FIRST KISS - OLIVER WOOD

15 - 𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟𝑜𝑠𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒

Oliver;

              Já é outro dia quando acordo depois de um sono curto, já que passei quase a noite toda acordado.

Meus pais chegaram cedo, tão cedo que Sara ainda estava dormindo, não me despedi dela por isso.

Pensando bem, nem sei como faria isso ou como vou falar com ela depois do beijo de ontem.

E que beijo!

Já beijei muita gente, vai por mim que nunca senti nada parecido com aquilo. Foi bom, muito bom, pena que foi pouco, não deu pra matar a vontade que queria de fazer aquilo.

Precisava de mais, porém, não tenho ideia de como vou falar com ela. Ela é...difícil. A maioria das outras garotas se jogam pra mim, ela não. Ela é ela, com todo aquele ego inflado e soberania, como se não existisse ninguém melhor do que ela, extremamente bonita também.

Segunda;

Estou voltando do treino de quadribol, quando passo pelo jardim e vejo Sara sentada em uma escadaria.
Acho que ela deveria estar em aula, já que não tem ninguém no corredor a não ser eu que estava no treino.

Vou até ela.

- Oi - digo e ela me olha um segundo depois.

- Oi - ela responde.

- Posso me sentar? - Pergunto e aponto pro lado dela.

- Claro - ela diz e chega um pouco pra lá.

Me sento e ficamos em silêncio por um curto tempo.

- Me desculpe por ter ido embora sem despedir...meus pais chegaram cedo. - Digo.

- Tudo bem, não precisa pedir desculpas. - Ela diz um pouco ignorante.

- Achei que seria bom explicar...- respondo e ela fica em silêncio de novo.

- Tá tudo bem, Oli. - Ela diz e o apelido me quebra.

Solto um sorriso sem querer.

- Tá matando aula? - Pergunto.

- Sim, antes que ela me mate.  - Ela responde e rio.

- Bom, já que eu praticamente também estou...Quer fazer alguma coisa? - Pergunto.

- Pode ser - ela surpreendemente pergunta e guarda seus matérias. - O que vamos fazer?

- Só vem comigo. - Digo.

Andamos um pouco a fora do Castelo, mas não saímos do território de Hogwarts.
Estamos perto de um lago, lá não vai muita gente, apesar de ser lindo.

- Podemos entrar? - ela pergunta.

- Não, tem eras venenosas.

- Ah...

- Mas é lindo, não acha? - Pergunto e me sento na grama.

- Sim, por isso queria entrar - Ela diz e senta ao meu lado.

- Talvez seja um truque...é bonito pra caramba, mas se entrar é provável que se machuque. - Digo pensativo.

- Acho que é isso que faz dele interessante e até mesmo mais atraente.

- Acho que sim...- respondo.

Parece que estamos falando metaforicamente, talvez estejamos.

- Você está bonita hoje. - Digo e olho pra ela.

- Pena que não somos atraentes um para o outro...- ela diz e me olha curiosa.

- Você sabe que só falei aquilo porque não queria levar "fora". - Adimito.

- Eu sei. Mas não pense que só porquê nos beijamos ficou tudo bem entre a gente, porque não está. - Ela diz.

- O que estamos agora?

- Amigos? - ela responde.

- Voltamos a ser amigos depois de se beijar? - pergunto.

- Não sei...

- Posso te beijar de novo? - Pergunto.

Estou doido pra fazer isso e quanto mais ela fala, mais tenho vontade de sufocar os lábios delas no meu.

- Oli, eu...- ela tenta dizer mas quando vejo já estou com meus lábios nos dela.

Mas não dura 1 segundo quando me distancio dela, agi por impulsividade e não sei se aquilo é certo.

Mas acho que está, já que ela está me beijando agora.

Seus lábios estão quentes contra ao meu, ela os movimenta devagar e então começamos a nos beijar de verdade agora. 

Minha língua massageia a dela e vou conduzindo o beijo com a mão em em sua cabeça.

Ela tem gosto de canela, suas mãos macias estão indo de encontro com meu abdômen e de repente estão nas minhas costas me puxando pra mais perto dela. Refletivamente, levo a minha outra mão ate sua cintura e agora estamos nos beijando calorosamente.

Estamos perto o suficiente para explorar toda sua boca com minha língua, e ela faz mesmo.
Minhas mãos subiram um pouco no corpo dela, agora estão quase perto do seu coração. As dela pelo contrário desceram e estão rente ao fim das minhas costas e no começo do meu quadril.

Me curvo a ela praticamente a deitando no chão, paramos de nos beijar e estou olhando ela diretamente nos olhos.

São de um tom marrom escuro, penetram a minha alma completamente.
Me sinto ficando duro contra a barriga dela quando ela se move pra cima.

Volto a beijar ela e não faço ideia de como aquilo vai terminar.

É tudo imprevisível com ela.