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FINNEY COMEÇOU A ANDAR DE UM LADO PRO OUTRO em certo ponto. Alice deitou no colchão, ele estava falando algo sobre sair, perguntando se ela sabia de mais alguma coisa, se falaram algo pra ela, então ela negou com a cabeçae começou a pensar. Ela ignorou o barulho de passos ao seu lado, até prararem. Aí o telefone tocou e ela se assustou, saindo da divagação e vendo Finney soltar a alça da porta.
- O que ta fazendo!? Para de ir na porta! Se eu falei pra não subir, é pra não subir! Não sobe as escadas! Não sobe as escadas! É uma instrução muito simples! - Ela falou imediatamente, o garoto não teve reação com a bronca que levou e andou até o telefone - Atende o telefone!
- Ta bom... - Ele disse tentando a fazer ficar calma. Quando ele atendeu não tinha som nenhum, no máximo um ruído - Alô? - Ele perguntou - Eu acho que não tem ninguém - Finney olhou pra Alice.
- Ligaram pra fazer você não subir a porra das escadas - Ela disse seca, se ajeitando no colchão.
- Foi mal, ok? Foi mal - Ele sentou ao seu lado e bufou - Eu não sei o que fazer...
- Eu pensei bastante - Ela disse em seguida - Eu sei o que fazer.
- Você tem um plano? - Ele arqueou as sobrancelhas.
- Sim. Você vai adorar - Ela sorriu de lado em clara ironia. Ele negou com a cabeça sabendo que não ia gostar - Nós vamos esperar.
- Jura? - Ele piscou incrédulo.
- Veja bem. Você vai entender. Se tudo der certo, eles vão ligar quando for a hora - Ela explicou - Eu só preciso que confie em mim - Ela realmente tinha um plano em mente, ela só não sabia se ele ia gostar muito dele - Você confia?
- Sim - Ele acentiu e respirou fundo - Claro que sim.
- Tudo bem então, vamos esperar - Ela descansou sua cabeça na parede.
- Ele não vai trazer comida? - Finney perguntou.
- Eu cheguei num ponto que eu não sei se quero que ele desça nem pra trazer comida, sinceramente - Ela disse bufando chateada outra vez.
- O que fazemos enquanto... Esperamos? - Ele olhou pra ela.
- Podemos conversar, né? Acho que é pior quando se está sozinha aqui, sinceramente - Ela correspondeu o olhar.
- Sobre o que quer falar? - Ele questionou.
- Não sou criativa - Ela divagou.
- O que quer fazer quando sair daqui? - Ele perguntou normalmente.
- Eu vou comer algo que eu não seja alérgica - Ela disse imediatamente, ele sorriu fraco. Fazia sentido - Provavelmente uma pizza, de quatro queijos. Deus eu preciso de uma pizza - Ela reclamou pro teto outra vez - E você? - Ela o olhou de novo.
- Eu estava pensando em ir ver... Er... Já viu "o massacre da serra elétrica"? - Ele perguntou normalmente.
- Eu gosto desse filme. Eu vi com Vance... A gente costumava, alugar filmes aos domingos - Ela disse ainda o olhando, tendo as lembranças com Vance a invadindo por alguns segundos.
- Eu nunca vi - Finney disse em seguida.
- Você precisa ver - Ela disse imediatamente.
- Eu pensei que podia ver com você - Ele explicou.
- Ah... Aah! - Ela fez sinal de entender - Podemos fazer isso... Sim, claro que podemos - Ela começou a balançar a cabeça.
- Lembra quando a gente foi no cinema? - Ele perguntou.
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ATLANTIS ; the black phone
Hayran Kurgu• Alice Hopper nunca foi uma garota fácil, uma família complicada, uma mãe morta, um pai cobrador e um irmão problemático o qual as vezes era bem parecido com ela. Mas fora isso, ela levava uma vida normal. Finney Blake era quieto, tímido, passava...