Um arcanjo em apuros

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Como eu posso dizer... depois do que houve, a segurança precisou ser aumentada! As paredes internas da minha casa foram cobertas por sigilos enoquianos de proteção, cada um recebeu um colar anti-possessão, e eu apesar de não agradar muito minha mãe, fiz uma tatuagem! Nunca pensei em ter uma antes, mas gostei de como ficou, não doeu tanto quanto achei que fosse, e agora era como se eu estivesse com "O brasão da família Winchester" gravado na pele, afinal é algo importante que todos tem.

Agora era como se qualquer um pudesse ser um inimigo disfarçado, se antes o "Não confie em ninguém" era frequente, agora o "ninguém" se aplica a todos, ou quase todos...

Aprendi que existem métodos para verificar se alguém está possuído.
1°.Água Benta; esse é um método bem extremo, claro, não seria nada fácil explicar o porquê de ter molhado alguém aleatóriamente.
2°.O nome de Deus; Se alguém está possuído vai recuar imediatamente ao ouvir o nome de Deus, deve ser dito em latim, "Christu". É um método mais discreto e simples, em minha opinião o melhor.

Meu padrinho deu um jeito nas acusações contra mim, a ideia era sair da escola assim que começassem as férias, minha mãe estava tão nervosa com tudo aquilo, ela precisava interagir com pessoas no trabalho e com tudo isso era praticamente impossível, eu, ainda que indiretamente os meti em problemas, minha família toda corria perigo enquanto eu estivesse por perto, virei noites pensando em uma solução, mas pra mim era óbvio o que deveria ser feito.

Seria uma pena mudar de escola, logo quando eu consigo finalmente fazer amigos. O último dia de aula foi legal, todos esperavam ansiosos pelo momento em que iríamos sair de férias pelos portões da escola, eu por outro lado, aproveitava os últimos momentos com eles, afinal não sabia quando, ou se voltaria a vê-los. Conversei com minha mãe uma noite antes sobre como seria arriscado para eles se eu continuasse vivendo com eles, e que o melhor seria voltar ao lugar de onde eu nunca devia ter saído, O "bunker dos homens de letras"... O lugar onde eu nasci, no fim do dia, aos prantos me despedi dos meus pais, era difícil para eles aceitar que eu teria que sair de casa... E se esse ideia já era difícil, mudar para outro universo/realidade conseguia fazer ficar ainda pior.

Os rapazes usaram um feitiço para abrir um portal para casa, o atravessamos e em literalmente um piscar de olhos chegamos à um lugar que parecia um estacionamento, era enorme e cheio de carros antigos, o que me fez pensar "qual seria o tamanho do bunker inteiro!?", saímos do estacionamento e seguimos em direção a parte "interna" do lugar, cada corredor me lembrava os fortes militares de filmes de guerra... era estranho imaginar que foi nessa fortaleza que eu nasci.

- Bom, bem vinda de volta! - Sam disse sorrindo.

Eu admirava cada detalhe do lugar, agora não parecia mais tanto uma fortaleza, mas sim uma enorme biblioteca

Eu admirava cada detalhe do lugar, agora não parecia mais tanto uma fortaleza, mas sim uma enorme biblioteca

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Havia um espaço com um enorme telescópio, muitos livros, e algumas mesas com cadeiras. Um pouco mais adiante ficava uma outra sala, aparentemente era por lá que se saía e entrava, pois tinha uma escada que dava para uma porta, no centro do salão havia uma coisa parecida com uma mesa de centro, mas que tinha um enorme mapa dos continentes.

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