🍷Capítulo 16🍷

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Cidade do México - México

Jerónimo se sentia mais do que sufocado em um relacionamento quase sem futuro, ao mesmo tempo em que ele não conseguia abandonar a Roberta, sabendo o quanto ela precisava dele. Roberta se sentia mais do que segura, tendo o Jerónimo em suas mãos, se sentindo poderosa, quase a dona dele, enquanto se fazia de coitada para o mesmo, e também para o seu pai, usando a culpa dele, ao seu favor de alguma maneira. Já que o mesmo se sentia culpado por não ter sido cem por cento sincero com ela, em relação a Regina e a Renata. Roberta estava aprendendo direitinho e com maestria, a manipular as pessoas, tal qual, a sua mãe, e já nem sentia mais remorsos por isso, sendo que ela gostava, e muito, de manipular a todos, em especial o seu noivo, para que o mesmo não fosse de nenhuma outra. Sendo obcecada pelo mesmo, como ela era, e muito dificilmente, deixaria de ser. Jerónimo por sua vez, se sentia preso, e também culpado, por ter beijado a Renata mais de uma vez, mesmo estando comprometido com a Roberta, que por ironia do destino, ou sabe - se lá o quê, era meia - irmã dela, sendo ambas filhas biológicas do seu padrinho preferido.

Os ciúmes quase doentios de Roberta, muitas vezes tiravam Jerónimo do sério, mas o mesmo não podia fazer quase nada, para impedir que ela continuasse como uma ciumenta possessiva. Já que antes de mais nada, Jerónimo ainda respeitava, e muito, a Roberta, mesmo não sendo mais apaixonado pela mesma, como antes. Roberta amava tudo em Jerónimo, sobretudo, a intensidade do azul dos olhos dele, que a mesma amava tanto. Ao passo que Jerónimo pensava em outras coisas, como por exemplo o seu relacionamento mais do que desgastado com sua mãe, Ana Natália, e o seu irmão mais novo, o Rafael, ele não falava com eles, há um pouco mais de uns dez anos, ou mais. Já que o mesmo nem lembrava, há quantos anos exatamente, ele havia brigado com a sua mãe, e por consequência disso, também com o seu irmão.

- Eu aposto que está pensando na mosca morta da minha irmã - Ela o mira bem nos olhos, séria - Você só pensa nela agora, e nem um pouco em mim, que eu sei, e muito bem, Jerónimo.

- Os meus pensamentos são única e exclusivamente meus, portanto compartilho eles com você, se eu quiser, e não por alguma imposição sua, Roberta - Suspira, meio cansado, tenso, e nervoso - Mas respondendo a essa sua quase pergunta, não. Eu não estava pensando na Renata, mas sim em outras coisas, que muito provavelmente não são do seu interesse, e nem poderiam ser, em hipótese alguma, é claro.

- Você anda muito estranho ultimamente, e eu não sei se gosto disso, Jerónimo - Ela então logo, estreita os seus olhos, mais do que, desconfiada - Na verdade, eu não gosto nem um pouco disso. E isso para não dizer o mínimo desse seu comportamento de agora para comigo, que eu não entendo, por mais, que eu tente.

- Entenda as mudanças no meu comportamento, como bem entender, Roberta, mesmo porquê - Ele então, a mira bem nos olhos, sério - Eu pouco me importo com isso. E bem na verdade, eu não me importo nem um pouco, com o que você pensa, ou não, de mim.

- Você mudou, e está muito diferente do homem que uma vez me pediu em casamento - Ela então engole em seco, nervosa - E eu não gosto nem um pouco disso, Jerónimo.

- Esse sou eu - Passa as mãos nos seus cabelos nervosos - E queira você, ou não, vai se casar comigo desse jeito, e por sua própria conta e risco, na verdade, por sua própria escolha, já que você me escolheu, e me quis assim mesmo, apesar de saber que não te amo mais.

- É, pode ser - Diz ela - Deve ser por isso que dizem, que devemos ter muito cuidado com o que tanto desejamos, Jerónimo.

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Agora que havia reatado o seu noivado com Augusto, depois de terem ficando mais algumas semanas sem ser ver, como noivos, Renata se sentia oprimida por ele, e infeliz, pois, ela gostava de outro. A felicidade parecia distante de sua alma, de seus olhos, e acima de tudo do seu coração, e isso meio que já fazia um tempo. Sua faculdade de arquitetura e a sua égua Cigana, parecia algumas das poucas coisas, que a faziam feliz, isso sem contar a sua amizade com o seu irmão de consideração, o Matias, e a sua melhor amiga, a Adriana.

Nas tramas do destino... Onde histórias criam vida. Descubra agora