o grande fim

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pov S/n

após os tão tristes acontecimentos no hospital, mamãe me levou pra casa abraçadinha comigo no colo dela! ela nem se quer tentou me por no banco apenas entrou comigo no carro, eu gostei disso, talvez a gente venha mais no hospital

o caminho inteiro ela ou Peggy não falaram algo, mamãe apenas fazia carinho em minhas costas enquanto eu brincava com as mechinhas soltas de seu cabelo, logo que chegamos em casa, fingi ter adormecido no colo da mamãe e assim pude ouvir o que as duas falavam

N - o que fazemos agora? S/n pode não querer ir para outra terapeuta agora, e eu entendo isso, mas depois de tudo que aconteceu, parece que ela precisa ainda mais disso

P - eu não sei, foi tudo tão de repente, deus pobre Lizzie, os médicos disseram que ela estava estável

N - infelizmente a coisas que não se podem prever - mamãe estava parada ao que sabia ser a sala e acredito que Peggy estava no sofá quando mamãe começou a andar novamente - eu vou por ela na cama, mas precisamos fazer algo logo, não quero que ela acabe ficando pior por causa disso - pior? nunca estive melhor!

P - talvez ela pudesse ter as consultas aqui em casa, fazer parecer o mínimo possível uma terapia, pode até fazer ela se sentir mais segura em falar - Peggy, ja te disseram que você fica uma graça de boquinha calada?

N - parece uma boa ideia na verdade - não parece não! mamãe estava andando novamente subindo as escadas até meu quarto, assim que ela tenta me colocar na cama me agarro mais contra ela ameaçando chorar - shiu shiu, ta tudo bem - mamãe se deitou ao meu lado me abraçando enquanto eu "dormia"

passei um tempo acordada tendo certeza que ela não sairia, segurei com minhas duas mãos sua camisa e me deitei pertinho dela dessa fez fechando os olhos para realmente dormir, cuidar de doutoras chatas e muito cansativo

Pov Natasha

passei quase uma hora com S/n na cama até que ela finalmente adormeceu, suas mãos estavam tão cravadas em minha blusa que achei mais seguro tirar ela para não acordar S/n, ela deveria estar muito assustada, enfrentou a morte do pai e agora da terapeuta, S/n pareceu ter adorado o primeiro dia de terapia, então tudo aconteceu tão de repente e eu não conseguia imaginar o que ela estava sentindo

suspiro indo até o quarto para vestir outra blusa ja que a minha não sairia das mãos de S/n tão fácil, notei que Peggy não estava lá e desci as escadas a sua procura, não demorou para que eu a avistasse cuidando do seu jardim, após o acidente com a S/n o jardim ja parecia novo novamente, Peggy tinha um dom pra isso

sorri abrindo a porta e me encostando ao batente enquanto a via concentrada em suas flores, o vento ja estava frio aquele horário, ja estava quase anoitecendo e Peggy usava uma regata branca naquele frio, parece uma criança, nunca escuta

N - Peggy Carter se você adoecer vai dormir na casinha do cachorro - ao ouvir minha voz a mulher ri, limpando suas mãos de terra e deixando só materiais de lado vindo até mim e me dando um selinho mantendo as mãos longe para não me sujar

P - não temos um cachorro - ela sussurra junto aos meus lábios com um sorriso convencido

N - é mas o vizinho tem - ergo a sobrancelha vendo ela me encarar com aquela carinha de  "você não ousaria" - 5 minutos e quero você limpinha e lá dentro

P - amor... eu juro, 20 minutos

N - 10

P - 15

N - 5

P - ta bom 10 - ela me da um selinho e corre de volta para suas plantas

N - mas não vale nada né - sussurro para mim mesma e fecho a porta, vou a cozinha e olho por alguns minutos para o balcão, estava de cabeça cheia e eu com certeza não cozinharia aquela noite, voltei até a porta para falar com Peggy - amor vou pedir comida, não estou afim de cozinhar hoje, pizza ou sushi?

P - eu não sei amor, escolhe você, minha barriguinha ficará feliz com ambos

N - tá eu-

S/n - mamãe - me viro ao ouvir a voz de S/n, ela estava parada na ponta da escada, estava com a minha camiseta nas mãos e um bico choroso com os olhos ja cheios de lagrimas

N - oh meu amor, você não estava dormindo - caminho até ela que abraça a minha cintura e então me abaixo até a sua altura - não chora minha princesa, a mamãe tá aqui

S/n - você me deixou - aquela voz triste partia meu coração

N - não meu amor, a mamãe não queria acordar você, eu vim ver a nossa comida entendeu? você quer ajudar as mamães a escolher? - seguro na sua mão e andamos lado a lado até a porta e Peggy sorri pra gente

P - oi princesa, achei que estivesse dormindo - Peggy sorri para ela tirando as luvas de jardinagem e começando a guardar suas coisas

S/n - eu acordei - estranho o tom da S/n, ela foi um pouco grossa ao responder a Peggy e estava com uma cara um tanto chateada

P - eu, acho que vou tomar um banho - Peggy da um meio sorriso passando por mim e deixando um beijo na minha bochecha antes de subir escada a cima

N - vem cá querida - pego S/n no colo fechando a porta e indo até a cozinha onde a deixo sentada sobre a bancada ficando um pouco mais alta do que eu - por que você falou assim com a mamãe meu bem? - tento soar calma de maneira menos acusatória possível, queria que ela dissesse se houvesse algo de errado

S/n - de que jeito? - S/n faz uma carinha confusa levando as mãos aos meus cabelos e segurando uma mechinha começando a enrolar ela nos dedos

N - parecia chateada... tem algo que esta te incomodando filha? você pode me dizer, a mamãe Peggy ama muito você e ela fica triste quando você trata ela diferente - tento explicar da melhor maneira e S/n abaixa a cabeça mexendo no seu próprio cabelo

S/n - me desculpa mamãe, eu só respondi a pergunta dela, não queria ser mau

N - não princesa você não foi mal - s/n começa a chorar baixinho e eu a abraço

S/n - não me castiga mamãe, eu prometo ser boazinha - me arrependo de ter insinuado qualquer coisa, S/n não tinha a intenção de ser grossa e agora achava que seria castigada, odeio que ela pense que somos igual o pai dela foi

N - não vou castigar você meu amor, nunca nunquinha tá bom? - enxugo suas lagrimas prendendo seu cabelo a abraçando

S/n - eu te amo mamãe

N - eu também te amo minha princesa

Pov S/n

não acredito que ela fugiu! ela me deixou sozinha para ficar com aquela inútil! isso não vai ficar assim! eu odeio ela odeio! odeio! odeio!

acabo jogando as coisas de cima da minha mesinha na parede, eu não aguentava mais aquilo, eu tinha que dar um fim nela, tinha que acabar com ela o quanto antes!

havíamos jantado normalmente aquela noite após o meu pequeno deslize sobre a Peggy, estava cada dia mais impossível tolera-la, mas eu tinha meus planos, não demoraria muito, logo logo Peggy Carter estaria em uma cova profunda e eu e a mamãe seriamos felizes sozinhas

passamos quase uma hora na sala após o jantar, mamãe eu e o encosto, elas insistiram em perguntar um milhão de vezes como eu estava, achavam que eu poderia ta traumatizada ou sei la que baboseira so por que a doutora estava morta, aquilo ja esta irritando ao ponto que eu apenas deixei de responder suas perguntas e dei as costas vindo ao meu quarto, sabia que isso me levaria a problemas futuros mas na hora não pensei muito nisso

eu gostaria de fazer algo melhor, algo tão satisfatório quanto ver a chama crescendo na casa da doutora, a sensação de ver seu coração parando no hospital foi algo que nunca havia sentido, e eu gostei daquilo. Eu queria pode ver de perto os últimos minutos da Peggy, algo grande, mas ao mesmo tempo, um triste e infeliz acidente, mas eu posso afirmar algo, eu adoro o fogo

e até lá, ate que a ultima parte do meu plano esteja perfeita para que não ajam falhas para o grande fim de Peggy

eu faria cada detalhezinho da vida dela o inferno

Minha MamãeOnde histórias criam vida. Descubra agora