictionPark Jimin um pesquisador da maior empresa de alimentos da Coreia decide ajudar sua melhor amiga indo em seu lugar a um encontro arranjado pelo pai da mesma. Estava relaxado, aliás o que um hetero poderia fazer com o mesmo? Jeon Jungkook era seu nom...