12.

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ELA SENTIU QUANDO FOI JOGADA no colchão duro, ela ouviu o sequestrador falando com alguém mas não deu a devida atenção. Ela ainda estava paralisada, e era de choque e medo. Quando a porta foi fechada, ela levantou e levou a mão ao nariz sangrando.

- Filho da puta - Ela resmungou pra si mesma. Ela engoliu em seco e sentiu um arrepio de medo e nojo pela espinha. Então ela começou a se esfregar e se limpar onde ele tinha encostado nela. Ela respirou fundo, com raiva.

O telefone começou a tocar. Ela o encarou, engoliu em seco, ainda com raiva e o atendeu.

- Billy? Griffin? Quem? - Ela disse imediatamente, estressada. Houve um silêncio, só um ruído - Caralho! Você pelo menos sabe quem você é!?

- Eu jogava beisebol - Disse a voz - Eu conheci seu namorado lá... - Ele disse a fazendo franzir o cenho confusa - E eu era seu vizinho...

- Bruce - Ela disse em seguida - Você é Bruce Yamada...

- Bruce... - Ele disse como se analizasse o nome - É, esse é meu nome - Ele quase parecia aliviado por saber.

- Eu não tenho namorado, Bruce - Ela disse em seguida.

- Não? - Ele disse soando confuso - Do outro time... Ele quase ganhou...

- Finney... Eu sei de quem você ta falando. Mas ele não é meu namorado - Ela disse calmamente.

- Foi mal, parecia - Disse ele. Ela engoliu em seco expulsando o pensamento de que ela gostaria que fosse, na verdade.

- O que você quer, Bruce? - Ela disse irritada.

- No banheiro tem um piso solto, eu comecei a cavar lá mas não deu tempo de chegar do outro lado - Ele falou logo em seguida.

- E eu vou ter tempo? - Ela perguntou olhando direto pro caminho do banheiro.

- Você não tem muito - Disse ele.

- Eu nem tinha percebido, Bruce, eu nem tinha percebido - Ela ironizou e então bufou - Obrigada, de qualquer jeito...

- Tem um carpete lá, usa pra esconder o buraco - Disse ele, logo em seguida.

- Bruce?

- O que?

- Você também ouviu o telefone?

- O telefone sempre toca, mas nenhum de nós quis escutar - Ele explicou logo em seguida - Ele escuta também, quando ele vinha aqui embaixo, faziamos trotes, é tudo que da pra fazer. Ele não consegue acreditar...

- Então você é real mesmo, não foi tudo fruto da minha cabeça?

- Boa sorte - Ele ignorou totalmente a pergunta de Alice.

- Ta... - Ela se deu por satisfeita e desligou o telefone.

Ela foi até o banheiro, levantou o carpete e abriu o piso solto, ela encarou sua mão machucada pela quantidade de vezes que ela socou aquelas paredes, ela respirou fundo e começou a cavar. Ela estava praticamente se arrastando no chão pra fazer isso, jogar a terra no vaso, dar descarga, voltar. Sua mão ardia quando o machucado entrava em contato com a terra. Mas ela ficou ali por horas, e seu pé estava quase explodindo de dor. Ela mancou até o colchão outra vez e caiu nele totalmente exausta.

ATLANTIS ; the black phoneOnde histórias criam vida. Descubra agora