🍓Capítulo 48🍓

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Barcelona - Espanha

Santiago sempre soube que não era o filho preferido de sua mãe, já que a mesma sempre o tratou com certa deferência, se comparado ao modo que ela tratava os seus irmãos mais novo. Isso era algo que jamais saiu de sua mente, já que o marcou a sua vida inteira, principalmente na sua primeira infância e adolescência. Ao que parecia, pelo simples fato do mesmo ser o filho mais velho, o primogênito dos Trajano Queiroz, ele tinha mais responsabilidades do que os demais, mas também bem menos carinho, principalmente pela parte de sua mãe, que sequet o amamantou quando o mesmo nasceu, segundo ele ficou sabendo por uma de suas antigas babás, a Benita, que ele chamava de Nita, que também foi a sua ama de leite. Por ter sido desprezado pela sua mãe, Santiago fazia de tudo para que as suas filhas jamais se sentissem assim, e por essa razão, ele mentiu para as mesmas, dizendo que a mãe delas estava morta, sendo que a mesma os abandonou quando as gêmeas ainda eram muito pequenas. Havia um quadro por cima da lareira da sala, a pintura de uma desconhecida que recebeu o nome de Ana Paula, ela estava ali para representar uma mãe, que Paola e Paulina jamais tiveram.

Mesmo sendo gêmeas idênticas, Paola e Paulina eram muito distintas uma da outra na personalidade, ambas sempre brigavam por tudo, em especial por causa do pai delas. Paola queria que o seu pai voltasse a se apaixonar, e simplesmente parasse de render homenagens à um quadro de uma mulher que já estava morta, e não poderia voltar jamais para a vida deles. Paulina por sua vez, não desejava uma madrasta, alguém para substituir a sua mãe, isso era mai do que inconcebível para ela, e isso, em todos os sentidos da palavra. Sendo que para Paola, isso não passava de infantilidade, por parte de sua irmã, que não estava sendo nem um pouco justa, ou racional, com os desejos mesquinhos dela.

- Não, de jeito nenhum - Ambas estava lado a lado, e de frente para a pintura da suposta mãe delas - De jeito nenhum, eu vou permitir que uma mulher qualquer substitua a minha mãe, Paola, eu não quero, e não terei uma madrasta, eu lhe garanto.

- Para de ser infantil, egoísta, e chata, você já tem dezoito anos, e no entanto parace que ainda tem sete, vê se acorda pra vida e cresce, garota - Diz Paola, séria - O mundo não gira em torno só de você, e o papai, bem, ele merece ser feliz de novo no amor, afinal faz mais de dez anos que a mamãe morreu, e já tá mais do que na hora, dele superar isso, e o mesmo vale pra gente, caso não tenha notado isso ainda, Paulina.

- Você não me entendeu bem, creio que não me expressei corretamente, deve ter sido isso, Paola - Diz Paulina - O papai, bem, ele pode ter quantas namoradas quiser, contanto que, não se case com nenhuma delas, nenhuma mulher vai substituir a minha mãe nessa casa, eu juro que não, minha irmã.

- Quer saber do que mais? Eu desisto, já que tá mais do que na cara, que você é um caso perdido - Diz Paola, massageando as próprias têmporas, com dor de cabeça - Tudo sempre tem que ser do seu jeito, e isso meio que cansa a minha beleza, irmãzinha.

- Pelo visto vocês já estão discutindo de novo - Era Santiago chegando perto das filhas, cruzando seus braços na frente do próprio peito, e se sentindo culpado pela sua mentira, e isso, só de olhar o quadro a frente deles - Posso saber o porquê, da discussão? Como se eu já não soubesse, né?

Eles então começam a conversar entre si, sem nem ao menos perceber, que estavam sendo observados por uma figura misteriosa e encapuzada, através de uma das janelas da sala. Essa figura misteriosa, era na verdade, Alejandra, a mãe das gêmeas, e a legítima esposa de Santiago, qua para ele, e os demais, estava morta e enterrada.

- "Vou recuperar a minha família, meu marido, e as minhas filhas, eu juro qus eu vou, só não sei quando" - Diz a mesma em pensamento - Já que antes, vou me vingar de Miguel e Nicolette.

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Sebastian, Isabella, Catalina e Rodolfo estavam tomando café da manhã, bastante tensos e preocupado com o Santiago e as filhas dela. Sendo que elas não sabiam que na verdade, a mãe delas se chamava Alejandra, e não Ana Paula, sendo ela, uma irmã não idêntica da tia Alba delas. Quando na verdade, Alejandra e Alba eram irmãs idênticas, assim como a Paola, e a Paulina. Mas voltando ao presente momento, os quatro pareciam imersos no seu próprio mundinho particular, em especial Rodolfo, que tinha lá os seus mistérios, e segredos, que o mesmo guardava a sete chaves dentro de si mesmo, já que ele não confiava em ninguém, para os contar.

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