Nas tramas do destino...

🍷Capítulo 13🍷

Londres - Inglaterra

Observando o céu, Rafael quase conseguia enxergar a beleza do infinito. A mesma beleza que tentava colocar em suas obrasn fossem elasn esculturas, ou pinturas. Ele sentia saudades do México, de sua gente, da sua família, mesmo tendo viajado meio mundo, e quase sempre ao lado de uma mulher diferente, sendo o seu relacionamento mais duradouro com Maria Lúcia, que ele chamava de Malu. Malu era uma excelente namorada para Rafael, mesmo que as vezes, ela meio que o sufocasse demais em seu relacionamento. Principalmente quando se tratava das admiradoras do trabalho de Rafael, que não eram poucas. Mas no geral, até que eles se davam muito bem, principalmente entre quatro paredes.

Mesmo tendo alma de artista, por assim dizer, Rafael era um homem de personalidade forte, no auge dos seus vinte e seis anos. Alguém que sabia se impor, quando necessário e usar os punhos, quando necessário, mesmo que aparentasse ser um pouco frágil demais, em muitas ocasiões. Malu sentia muitos ciúmes dele, pois, mesmo sendo uma bela mulher, ela era cheia de inseguranças com relação ao seu corpo e rosto, sobretudo, quando se tratava do seu relacionamento com Rafael, que ela julgava ser o grande amor de sua vida, mesmo que ele não a visse como tal, e a mesma sabia muito bem disso. Mas mesmo assim, ela não desistia dele, em nenhum momento.

- Aposto que já está criando alguma pintura nessa sua mente - Diz Malu, o abraçando por trás, beijando as costas dele, toda apaixonada - Quando poderia muito bem estar na nossa cama, me fazendo muito feliz.

- Na verdade, eu estava pensando no México, que sempre será o meu lar, Maluzinha - Diz ele - Mesmo que eu tenha morado mais tempo na Espanha, como você bem o sabe.

- Sim, você já me disse isso muitas vezes, Rafael - Se afasta um pouco dele, ficando ao seu lado, com um ar pensativo - Se bem, que eu prefiro ficar aqui em Londres, perto de você e bem longe do meu passado.

- Eu também não gosto muito do meu passado, Malu - Diz ele, ainda encarando o céu, era de madrugada, estava quase amanhecendo - Se eu pudesse, nem me lembrava dele, mas não nego que sinto falta da minha mãe, que se chama Ana Natália.

- Você sempre me fala da sua família, e até mesmo já citou um meio irmão mais velho - Isso faz com que Rafael comece a se sentir um pouco desconfortável, só que Malu não percebe isso, e continua - Se não me engano, ao que me parece, ele se chama Jerónimo, ou acaso eu estou enganada, com isso, Rafael?

- Bem, eu não gosto muito de falar do Jerónimo, já que não tenho nada de bom para dizer dele - Ele fala um pouco seco demais, mesmo que sem querer - Portanto, lhe peço que encarecidamente não fale mais dele de novo, Malu.

- Eu não fazia a menor ideia disso, de verdade, Rafael - Diz ela um pouco envergonhada de ter iniciado aquele assunto, que não agradava nem um pouco seu namorado - Eu sinto muito mesmo, por isso, você me perdoa?

- Depende - A despe com os olhos, ela usava apenas uma camisa branca dele, e nada mais por baixo - Depende de como você pretende ter o meu perdão, Maluzinha.

- Como você quiser - Ela sorri maliciosa, e ele a enlaça pela cintura, todo entusiasmado - Basta você me querer, meu gatinho lindo.

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Madrid - Espanha

Lorena e Laura continuavam preocupadas com Alexia e Estefânia, mesmo que aparentemente elas estivessem relativamente bem. Principalmente agora que Alexi havia iniciado o seu tratamento contra a doença que ela tinha, Lúpus. Só que mesmo assim, elas não conseguiam deixar de se preocupar com as duas, sobretudo com Alexia, que era a afilhada delas. Das duas, Lorena era a mais preocupada, era Lorena, que era um pouco dramática demais, por assim dizer. Ambas eram advogadas, mas mesmo assim, o grande sonho de Lorena sempre foi ser atriz, mesmo que nunca tenha seguido tal carreira, e justamente por isso, a mesma era um pouco dramática demais, em algumas situações.