●●Capítulo 47●●

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●● Capítulo 47●●
O último duelo
Parte II

Ele tinha o tom de castanho mais enigmático que já tinha visto

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Ele tinha o tom de castanho mais enigmático que já tinha visto. Klaus olhou para o desconhecido e sentiu os seus pelos se arrepiarem. Ele devia ser alguém de muita experiência, talvez até mais do que ele, e embora os seus olhos não estivessem carregados com a guerra, Klaus sabia que a aljava lotadas de flechas dizia que ele era um homem precavido para o combate.

O híbrido filtou o largo Arco em suas mãos. Podia reconhecer a madeira antiga de longe, era a mesma que tanto caçou nos arredores de sua casa. O original apertou a garganta com todas aquelas pequenas peças. Ele era alguém que esteve próximo à sua vida humana?

Não teve amizades além de seus irmãos. Os homens o viam como um garoto fraco por causa de Mikael, e as mulheres sempre o olharam com péssimos olhos que faziam até a sua mãe abaixar a cabeça, sempre apertando suas filhas para ficarem longe de um homem que jamais conseguiria caçar adequadamente para cuidar da família. Klaus apertou o punho com as lembranças que aquele infeliz trouxe.

— vai ficar calado me olhando?— ele diz.— pensei que você não tinha problemas em falar.

O estranho olhou na direção do berço. Klaus virou o pescoço, vislumbrando os lençóis que foram beijados pela luz da lua e... estava vazio.

— Você é a última prova desde jogo ridículo. — diz o híbrido. — o que vai fazer? Atirar alguma destas flechas em mim?

Suas narinas inflaram sem paciência, mas seu oponente apenas permaneceu calado. Por dentro, Klaus sentia-se preocupado. Se não soubesse o nome dele jamais poderia sair daquele feitiço. A bruxa poderia prendê-lo ali por dias, ou anos. Tempos preciosos em que seu filho seria transformado em um monstro.

Exatamente como ele foi.

— me ataque logo.— Klaus diz.— quebre minhas pernas, arranque meus dedos ou tente decepar o meu pescoço.— fala.— apenas me faça terminar essa jogada ridícula.

E pela primeira vez, o homem sorriu. E foi calmo e quente.

Klaus o viu respirar pacientemente. O estranho passou o dedo sobre a madeira da flecha, como se o objeto precisasse ser acariciado, e pôs a cabeça um pouco para o lado enquanto admirava o outro.

— eu sempre me perguntei como você seria.

A frase fez o híbrido saltar por dentro. Abismado, Klaus sentiu como se uma segunda cabeça tivesse nascido no pescoço daquele homem. Ele o conhecia mesmo?

— nós nos conhecemos?— ele pergunta. — por que eu não me lembro de você.

O desconhecido deu um passo com as suas botas para a frente. A luz da lua tocou a sua pele e os seus traços ficaram mais claros. Klaus reparou que ele tinha um minúscula cicatriz branca no pescoço, e algo naquelas feições fez Klaus ter um dejavú do que ele não sabia, fazendo-o secretamente sentir medo.

Timeless| Klaroline Onde histórias criam vida. Descubra agora