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FINNEY CORREU QUANDO ELA MANDOU, ele tinha prometido. Ele olhou pra trás e não viu ela, o que fez o seu desespero aumentar. Ele gritou o mais alto que podia. E correu mais rápido quando viu a van chegando, obviamente ele não era mais rápido que um carro. Ele tentou correr e desviar, mas ele foi pego outra vez. E enquanto o sequestrador ameaçava cortar a garganta dele e ele sentia as luzes das casas desligando sem notar que ele estava prestes a ser morto ali, ele pensou que tinha deixado Alice pra trás.

Quando o sequestrador o jogou de novo naquele colchão, ele só conseguia pensar nisso. Que tinha deixado ela pra trás. Ele levou a mão ao nariz sentindo o sangue por causa do soco que recebeu do sequestrador.

- Filho da puta - Ele murmurou depois que ele foi embora, então ele olhou em volta - Alice? - Ele engoliu em seco. Por que ele perguntou? Ela não estava ali, ela simplesmente não estava ali. Ela tinha ficado pra trás, ela empurrou ele pra correr e ficou pra trás de propósito a troco de nada, porque ele ainda estava ali, preso - Merda. Por que você me deixou fazer isso? - Ele negou com a cabeça a si mesmo. Ele devia ter ficado? Ela estava morta? Ele não devia ter feito ela subir? Era tudo culpa dele?

Ele não conseguia não pensar nisso. Essa sensação de culpa, de vazio. Ele já tinha sentido isso uma, duas vezes, mas agora parecia pior. Ele perdeu ela, então ele achou ela de novo, e agora ele perdeu de novo? Num piscar de olhos. Isso era culpa dele? Ele disse que a protegeria, e ele não fez isso. Ele não fez isso. Ele fugiu, ele não lutou, ele só tinha um trabalho. Ele disse que daria um jeito e ele não deu. Ela tentou salvar ele, ela sempre salvava ele. E ele não conseguiu salvar ela? O que ele faria agora? Que merda. Ele estava com raiva agora, o jeito que ele fechava o punho com força demonstrava isso.

O telefone começou a tocar.

- Não - Ele disse no mesmo instante. Ele não queria receber ligação nenhuma. Billy fez ele despencar da janela e Griffin fez Alice sumir de novo, ele não queria falar com fantasma nenhum - Vai se foder! - Ele exclamou, mas o telefone não ligou o continuou tocando - Mas que porra! - Ele levantou irritado e atendeu o telefone com agressividade. Ele não ouviu nada a início, só aquele ruído irritante - Quem é? - Ele perguntou - Você vai falar alguma coisa!? - Ele disse irritado - Ela não ta aqui, se quer falar com ela! - Ele disse de forma mais irritada - Você ao menos está aí!?

- Que merda de pergunta é essa, garoto? "Você está aí?" - Ele reconheceu a voz de Vance zombando dele com aquele tom de estresse natural que o lembrava de Alice - Você está aí?

- Vance - Finney disse assim que reconheceu - Vance Hopper... - Ele repetiu.

- Eu sei quem eu sou, não preciso que me diga, seu idiota. Você sabe quem você é?

- Eu sou Finney Blake...

- Porra, muito prazer então Finney Blake. Agora que você já beijou minha irmã e a deixou pra morrer logo em seguida, é a porra de um prazer.

- Eu... - Ele não teve palavras pra responder isso.

- E o mais irônico, ela tentou te salvar e você ainda ta aqui. Agora eu tenho que falar com você, parabéns Finney Blake. Se eu tivesse vivo, você taria morto.

- Cadê a Alice? Ela ta... - Ele limpou a garganta - Ela ta com você?

- Ela ainda ta viva, não graças a você e não por muito tempo - Foi o que ele respondeu - É aqui. Aqui mesmo.

ATLANTIS ; the black phoneOnde histórias criam vida. Descubra agora