capítulo 3 - Corpo quente e frio.....

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Briseis como sempre acordou naquela manhã radiante, seu cabelo outrora escovado estava em um lindo rabo de cavalo. Ela estava incrivelmente alegre  e parecia nem se lembrar do pesadelo da outra noite. 

- Bom dia meu raio de sol. - disse Marcos adentrando o local.  Naquela manhã o sol brilhava e as flores se abriam em seu esplendor. A cozinha cheirava a panquecas deliciosas que só a mamãe fazia . Briseis pegou uma pequena xícara para tomar seu delicioso café. Ela não podia beber algo tão forte puro, bebia sempre com a companhia do leite. Ela estava sorrindo de orelha a orelha, estava tão iluminada que era como se toda a alegria do mundo não coubesse em seu pequeno corpinho e se esvaiasse pelos poros.

-Aconteceu algo com você está manhã minha pequena ? - perguntou Karen olhando delicadamente a sua filha.

-Sim! Sim! -explodia a garotinha feliz, e a manhã caminhava com ela com tanta alegria que não fazia calor e nem frio.  Apenas estava um dia perfeito para se sorrir. Briseis sabia que tudo estava perfeito junto com ela naquela manhã. As nuvens nunca ficaram tão azuis, nem a grama tão verde, os pássaros estavam a cantar tão lindamente que não parecia que aquilo era real. 

-Venha meu amor, nós vamos caminhar um pouco ao ar livre, vamos ver o quanto lindo é nosso mundo. 

Briseis apenas terminou de comer suas panquecas de chocolate com mertilos e foi rapidamente segurando as mãos que tanto a protegiam de tudo. Ela segurava firme como se dependesse dessa segurança.
A porta se abriu como se o vento a tivesse convidado para fora, a brisa tocou seu pequeno rosto a saudando pela manhã.   O sol com sua luz iluminava o céu lindo e azul. O cheiro era familiar, mais Briseis não sabia da onde, apenas tentava focar sua atenção em cada detalhe a sua frente.  Uma borboleta em sua transformação saiu do casulo e abriu um lindo voou, foi subindo até desaparecer nas nuvens acima de sua cabeça .
A garotinha apenas sorria e brincava com as mãos sempre grudadas as de seus pais. Ela olhou e viu um esquilo com a boca cheia de nozes.  Aquilo a fez rir cada vez mais alto, mais não era um som estridente e sim um som suave e alegre.
Karen olhava o ceu admirada, seu peito subia e descia como se ela estivesse trocando som silenciosos  que só a pequena podia ouvir. 

Marcos por outro lado estava quieto, olhando fixo para o nada.  Briseis apenas ficou olhando na direção que seu pai parava os olhos fixos . Ele estava com o semblante preocupado. Algo estava o chateando. A pequena apenas chamou sua atenção e pediu para que ele ficasse da altura dela. Assim ela finalmente pode  beijar  suavemente sua testa que antes estava enrugada de preocupação e agora apenas molhada.

A pequena por um momento soltou a mão de sua mãe para poder pegar uma pequena flor que estava abrindo em sua frente e o cenário em apenas um milésimo de segundo mudou.
O céu estava negro, as nuvens carregadas, a lua tomou seu lugar, tudo estava escuro e frio.   A grama parecia que havia morrido a dias. Borboletas mortas por todo chão se mostravam feias. O cheiro novamente familiar veio em suas narinas. Briseis olhou a mãos de seu pai por um instante e ela simplesmente estava podre. Sua mãe havia sumido . Ela estava sendo apagada aos poucos, o brilho de alguns momentos antes pareciam nem mesmo existir. Sem cor, sem um pingo de felicidade Briseis caminhou sozinha por um tempo tentando entender o que havia acontecido. Porque algo tão bom se transformou em algo sem vida e frio? Sua pele estava ficando arrepiada, tendo involuntário calafrios. 
Mais uma vez o cheiro familiar vento em sua direção, ela apenas focou seus sentidos, deixou que seu nariz a conduzisse aonde quer que fosse. Ela apenas fechou os olhos e seguiu o cheiro como se pudesse ver ou pegá-lo.     

Meia hora havia se passado, seu pequeno corpo estava exausto de andar e não se chegava a lugar algum. O cheiro ainda estava por ali, mais parecia que ia se afastando, indo embora, assim como a angústia da pequena. Ela olhou firmemente em um pontinho amarelo que brilhava a sua frente. Nao se via mais nada além da escuridão. Ela apenas deixou e desejou que aquela luz chegasse até ela. Era um vagalume que se achegou em seu nariz arrebitado. Ela apenas sentou aonde quer que fosse ou aonde quer que estivesse e fechou os olhos cansados e caiu mais uma vez em um sono profundo. 

#Plagio é crime ,diga não ao plágio.

#espero que estejam gostando. Prometo que vão entender o porquê de tudo lá na frente.  Bjs de luz .

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