ℑ𝔩𝔩𝔢𝔤𝔞𝔩 ℜ𝔞𝔠𝔢𝔰 ; 𝙺𝚒𝚖 𝚃𝚊𝚎𝚑𝚢𝚞𝚗𝚐

𝐎𝟑.

[Nome]'s POV

Como havia prometido ontem, Tae veio-me buscar à universidade assim como me trouxe de manhã.

Taehyung estava encostado na moto como os capacetes na mão. Ele vestia umas calças justas, de ganga, pretas e uma camisola branca da 'Celine'.

— O BamBam e o amigo estão atrás de nós — Soyeon sussurrou no meu ouvido e eu assenti.

Nós as duas fomos ao encontro de Taehyung. As suas mãos rodearam a minha cintura e finalmente os nossos lábios se uniram, iniciando um beijo calmo.

Terminei o beijo com uma leva mordida no seu lábio, acompanhando o seu olhar para os outros dois que olhavam para nós como se fosse algo de outro mundo.

Após Taehyung lhes mandar o dedo do meio, eles foram embora. Acenei para Soyeon e Taehyung deu-lhe um abraço como despedida.

Peguei no capacete que estava na sua mão e coloquei-o, enquanto ele fazia o mesmo. Subimos na moto e logo Taehyung deu partida em direção a casa.

Enquanto brincava com a sua camisola e sentia o vento fresco, comecei a pensar em várias coisas. Eu tinha saudades do meu irmão, faz praticamente quatro anos que não o vejo. Desde que saí da Australia, as coisas entre nós nunca mais foram a mesma, nós perdemos o contacto e por mais que eu tentasse nunca o consegui contactar.

A minha relação com os meus pais era muito má, vim para Seul quase sem dinheiro e por causa disso tive que entrar para este mundo das corridas ilegais.

Eu tinha 17 quando entrei, e por sorte conheci Changbin, o 'chefe' de tudo. Ele deixou-me correr com os meus carros no início, e atualmente eu tenho os meus próprios carros.

Sou especialmente grata a Taehyung e à sua família, pois desde que os conheci, sempre me ajudaram.

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Cheguei à pista onde a corrida de hoje aconteceria. Taehyung deixou um breve beijo nos meus lábios e ajudou-me a colocar a máscara.

Coloquei o capacete e as luvas, liguei o carro e coloquei-me na posição. Olhei para o lado e vi Hyungwon a olhar para mim.

Mandei-lhe o dedo do meio. Hyungwon era o meu maior adversário, nunca nos demos bem e acho que nunca nos vamos dar.

Foquei-me na mulher, que usava roupas demasiado curtas, e quando ela baixou a bandeira acelerei fundo.

Hyungwon estava sempre a bater no meu carro, tentando fazer com que eu saísse da pista. Vi a chegada ao longe então acelerei, assim como ele.

Não sei o que aconteceu mas Hyungwon bateu no meu carro, conseguiu passar e assim ganhar.

Saí do carro batendo a porta com força e Yoongi veio falar comigo.

— [Nome] a perder contra Hyungwon? Essa nova. — Falou rindo, mas surpreendido. Mostrei-lhe o dedo do meio.

— Então, como foi perder para o maior — ouvi alguém falar atrás de mim, era Hyungwon.

— Vai te foder.

Voltei a entrar no carro, mas desta vez tirei o capacete. Dirigi até um canto escuro e Taehyung entrou.

Deixei a máscara com ele e arranquei em direção. Não estava com cabeça para nada.

Chegando a casa, coloquei o carro na garagem interior e deixei as coisas em cima de uma mesa que ali estava. Apoiei as minhas mãos na mesma e suspirei.

— O que se passa, amor? — A sua voz soou preocupada, e eu odiava preocupar os outros.

— Não é nada. Apenas tenho saudades do meu irmão, estão a fazer quatro anos que não o vejo.

— Ei. — Segurou o meu rosto. — Não fiques assim, bebé. Vais ver que um dia se vão reencontrar.

Assenti, na esperança que um dia isso acontecesse.

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