Dias se passaram após o episódio estranho da minha vida. Na verdade nos últimos meses tudo está estranho, as vezes me sinto totalmente perdida em um novo mundo, onde tudo que era fantasia aos meus olhos sairam dos livros e dos contos e se tornou real.
Eu sou totalmente esquisita, é isso.O que ocorreu no pantano não saia da minha cabeça, o presságio, o mundo astral, o mal vindo, o Thomas.
Mas, o que ficava realmente ecoando na minha cabeça era o fato da ligação não ter dado certo, Silonny e John, garantiram que daria. Isa e Thomas afirmaram com todas as letras que eu era a última chave do quebra cabeça da magia e do coven. Porque haveria mais alguém? Porque minha mãe nunca me contou que o Sean é adotado? Ou talvez eu seja?
Não tinha certeza de mais nada, tudo tinha virado uma grande bola peluda de loucura.
Fiquei tão perdida nos meus pensamentos e no hospício em que vivo que não tinha notado que já estávamos em casa, eu passei a viagem toda do pantano até a cidade SURTANDO!
- Yandra! Yandra! - gritava Tagila sem para.
Olhei meio ainda perdida e a respondi com um olhar afetuoso, já que ela sempre me demostrou afeto e carinho.
Ela ficou meio corada e foi complementando algo, como: Você tem que ir pra casa descansar, amanhã é outro dia e a gente ver o que iremos fazer.
Mais uma vez tentei falar mais estava muito anestesiada pra isso, então apenas concordei com um sorriso, onde tinha notado que só estávamos nos duas ali, os outros já haviam indo.
Cheguei tão aérea em casa que simplesmente apenas expliquei a minha mãe e aí meu irmão que estava acampando com os amigos e eles ficaram mega felizes, por está me encaixando nessa cidadezinha. (Mal sabiam).
Só que a minha maior vontade era de explodir tudo, colocar minha mãe contra a parede e perguntar que história é essa do passado, porque nunca soube que meu irmão era adotado e porque nunca soube da minha herança bruxa.
Porém, eu não podia. Eu estava ligada aos outros e apesar de ter dado certo ou não a ligação, podíamos fazer magia, estava mais forte e todos nós sentíamos quando um de nós fazia magia solo. Afinal Dona Helen não usava mais as mãos para abrir uma porta.
Meu corpo estremeceu ao cogitar a ideia de que talvez o mal, o presságio, e os anciões sentiam o nosso poder emanar também.
Não consegui me conter e fui correndo pro meu quarto sem responder as piadas maléficas do meu irmão e da minha mãe envolvendo o Natan.
Eu não sou mais a mesma eu sinto. Isso machuca. Eu não pedi esse poder, não pedi esses problemas e não sou nenhum tipo de heróina.
Que Droga! - Gritei sem pensar, já no quarto.
Sem pensar em nada, peguei uns tarjas pretas e fui tentar dormir eu precisava desligar meu cérebro, meus pensamentos. É assim eu fiz.
O dia amanheceu lindo com um ar gélido, precisava ir a escola.
Corri para me arrumar, tomar café e tentar sair o mais rápido possível. Porém lá estava Sean me esperando na porta.
- O que foi ? - falei totalmente ríspida sem nem cogitar a ideia de perceber que vinha escondendo algo a dias.
- Ué! Um irmão não pode proteger a irmãzinha não? Vou até a escola te levar e ver uma "mina" que me convidou no aplicativo ontem, mega gostosa. - respondeu ele todo se deliciando com cada palavra e pensamento.
Eu simplesmente não dava a mínima pra quem era essa garota. Aquilo era até fofo, algo mais próximo do normal que tive durante os dias.
Assenti com a cabeça e complementei, com uma cara de nojo, - Ok. Vamos logo que hoje eu não posso me atrasar.
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Yandra Smith
ParanormalA Jovem adolescente Yandra Smith, de 15 anos, que mora em Beneath The Sea, que é uma cidade pequena que não acontece nada, no meio do estado da Virgínia nos Estados Unidos. Ela irá passar por diversos momentos em que a mesma nunca pensou em vive...