11.

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QUANDO ALICE DORMIU DE NOVO, ela não ouviu nada. E foi difícil dormir com o ouvido e a garganta coçando devido a alergia. Ela demorou, mas caiu no sono. Quando ela acordou foi com o telefone tocando, ela esfregou os olhos e se levantou pra atender.

- Billy? - Ela perguntou assim que atendeu. Houve um silêncio, ele estava analisando aquele nome, era o nome dele, mas ele já não reconhecia mais. Porém ele deixaria ela chamar ele pelo nome.

- Sou eu - Disse ele, após o silêncio de cinco segundos.

- O que eu faço agora? - Ela perguntou, confusa.

- Vira de costas pro telefone - Ele disse. Então ela virou, mesmo que confusa - Você vê a parede na sua frente? - Ele perguntou.

- Obviamente - Ela disse em tom de ironia. Ela ouviu um riso fraco - Billy! - Ela reclamou.

- Ok. Foi mal. Você vê que a parede é separada do chão? - Ele questionou.

- Certo... E? - Ela franziu o cenho confusa.

- Eu rasguei um longo cabo solto ali, eu o mantive escondido - Ele explicou.

- E o que eu faço com isso? - Ela perguntou.

- Olha pra janela, se conseguir escalar, pode quebrar - Ele explicou de novo.

- Meu pé ta torcido, não tenho força o suficiente - Ela engoliu em seco.

- Besteira. Você é a garota mais forte que eu conheci, eu já te vi brigar com os idiotas da escola, vai dizer que não consegue escalar uma parede? - Ele disse logo em seguida.

- Eu não sei dizer se isso foi um elogio ou não - Ela piscou incrédula.

- Claro que foi um elogio, eu te falei, eu gostava de você - Ele disse em seguida.

- Eu não sou essa garota maravilhosa que você acha que eu sou, Billy. Isso aqui é diferente.

- Você não é maravilhosa. Mas ainda é a garota mais bonita e forte que eu conheci - Ele disse em seguida - Você precisa tentar...

- Eu vou tentar - Ela respondeu ainda encarando a janela.

- Alice?

- O que?

- Não caia no jogo.

- Que jogo?

- Não caia.

E ele desligou, outra vez sem aviso nenhum.

Alice bufou e colocou o telefone de volta na parede. Então ela respirou fundo e foi até o o chão, abrindo e espaço entre o chão e a parede aos poucos e conseguindo pegar o fio. Ela bufou, encarou o telefone de novo. Ok, o que fazer, não deve ser tão difícil. Ela se colocou embaixo da parede então ela analisou a situação, como ela queria o fio lá em cima? Bom, ela se encostou na parede e foi colocando o fio reto pra cima até onde dava, então ela se esticou e pulou pra conseguir passar fio entre as grades retas. Ela perdeu um pouco do fôlego, mas puxou a outra ponta de volta pra ela. Ela encarou a corda, a janela, então a corda de novo. Ela resolveu amarrar a ponta. Quando ela forçou seu pé bom na corda, foi tudo bem, o problema foi fazer força com o outro na parede, porque doeu pra caralho.

ATLANTIS ; the black phoneOnde histórias criam vida. Descubra agora