De mal a pior

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Nada descreveria melhor as próximas semanas que a frase "não há nada tão ruim que não possa piorar", não me refiro a convivência com os Winchester, mas sim a semana de provas! Não existe nada pior que essas semanas! Tenho absoluta certeza de ter ficado a baixo da média em matemática, nunca me entrou na cabeça desde o fundamental, em história caiu sobre religiões católicas e protestantes, sobre o que eu não tenho nada a declarar, depois de toda a recente mudança, religiões me deixam um pouco confusa, mais que o normal! Talvez o fato de pensar de mais seja o que me deixa confusa, mais que a aula em si. Com o fim da semana de provas, eu não sabia o que esperar, mas existiam duas opções; chuva de notas baixas, ou de eu ter muita, MUITA sorte, seja irresponsável da minha parte ou não, existem coisas que não conseguem prender minha atenção, e enquanto eu deveria estar estudando para as provas, minha atenção estava inteiramente em um livro sobre antigas lendas gregas que peguei emprestado com o Sam uns dias antes, ele disse que era uma edição única, escrita pelos homens de letras, eles também me entregaram um livro ao qual eu ainda não tinha lido, esse era ainda mais especial, pois foi escrito por John Winchester, meu avô! Dean disse que por muito tempo aquele foi o único meio de informações realmente confiável para eles, pois foi baseado em experiências, não apenas em especulações! Eles me passaram para que eu soubesse minimamente sobre algumas criaturas, não para que eu entrasse no negócio da família, mas sim para saber me defender e proteger quem amo, a final de contas "conhecimento é poder" e por enquanto esse era o único poder que eu conseguia usar, já que até o momento a única coisa que eu consegui fazer com meus poderes foi mover um lápis, o que segundo eles foi um grande avanço, e eles tem razão! Foi difícil fazer isso, o que me fez pensar que o resto pode ser ainda pior.

Os rapazes tiveram que voltar para o Kansas (no mundo deles) por um tempo, não teríamos como nos comunicar durante esse período, mas Castiel disse que caso eu precisasse de algo, ou alguma coisa acontecesse poderia fazer uma prece direcionada a ele, e eles viriam o mais rápido possível. O fim de semana acabou e minha rotina continuou como de costume, na primeira aula que devia ser matemática o professor faltou, todos estavam animados pelo horário vago, até o diretor aparecer com um homem estranho, ele disse ser um fiel da igreja que queria nos dar uma palestra sobre a verdade e a bondade, eu sinceramente nem o olhei na cara ou dei a mínima atenção até ele se dirigir a mim.

- Você! Você acha importante sermos verdadeiros uns com os outros? - Ele me perguntou.
- Sim! - Eu respondi.
- Pode nos dizer porquê acha isso? - Ele perguntou se virando, e deixando visível uma coisa dentro do terno preto, um objeto prateado, que, na verdade parecia bastante o cabo de uma faca...

Ele pediu para que eu ficasse de pé.

- Acho que antes de sermos verdadeiros uns com os outros, devíamos ser com nós mesmos! Sem hipocrisia.
- Muito bem! - Ele continuou falando.

Escrevi e passei um bilhete para minha amiga que estava do lado;
"Tem alguma coisa errada com esse cara, ele tem uma faca! Quando eu (Ane) der o sinal, todos corram! (Repassem pra todos até voltar pra mim!)".

O bilhete foi sendo repassado discretamente para todos da sala como eu havia pedido.

- Voltando ao assunto sobre sermos verdadeiros-... - Falei tentando parecer firme, mas na verdade meu estômago girava e girava de nervoso. - É meio hipócrita da parte de um fiel da igreja andar por aí com uma faca escondida no terno.

Ele que andava pela sala parou de repente quando eu disse isso, ele era alto, muito mais que eu! Cabelos pretos e lisos na altura do pescoço, ele virou de costas e soltou uma gargalhada.

- Esperta! Não me surpreende sendo filha de quem é! - Ele se virou, os olhos dele estavam pretos, totalmente pretos.

- Esperta! Não me surpreende sendo filha de quem é! - Ele se virou, os olhos dele estavam pretos, totalmente pretos

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