Dias haviam se passado e eu ainda não conseguia falar sobre o que sentia de forma direta com ele. Continuavamos na mesma.. sentia seus "flertes" e até mesmo tinha vontade de reponde-los, mas e se na verdade fosse tudo uma grande brincadeira de sua parte e eu estivesse entendendo tudo errado? Odiava essa sensação e por vezes sentia que eu estava me afastando por conta daquilo.
Andava rapidamente pelos corredores após o horário de história acabar, Greta estava atrás de mim e havia começado cedo naquele dia, eu a odiava e odiava todas as suas amigas que faziam sempre o que ela mandava. Consegui me esconder no banheiro durante o intervalo, odiaria que elas me incomodassem na frente de meus amigos.. não queria faze-los se preocupar comigo todos os dias por culpa dela.
- Skylar.. - ouvi meu nome ser cantarolado após a porta do banheiro ser aberta. - Não adianta se esconder, sinto seu cheiro daqui sua merdinha.
Respirei fundo e engolhi em seco, não sabia o que aconteceria se eu ficasse ali, mas também não podia apenas me esconder como uma covarde. Respirei fundo sentindo minhas mãos tremerem de leve ao abrir a cabine, sai de lá e a encarei.
- O que faz no nosso banheiro? - Greta perguntou.
- Não sabe ler? A placa diz meninas e não vadias! - uma de suas amigas disse se referindo a placa do banheiro. - não deveria entrar aqui.
- Então vocês também não deveriam.. - sussurrei desviando o olhar.
- O que você falou?? - senti uma delas empurrar meu ombro me fazendo bater as costas na parede. - Repete se é tão corajosa, Hills! Anda!
Meu peito subia e descia junto a minha respiração pesada, eu as odiava por me fazerem sentir menor e odiava a mim mesma por ser tão fraca assim.
- Seus pais devem ter morrido de desgosto! - Greta riu. - se bem que pelo que vejo em você, sua mãe devia ser outra vadia.
Meu sangue ferveu, não conseguia pensar em mais nada a não ser que acabaria com ela. Não precisou de minutos para que juntasse toda a raiva que tinha, não hesitei em dar um tapa forte em seu rosto.
- Quer me xingar? Me xingue! - gritei a empurrando, suas amigas pareciam estaticas e perplexas. - Mas ouça Bowie, não ouse abrir essa droga dessa boca suja pra falar da minha mãe, ouviu?!
Eu nunca havia reagido e até mesmo Greta parecia surpresa com tal ato, eu mesma estava surpresa comigo. Aos poucos ela parecia reagir e não demorou para que também viesse pra cima, senti suas unhas arranharem meu braço, logo se preparando para fazer o mesmo com meu rosto. Consegui acertar seu rosto outra vez, foi quando a ouvi gritar e suas unhas vieram em direção ao meu rosto. Quando achei que enfim me acertaria fechei os olhos, mas não senti a ação se completar.
Quando abri os olhos notei Bruce segurar a mão de greta, seu olhar era sério e ele mantinha a expressão da mesma forma.
- Esta enlouquecendo Bowie?! - a fez sair de cima de mim e a empurrou para longe, sem agressividade.
Não demorou para ver Robin entrar correndo no banheiro, seguido por Finney e Gwen. Pareciam surpresos ao me ver daquele jeito, não tinham como esperar algo assim de mim.
- É melhor você sair daqui antes que eu esqueça que você é mulher! - Robin quase gritou com a mesma, seu punho estava fechado.
- Se encostarem na minha garota outra vez.. eu juro por deus que vou fazer vocês se arrependerem de ter nascido. - Bruce soltou aproximando de mim e me ajudando a levantar.
Suas palavras me fizeram ficar estática, o que diabos ele estava dizendo?
O encarei atordoada com aquilo tudo, não podia acreditar no que ele havia acabado de dizer em frente a todos que assistiam aquela confusão, pude ouvir muitos cochichos sobre aquilo enquanto levantava com a ajuda dele. Meu olhar acabou indo em direção a Robin, sua expressão estava séria e ele parecia tão sem reação quanto eu. Não.. não, eu não era a garota de Bruce e não queria que ele pensasse aquilo nem por um segundo.
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𝑴𝒊 𝑪𝒊𝒆𝒍𝒐..?⇞ 𝑹𝒐𝒃𝒊𝒏 𝑨𝒓𝒆𝒍𝒍𝒂𝒏𝒐
Fiksi Penggemar❁ - 𝐏𝐫𝐞𝐯𝐢𝐚; " [...] - Gostaria de poder ter uma vida melhor e ajudar.. Finney a ter uma vida melhor também, as pessoas que amamos.. não deveriam morrer - disse baixo enquanto seguia meu olhar para o livro "The black phone" - se desejos funcio...