uma agulha no sapato

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Pov S/n

acordo cedo aquela amanhã como acordava de costume mas de inicio não me mexo ou demonstro estar acordada, abro os olhos lentamente e percebo que mamãe e Peggy ainda estavam dormindo, com todo cuidado saiu devagarinho de cima da cama e consigo ir ao chão sem acordar nenhuma das duas, ando lentamente pelo quarto, com os pês descalços e evitando quaisquer barulho, olho os moveis atentamente e acabo esbarrando em algo, não faz barulho mas ainda sim me viro para ter certeza e suspiro aliviada ao ver as duas ainda dormindo

me abaixo me deparando com um par de sapatos, o levanto olhando a numeração em baixo, 38, franzo o cenho e devagar ando até a cama vendo o calçado da mamãe, 35, o sapato não era dela, ou seja.... sorriu me levantando e olhando o quarto ao redor, em pouco tempo de procura noto um quadro de anotações logo em cima de uma mesa, no quadro haviam alguns alfinetes prendendo papeis, claro que não poderia pega-los ou ficaria obvio que alguém mexeu ali, abrindo devagar uma das gavetas da mesa vejo um pequeno pote, tinha uns 5 alfinetes dentro, tenho um pouco de trabalho em tira-los do pequeno pote de vidro sem fazer barulho, consigo tirar 3 de dentro e coloco dentro de apenas um sapato ou seria estranho que houvesse nos dois, depois disso refaço meus passos tendo certeza que tudo estava no devido lugar e com cuidado volto pra cama me deitando em baixo das coberta e voltando a "dormir"

por sorte isso não dura muito tempo, ouço a mamãe e Peggy acordarem e as duas ficarem numa melação tosca de casalzinho, nhew, elas conversavam sobre o dia e coisas de trabalho, não sabia com o que a Peggy trabalhava, faço uma anotação mental de descobrir isso mais tarde, pode vir a ser importante, conversa vai conversa vem ouço um armário sendo aberto, acredito que uma das duas estava se trocando

Peggy falava algo no exato momento em que deveria estar calçando o sapato pois sua fala foi interrompida por um alto grito junto a uma palavra muito feia

P - ARGH PORRA! 

N - amor!? o que houve?? - reviro os olhos ao ouvir a preocupação da mamãe, que exagero, foi so um furinho

P - merda, que merda! - a voz da Peggy parecia falhada provavelmente ela queria chorar, os adultos são muito fracos, eu não chorava quando o papai me furava, e eu so tenho 8 anos!

levanto a cabeça fingindo que havia acabado de acordar confusa com o grito, sento na cama coçando meus olhos com as costas das mãos por que por algum motivo os adultos acham isso fofo e em seguida olho pra cena, Peggy estava sentada sobre a escrivaninha e parece que um dos alfinetes havia entrado dentro do seu pé

S/n - mamãe, o que houve? - pergunto em tom de preocupação olhando para o pé de Peggy que estava sangrando bastante, será que atingiu algo? sei lá eu não estudo anatomia ainda

N - n-não foi nada querida - mamãe vem até mim e segura meu rosto me fazendo olhar pra ela que sorria meio forçado, ela me pega no colo e olha para Peggy antes de sair e ir comigo até o corredor me pondo no chão e olhando pra mim - hm, a mamãe Peggy fez um machucadinho e eu vou lá cuidar dela ta bem? você pode trocar de roupa e esperar por mim lá em baixo querida? - mamãe parecia apressada em ir ajudar logo a Peggy o que me deixava irritada

S/n - mais eu queria que me ajudasse a me trocar mamãe.. - peço com manhã e vejo ela nervosa sem saber o que fazer

N - ok, vamos fazer assim, você desce e fica vendo desenho e ja ja a mamãe te ajuda a trocar de roupa ta bem? 

S/n - coloca no desenho pra mim? - peço a ela com um pequeno bico e logo ela segura minha mão descendo meio apressada e colocando o desenho na TV, mamãe sobe correndo para o andar de cima e eu apenas dou de ombros levantando do sofá e indo fazer algo pra comer, coloco uma panela de leite no fogão com algumas colheres de açúcar e faço um pão com queijo pra comer, depois de tudo pronto coloco o leite num copo e vou comer na sala vendo desenho, demora um pouco até a mamãe e a Peggy voltarem

assim que olho o topo da escada vejo Peggy andar mancando um pouco ao lado de mamãe e consigo ouvir um pouco da conversa delas

P - eu nem mexi naqueles alfinetes Nat estavam na gaveta! - Peggy parecia um tanto irritada, anoto isso mentalmente para saber até quanto ela aguentava sem explodir

N - deve ter caído dos que estavam no quadro amor - mamãe parecia tentar apaziguar a Peggy e assim que me vê olhando pra elas sorri pra mim e eu sorriu de volta 

S/n - você se machucou Peggy? - pergunto com a maior inocência olhando pra ela que chegou ao fim da escada e veio em minha direção

P - eh machuquei querida, um machucado bem ruim - Peggy se senta ao meu lado e olha em meus olhos parecendo meio receosa em dizer algo - querida, você mexeu em alguma agulhinha que estava na mesa do nosso quarto? - iria responder sua pergunta mas a interrupção de mamãe me deixou surpresa

N - Peggy pela ultima vez não e culpa dela! - mamãe parecia irritada e levando sua frase em consideração elas ja haviam discutido meu possível envolvimento com o "acidente" o que me fez percebe que estou deixando esses acidentes óbvios de mais

P - eu so fiz uma pergunta Natasha! - ouço Peggy gritar com a mamãe e minha vontade e de voar no pescoço dela mas faço o que qualquer adulto esperaria de uma mera criança traumatizada

me afasto mais de Peggy ficando na ponta do sofá como se tivesse medo que ela fosse fazer algo, tanto mamãe quanto Peggy parecem notar aquilo e perceberam que a pequena discussão a minha frente me fizera mal, ela faria mal a Peggy se essa bruxa gritasse com a mamãe de novo

mamãe vem até mim e se abaixa ficando a minha altura no sofá e com a voz calma e um sorriso no rosto fala comigo

N - hey minha princesa esta tudo bem okay? ninguém vai machucar você querida - mamãe se senta no sofá e eu subo ao seu colo deitando a cabeça em seu ombro enquanto ela me abraça, aquilo parece ter apaziguado a briga ao que Peggy se levantou do sofá e foi até a cozinha em silencio, isso me fez pensar um pouco, Peggy suspeitou de mim em relação aos alfinetes isso me faz ficar mais alerta, ela suspeitou de mim muito facilmente então seus olhinhos não me vem como a mesma garotinha indefesa que a mamãe vê

mas por outro lado isso me rendeu uma nova perspectiva, mamãe e Peggy discutiram após a acusação de Peggy contra mim, mamãe me defendeu entre garras e dentes, ela não acredita que eu seja capaz de fazer mal nenhum a mulher sem sal que ela chama de esposa

então o que aconteceria se a pobre filhinha dela se envolvesse em um pequeno acidente por conta da Peggy......

P - eu ja vou trabalhar, estou saindo muito atrasada nesses últimos dias - mesmo parecendo ainda brigadas Peggy vem até nos e da um beijo na bochecha da mamãe e um na minha cabeça, uma ideia brilhante passa em minha cabeça e vejo a oportunidade perfeita para testar minha nova teoria, com um sorriso no rosto levanto a cabeça do ombro da mamãe e olho no fundo dos olhos de Peggy

S/n - eu quero ir também!






e triste como as fics que eu mais queria acabar por não aguentar mais escrever e achar que estava muito ruim são as que mais tem viws e as que eu quero e gosto são as que menos tem KKK, enfim a vida de uma pobre escritora, mas ainda sim vou continuar postando por que a vida e de altos e baixos e eu to no baixo desde que nasci né, mas um dia eu chego lá

não esqueçam de voltar, brigadinho e beijo pra vocês 

Minha MamãeOnde histórias criam vida. Descubra agora