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ELE DEU ALGUMA COISA PRA ELA DORMIR, ela sentiu isso. Ela não soube por quanto tempo ficou desacordada. Mas quando acordou ela só sentia a terra embaixo do seu corpo. Ela demorou pra entender porque estava com tanta dor. Ela chegou lá, na segunda fase, e quando ela percebeu, era tarde demais. Ele parecia gostar quando ela esperneava e chorava, e doía, doía muito. Ela preferia estar morta naquele momento.
É como disseram pra ela. Ele queria que realmente doesse cada segundo até sua morte. O erro dele foi querer que fosse lenta.
Ela estava realmente muito fraca, então fazer aquilo foi um tanto fácil. Amarrar ela depois também. Colocar uma fita em sua boca também. E o pior castigo, jogar ela na cova. Não qualquer cova, ele reabriu uma cova, especialmente pra ela.
- Olha só, você acordou mesmo - Ele disse a puxando - Bem a tempo pro reencontro.
Ela tentou gritar. Ela estava muito suja naquele ponto. Deus, ela queria muito morrer naquele ponto. Mas sua boca estava tampada.
- Quer dizer alguma coisa? - Ele olhou pra ela quando a jogou no buraco - Oh, você não pode...
Suas mãos estavam amarradas, seus pés estavam amarrados. Ela mal sentiu, ela não sabia quanto tempo tinha se passado. Ela nem sabia quando ele tinha aumentado a ferida já infeccionada na barriga dela. Foi no meio do jogo? Provavelmente. Deus, ela se sentia tão suja, nojenta. E ela nunca, nunca teve tanto medo.
Ele não teve pressa com ela. Ele queria que fosse doloroso. E naquele ponto, ela estava praticamente implorando pra ser morta.
Quando ela notou o que ele tinha feito e onde ela estava, ela tentou gritar e chorar de novo. Merda. O corpo morto de Vance estava do lado dela, ele fez isso de propósito. Ela sentiu raiva. Ela só queria a tortura acabasse.
O plano dele? Simples. Fazer doer.
- Você não queria encontrar seu irmão? - Ele ironizou. Ela só queria rasgar aquela máscara maldita, junto com a cara dele de preferência.
Na cabeça dele, ela morreria logo. Com aquele corte na barriga, ela tinha horas de vida contadas, e ele sabia disso. Ela morreria ali, e quando ele voltasse com o corpo de Finney, era só selar suas covas. Bom, esse era o plano.
Quando ele se afastou, quando ela ouviu a porta trancar, ela começou a chorar. Ela não conseguia olhar pro lado, mesmo que ela sentisse o cadáver do irmão do lado dela. Ela sentia o sangue sair dela, e ela sabia que não tinha tempo.
Nos primeiros minutos, ela ficou tentando se afastar. Depois, ela decidiu olhar pro lado, e se ela olhasse muito, mais ela queria chorar.
Ok, você ainda está com isso.
Ela olhou pras mãos do cadáver, uma das pulseiras pretas de Vance. Ela se virou, ela ainda estava com as mãos amarradas, mas ela se esforçou pra puxar aquela pulseira dele. Ela algo como um cinto, mas uma pulseira. Ele usava aquilo o tempo todo. Ela teve que dar o seu jeito de abrir aquela coisa. Então ela tentou usar o ferro que se usava pra fechar a pulseira pra tentar cortar as cordas. Tentativa falha. Era uma corda grossa. E ela estava começando a ver as coisas meio turvas.
Ela mal conseguia respirar ali dentro, era sufocante. Seu corpo inteiro doía mais do que nunca. E o sangramento? Obviamente não parava. Ela estava com as horas contadas.
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ATLANTIS ; the black phone
Fanfiction• Alice Hopper nunca foi uma garota fácil, uma família complicada, uma mãe morta, um pai cobrador e um irmão problemático o qual as vezes era bem parecido com ela. Mas fora isso, ela levava uma vida normal. Finney Blake era quieto, tímido, passava...