FIRST KISS - OLIVER WOOD

1 - 𝑃𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑏𝑒𝑖𝑗𝑜

Sara,
          nove anos;

Eu e Oliver estávamos brincando de esconde-esconde, sozinhos dessa vez, do jeito que eu gostava.

Me escondi atrás de uma grande árvore que ficava no jardim, á poucos metros da fonte, que era onde batia o nome.

Esperei Oliver sair e fui correndo para bater meu nome primeiro, mas ele me ouviu e de repente aquilo se tornou uma competição para ver quem era mais rápido.
Como sempre, eu ganhei.

- Acho que cansei - Oliver disse e se sentou embaixo da fonte.

- Acho que eu também - me sentei junto a ele.

- Não quero voltar para dentro - ele disse com uma cara chateada. - A parte mais legal de vir aqui é que posso brincar com você.

- Também gosto de brincar com você.

- Vai ser legal quando formos para Hogwarts, vamos nos ver todos os dias - ele disse da sua forma calma.

Gostava de quando ele falava sério, parecia que éramos adultos.

Fiquei em silêncio, até Oliver começar a brincar com umas das minhas tranças.

Desde que me lembro, sempre gostei de Oliver, mais do que amigo.

- Sara - ele me chamou. - Posso te beijar?

Tínhamos nove anos, não éramos tão crianças assim.
Mas nunca tinha beijado ninguém, estava com um frio na barriga.

- Nunca beijei ninguém, Oli. - Respondi sem vergonha, conhecia ele a vida toda, não tinha porquê ter vergonha.

- Eu também não - contou. - Adultos se beijam toda hora, não deve ser difícil.

- Também acho.

- Posso te beijar então? 

- Pode. - Concordei e fechei meus olhos.

Senti Oliver se aproximar, seu nariz tocou com o meu, e logo seus lábios relaram com os meus.

Ele me beijou com delicadeza, como sempre fazia tudo. Senti sua língua que era molhada e quente entrar pelos meus lábios, se encontrando com a minha.

Não sei se era porquê estava a vontade com Oliver, mas não esperava que seria bom como foi.
Não foi ótimo, mas para duas crianças de nove anos que nunca tinham beijado ninguém, foi aceitável.

Escutava minhas duas irmãs mais velhas comentando sobre seus primeiros beijos que haviam sido nojentos. O meu não foi.

- Oliver! Sara! - Escutamos minha mãe  gritar e nos separamos imediatamente.

Voltamos sem graça para dentro, e nunca mais falamos daquilo.