🌶Capítulo 37🌶

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Cidade do México - México

  Roberta estava no apartamento de Matilde, que sempre fazia de tudo para agrada - lá, mesmo nem sempre gostando disso, já que ao contrário de Roberta, Matilde sim, levava a amizade delas a sério. As vezes até demais, pois mesmo gostando do Jerónimo, ela deixava o caminho livre para a Roberta sempre, já que, além de saber que jamais teria uma chance com o loiro, a morena não queria, em hipótese alguma, magoar a castanha, que estava mais séria do que o seu normal, sem que a mesma soubesse o porquê, já que felizmente, ou infelizmente, Matilde não sabia ler mentes. Roberta estava uma pilha de nervos, e por incrível que isso pudesse parecer, não era por causa da Renata, da mãe dela, a Regina, e nem tão pouco, por causa dos ciúmes excessivos e doentios que a mesma sempre sentiu e ainda sentia pelo Jerónimo, mas sim, por causa do Miguel, o principal responsável pelo seus maiores traumas. Pois, por mais que sua mãe confiasse nele, Roberta sequer suportava olhar para o loiro, quanto mais, conviver com ele, que era um verdadeiro monstro que o mesmo era, e sempre seria. Matilde sentia que Roberta não estava bem, já que a conhecia, como a palma da sua mão, e melhor até do que ela própria. Observando Roberta, Matilde percebeu que a mesma estava com raiva de alguma coisa, ou melhor dizendo, de alguém, que a morena não fazia a menor ideia, de quem fosse, bem na realidade, e só pelo olhar frio de Roberta, Matilde tinha pena do alvo do ódio de sua amiga, que parecia possessa de raiva.

  Roberta pensava em muitas coisas, sendo que uma delas, era o seu modo de agir com a Renata e a Regina, que nunca, em hipótese alguma lhe fizeram nenhum mal. Ao passo que, estava ajudando uma pessoa que sempre lhe fez mal, mesmo sendo a sua genitora. E isso sem falar na obsessão que ela sempre teve pelo Jerónimo, que nunca fez bem a nenhum dos dois, em especial a ela, que se afundava ainda mais nas culpas de sua própria consciência. Consciência essa, que a sempre tentava a alertar dos seus erros, apesar dela sempre a ignorar, por completo, na maior parte do tempo, ou melhor dizendo, sempre.

- Roberta - Começa Matilde - Você não me parece nada bem, te aconteceu alguma coisa, amiga? Se sim, você sabe, que não só pode, como também deve, confiar em mim sempre, para me contar o que quer, que seja, não é mesmo, Rorô?

- Ah sim, claro  - Sua consciência estava pesada e ela sabia bem, o porquê disso, melhor do que ninguém, bem na verdade - Eu sei que posso confiar em você, Matilde, já que somos melhores amigas desde sempre, e bem... Não me aconteceu nada, estava apenas pensando nas coisas que eu não posso mudar, mesmo querendo, e muito, fazer isso.

- Eu não entendi nada, do que, você me falou agora - Suspira - Mas é como você sempre me diz - Ela suspira mais uma vez, ainda chateada com o que aconteceu entre, Priscila, Carlos e ela, há alguns dias - Você entendo, já te basta, não é mesmo, Roberta?

- Você parece chateada com alguma coisa também - Diz Roberta, analisando o semblante de Matilde, muito séria e pensativa - E então? Você quer falar sobre isso? Ou não?

- Não... Não quero - Diz ela, já conhecendo a sua amiga - Até porque, você não ia querer saber, são problemas pessoais meus, e nenhum deles, envolve você. Me desculpe por te dizer isso, mas você só se importa com os seus assuntos, jamais demonstrou interesse nos meus, e eu respeito isso, mesmo não gostando muito, sabe por que? Porque independentemente do que você pense de mim, eu sim, sou a sua amiga de verdade, Roberta. A sua melhor amiga, espero que saiba disso, e nunca se esqueça de que, em mim, você sempre terá uma grande amiga, que gosta de você de verdade - Se lembra de quando deu em cima de Jerónimo, assim que ele voltou a ser o noivo de Roberta - Mesmo que algumas vezes, eu tenha vaacilado com você e a nossa amizade.

- Eu entendo - Diz ela - Mas sabe, não sei mais o que te dizer nesse momento, sendo que, você está mesmo certa, quando diz tudo isso de mim, sinto muito, não seria o suficiente, e bem, não sei seria sincero também, de qualquer forma.

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