6. Verdades

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Chegando a sala supra que era aula de Anatomia, pedimos licença para o professor para que podessemos entrar. Afinal não queria outro escândalo igual ao primeiro dia de aula com o professor Tanner, então ele assentiu com a cabeça, deixando nós entrar em sala, mesmo atrasado.

Ao visualizar a sala de uma forma panorâmica eu não conseguia ver ou sentir os outros membros do Coven na Sala de aula. Ou seja, era só eu e Natan ali, matriculados naquela matéria, Ou naquela sala. Uma vez que, a São Pitersburgo era enorme, composta por 4 ou 5 prédios.

Sentei no fundo da sala, o canto da parede perto da porta à esquerda. Enquanto Natan tinha sentado ao meu lado.

Entre explicações e outras da aula, não conseguia me conter então volta e meia, me deslocava até Natan é perguntava se ele ia mesmo me falar da maldição, e bem como de outras coisas que queria.

Como sempre, só para equilibrar o jogo de Natan, ele sorriu ao me responder que já tinha dado a sua amostra grátis, e que tudo agora estava nas minhas mãos.

Não conseguia evitar olhar para a boca carnuda de Natan, ao ve-lo me responder, era como um fogo, ou um desejo insustentavel dentro de mim.

Porém eu sabia que isso não tinha nada haver com a minha questão biológica de bruxaria, e sim com o fato de que eu independente das loucuras em que vivia ou ia viver, Eu era uma adolescente de 15 anos que nunca, nunca mesmo tinha nem se quer beijado alguém. Só que esse eram de lá um dos meus menores problemas, pois toda vez que estava com Natan, de alguma forma eu sentia que ele sabia exatamente quais eram meus desejos e sentimentos por ele. Até acho que, isso seja o motivo dele sempre ter essas brincadeiras comigo, ou não.

O Fato era que eu odiava esse turbilhão de pensamentos que surgia do nada. Sendo assim, balancei a cabeça para tentar evitar que eles chegassem até a mim.

Foi então que ouvi o professor de Anatomia falar meu nome umas três vezes. Dizendo algo como: Srta. SMITH, você sabe qual é a importância do estudo da anatomia?

Aquela pergunta sambou em minha cabeça, igual às globelezas do Carnaval brasileiro. Afinal, era minha primeira ou segunda aula ali, e era o primeiro ano do Secundário. Não tinha como eu saber definitivamente.

Não. N.. ao. Professor... Não sei, desculpa. -respondi a ele.

Deverá estudar mais Srta. Smith, se quiser algo da vida. Nem tudo é como um passe de mágica. A propósito Srta. Meu nome é Augustus Armstrong, ver se não esquece da próxima. - respondeu o professor. Bem como completou, - Classe vocês estão dispensados da aula, até a proxima. Podem ir para Casa, agora será uma assembleia com a corte.

Fiquei em choque, ao assimilar o nome do professor. Meu Deus, aquela ironia toda ao falar "nem tudo é como um passe de mágica" era porque ele é um bruxo do Coven. Ele é um Armstrog, um dos membros das 6 famílias, ele é o pai de Natan.

A grande semelhança nos olhos, no jeito fogoso de caminhar, o jeito manso e atraente de falar, aquela cor cintilante dos olhos. Não conseguia parar de pensar naquilo, fiquei tão desnorteado que perdi totalmente a noção do tempo.

Yandra? Vamos, se você quiser saber mais ou quer algo vamos - disse Natan ao me olhar com uma comoção e carinho tão grande.

Empurrei meus pensamentos para fora novamente.

Precisava estar lúcida e consciente para saber de tudo, de toda aquela loucura. Então sacudi a cabeça umas duas a três vezes, e falei - Desculpa Fiquei meio tonta. É claro que quero saber de tudo. - respondi com a maneira mais afetuosa que podia.

Então vamos para o Ginásio 4, no bloco D. Lá ficaremos mais a vontade, devido a assembleia da corte. - Indagou Natan, ao segurar minha mão, me levando a tal ginásio.

Yandra SmithOnde histórias criam vida. Descubra agora