as flores da "mamãe"

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Pov S/n

Ouço uma movimentação do quarto, leve e delicada como se tentasse não me acordar mas aprendi com o papai a estar sempre alerta, não abro meus olhos apenas ouço e tento decifrar o que se passava, ouço uma voz baixa, era a mamãe, pediu para alguém a quem supus ser Peggy para que abrisse as janelas, assim ela o fez ja que mesmo de olhos fechados pude ver a claridade adentrar o quarto.

Em poucos segundos a cama ao meu lado afunda levemente e uma mão acaricia meus cabelos deixando um beijo em minha testa, abro os olhos lentamente sem demonstrar que acordará minutos atrás, mamãe tinha um grande sorriso no rosto, e abria os braços me puxando ao seu colo e beijando minha bochecha

N - bom dia minha princesa, você dormiu bem? - ela pergunta enquanto arrumava meus cabelos que caiam sobre meus olhos, assinto que sim ainda com sono e a mamãe me abraça me fazendo sorrir, eu adoro a mamãe, ela sempre me abraça e eu gosto de ficar no colo dela. Deito a cabeça em seu ombro sorrindo pra ela mas a felicidade não dura muito ao que sinto outra mão em minhas costas, Peggy havia se sentado ao lado de mamãe e sorria pra mim enquanto levava uma mão aos meus cabelos

talvez tenha sido o sono que me fez agir por impulso, eu deveria ter controlado mas na hora que fiz ja foi tarde pra voltar atrás, ao que sua mão tentou acariciar meu rosto e ela iria se aproximar mais de mim e acredito eu que beijar minha bochecha igual a mamãe fez eu acabei batendo em sua mão

no momento que percebi realmente tentei disfarçar, escondi o rosto sobre o pescoço da mamãe a abraçando, por alguns segundos pensei em dizer algo, inventar alguma desculpa mas realmente não havia o que dizer, o tapa não pareceu lá muito acidental e nem a mamãe e nem a Peggy disseram algo, bom talvez não tenha sido algo tão ruim né? assim ela entende de vez que eu não quero que ela toque aquela boca dela em mim, nhew!

o silencio se manteve e eu apenas tentei continuar quieta em meu cantinho, sinto que Peggy levantou da cama e seus passos se afastaram saindo do quarto, isso! agora a mamãe e só minha. Afasto meu rosto de seu pescoço e sorriu pra ela, de inicio a mamãe não parece tão animada mas sorri pra mim, essa Peggy só deixa a mamãe triste, não sei por que ela se casou com ela

S/n - eu to com fome mamãe 

N - está? ótimo, por que tem um monte de panquecas te esperando lá em baixo - mamãe levanta me pondo no chão e segura minha mão, ela me da um monte de opção de roupa para escolher o que eu achei legal, em casa o papai não gostava quando eu usava roupas mas a mamãe me da um montão! assim que me vesti desci de mãos dadas com a mamãe e não vi a Peggy lá em baixo o que só fez meu sorriso aumentar!

S/n - que delicia! - sorriu animada levantando na ponta dos pés olhando a comida sobre a bancada, pra que uma bancada tão alta? mamãe parece achar graça da minha notável diferença de altura e então puxa uma cadeira me ajudando a me sentar, ela coloca o prato com algumas panquecas na minha frente e iria colocar mel em cima quando eu nego - não mamãe e ruim! eu não gosto

N - não gosta de mel princesa? - nego pra ela que vai até a geladeira guardando o mel e tirando algo que percebo ser cobertura de chocolate - e disso você gosta? - aceno rapidamente que sim o que faz ela sorrir e trazer pra mim - so um pouco querida, não exagere - ela beija minha testa e deixa que eu coloque a calda enquanto terminava de colocar seu prato

durante o café da manhã Peggy não apareceu em momento nenhum e eu não reclamei disso, o resto do dia se passou apenas entre mim e a mamãe e ja eram quase 5 da tarde, mamãe também não quis falar sobre o acontecimento pela manhã, ou pelo menos imaginei assim, estava na sala vendo TV, mamãe tinha me dado uma garrafinha de suco pra tomar e mesmo depois dela ter dito pra não tomar deitada eu me deitei assim que ela saiu, eu engasguei um pouquinho mas ela não precisa saber

Minha MamãeOnde histórias criam vida. Descubra agora