o reinado está desmoronando

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Pov S/n

Era possível, após o dia de hoje descobri que era possível haver uma coisa mais entediante do que passar o dia inteiro em um escritório com Peggy Carter! 

Ja estávamos a mais de 4 horas! naquela delegacia, mamãe havia falado com diversas pessoas que estavam no parque e eu sinceramente senti uma gota de adrenalina a cada pessoa que entrava dentro daquela sala, não medo, não havia por que tê-lo, mas a adrenalina de saber que qualquer um ali poderia ter visto um único resquício do que eu fiz era inebriante

No fim, pessoas entraram pessoas saíram e ninguém parecia ter visto nada do que aconteceu no parque, o que foi ótimo, mamãe parecia estar adiando algo que eu sabia que aconteceria, mais cedo ou mais tarde ela iria me investigar, mesmo sabendo que não encontraria nada, a final, quem culparia uma pobre criança perdida de ter entrado no local errado na hora errada não é?

Tudo bem, talvez minhas ações tenham sido precipitadas e so um pouco impulsivas, mas a culpa não e minha, a culpa e de quem criou aquela praga! me segurei ao máximo para não rir quando a mãe da garota apareceu aqui com lagrima nos olhos falando "QuEm FaRiA iSsO eLa ErA uMa BoA cRiAnÇa" a carambolas vamos lá, ela devia ser filha do capeta, a garota esbarrou em mim e disse que queria meu ursinho, eu fui claramente educada e falei um grande não pra ela, mas quando ela colocou aquelas garrinhas podres no meu Dave eu queria enfiar o palito daquele algodão doce no olho dela

Mas claro que não faria algo tão imprudente, então resolvi as coisas da maneira mais simples, disse que tinha outro ursinho pra ela, a levei para um local mais particular, e pronto, problema resolvido, infelizmente precisei me livrar das minhas luvas, terei que voltar o quanto antes ao parque para pegar elas de volta, por sorte não irão encontrar ela onde eu deixei

Mamãe vinha em minha direção, era hora de voltar ao show, uma expressão assustada, a mente distante, e nada que mãos tremendo não resolvessem

N - oi meu amorzinho - mamãe se aproximou com um sorriso a qual não retribui, apenas me aproximei mais dela que abraçou meu corpo 

S/n - quero ir pra casa - talvez conseguisse escapar do interrogatório, apenas por hoje claro, a policia não seria tão bondosa assim

N - eu sei meu amor eu sei, vai ficar tudo bem, mas antes preciso que você fale com um amigo da mamãe tudo bem? - imaginei que mamãe não fosse me interrogar, era bobo do meu ponto de vista, se a pessoa está mais envolvida, talvez consiga tirar algo melhor do suspeito, mas bom, eles que são os policiais não eu né?

S/n - e depois vamos pra casa? - me separei do abraço para poder olhar em seus olhos, uma vez, alguém me disse que os olhos eram a portas das almas, não não, acho que eram as janelas, bom, de qualquer modo, tenho certeza que as minhas estão bem trancadas, pois eu poderia olhar profundamente nos olhos de alguém, e jamais veriam nada mais que uma doce garotinha  com um trágico passado

N - e depois pra casa

S/n - quero a mamãe - de pouco tempo pra cá, pude perceber como minha "relação" com Peggy influenciava positivamente o humor da mamãe, e se eu não quisesse ser imprudente como fui no parque, deveria tomar cuidado com cada passo a seguir

N - logo vamos ver ela tudo bem? eu prometo - mamãe me pegou em seus braços, era a melhor sensação do mundo, me lembro do dia em que ela disse que eu sempre seria o bebê dela, e aquilo alimentava um sentimento crescente dentro de mim, amor? não, algo muito muito maior

Pov Narrador

Naquela tarde, Peggy Carte havia adentrado as portas do hospital psiquiátrico Peyton Manning sem que sua esposa soubesse, por um lado sentia que estava a traindo de alguma forma, talvez estivesse se sentindo um pouco louca, talvez estivesse indo longe de mais, mas ao ultrapassar aqueles portões sabia que não dava para voltar atrás

Minha MamãeOnde histórias criam vida. Descubra agora