Para gravar seu novo álbum, a banda KISS vai para o Silver River Studio, um estúdio exclusivo com chalés e atividades para o descanso dos artistas. Ficariam lá por 3 semanas, tempo de sobra para trabalhar e se divertirem, mas uma tempestade de neve...
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Eve finalmente subiu para o seu quarto para tomar um banho antes de preparar o jantar.
Enquanto se lavava, pensou na loucura que havia sido seu dia. Eve havia dormido sozinha naquele chalé imenso na noite anterior e até apreciava estar sozinha pra trabalhar, mas não podia negar que estava feliz por ter os quatro ali e, secretamente, havia gostado da ideia de ficar presa com eles. Eve era fã da banda e estava reprimindo um surto enlouquecido desde que eles chegaram, e seria incrível passar alguns dias com eles, conhecê-los melhor, observá-los e talvez até desenvolver uma amizade.
Eve sorriu enquanto pensava nisso.
Na verdade, além de tudo isso, Eve também estava um pouco eufórica pela tensão que sentira na presença de cada um deles.
Primeiro foi com Tommy. No momento em que caiu daquela escada, Eve sabia que a pancada seria certa e se preparou para a dor que viria depois, mas abriu os olhos e Tommy Thayer, o maravilhoso Tommy Thayer, a segurava nos braços. Eve sempre achara ele incrível, como músico e como pessoa, e admirava muito seu charme também. Era inegavel que Tommy era charmoso e atraente, e Eve havia ficado de pernas bambas quando o viu sendo gentil com ela.
Depois veio Eric. A situação com ele fora extremamente engraçada, e Eve havia sentido seu coração dar pulinhos de alegria quando ele fez questão de tomar café com ela, de querer ajudá-la na cozinha, de que ela ficasse na sala com eles... Eric era realmente fofo e atencioso, e era muito divertido também, além de ser extremamente lindo.
Eve suspirou.
Depois veio Paul, que era corajoso e a elogiou de forma que Eve quase perdeu o chão. Paul Stanley me achou linda! E ele transmitia uma sensação de admiração por ela, fazia Eve se sentir incrível, e a forma como ele falava sussurrando de forma extremamente atraente deixava Eve um pouco fora de órbita.
Por último, Gene. Um perfeito cavalheiro que a ajudou, a protegeu naquela situação que poderia realmente fazê-la sofrer um acidente ou se machucar gravemente, e demonstrou cuidado e proteção de uma forma que Eve desconhecia.
Mas a verdade é que Eve desconhecia muitas demonstrações de afeto.
Era órfã.
Ninguém sabia, obviamente. Na prática, Eve tinha uma mãe em seu registro civil, mas a mãe estivera presente somente até seus 5 anos de idade. Depois disso, fugira com um cara e nunca mais aparecera. Talvez nem estivesse mais viva, também, mas Eve não queria saber. Uma vizinha cuidara dela com comida e roupas limpas, mas não podia ser a mãe que Eve precisava, tanto em afeto como em questões legais. Eve entrou tarde na faculdade, reprovou alguns anos na escola, mas no fim das contas lá estava ela, viva e com uma vida muito melhor do que pensou que teria.
