Um golpe inesperado

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Pov S/n

Mais cedo naquela tarde

Foi mais fácil do que eu pensei, mal tive que inventar desculpas, assim que mamãe viu o que "Peggy me fez" ela ficou abraçadinha comigo um tempão! disse que me amava muito e ninguém ia me fazer dodói de novo

eu não falei nada, tinha que aproveitar meus momentos de glória, e quando o dia começou a escurecer, mamãe pareceu nervosa, acho que por causa da pest- digo, PeGgY. Enfim, eu só sei que ela ficou rodando a casa toda, limpou cada armário e poeira que achou pela frente, nunca imaginei mamãe o tipo de pessoa que limpava quando ficava nervosa

fiquei brincando no jardim da frente, observando de relance uma senhora bem velhinha que morava na casa ao lado, era a casa da bicicleta, velhos andavam de bicicleta? acho que não, ela não ficava nem de pé direito

estava intediada de ficar esmagando terra, e eu sabia que meu plano não acabava ali, estávamos na etapa final, precisava estar longe da mamãe para que tudo saísse como deveria, então, levanto do gramado olhando as flores da peggy, e olho para a senhora novamente, ela estava comendo uvas sentada em uma mesinha no terraço, que coisa de velho

colhi uma das flores vermelhas, acho que era uma rosa, todas essas flores são rosas mesmo. Colocando meu melhor sorriso no rosto, ando até a varanda da velhota, que me olha com aquele sorriso de dentadura de gente velha, de quem esperava a primeira oportunidade para esmagar minhas bochechas

S/n - Boa tarde senhorita - peço com meu tom mais fofo possível ouvindo a velha rir, acho que por ser chamada de senhorita, ponto para mim - eu moro do seu lado - aponto pra mimha casa, e tiro a flor que eu escondia em minhas costas estendendo pra ela - eu trouxe pra você - sorriu de maneira afetuosa, e dito e feito, a mulher levou uma das mãos a minha bochecha apertando o local

qual e a tara de gente velha com bochecha? isso dói! queria apertar essa cara enrrugada dela pra ver se ela ia gostar

forço o sorriso e vejo que mamãe me olhava do nosso jardim

... - ora mas você e uma graça - a voz dela parecia a de uma pessoa que ao invés de ter uma chupeta quando nasceu acabou recebendo um cigarro no lugar - qual eu seu nome menininha? - parecia o tipo de frase que um sequestrador falaria

S/n - meu nome e S/n romanoff - sorriu, a final, ela quem deveria se preocupar comigo - qual e o seu nome?

... - você pode me chamar de Dulce - a senhora sorri tanto que eu acho que o rosto dela não e capaz de dobrar mais

não foi difícil puxar assunto com a velhinha, pensei em tudo que fosse intediante e gente velha adorava, baralho, novela, e bingo

no fim, ela me convidou para comer um bolo que tinha em casa, e mesmo que mamãe não parecesse muito confiante ela cedeu, me permitindo ficar, assim, eu teria como fugir da mamãe, tudo por um bem maior claro

eu e a "Dulce" ficamos jogando damas por um tempo, até que eu ouço o carro da peggy chegando na garagem, finalmente, ja estava cansada de perder pra essa velha, ela não ganharia uma sem minha ajuda

S/n - Dona Dulce eu posso pegar mais um pedaço de bolo? - peço reorganizando as peças do tabuleiro

D - Claro docinho - credo. Levanto do sofá, indo até a cozinha e xeretando os armários, lá, encontro alguns remédios de gente velha, tinha uma anotação sobre os horários a qual não liguei muito

penso em dopar a velha, mas isso demoraria muito, isso se funcionar, então continuo olhando pela cozinha, e reparo em uma espécie de corrente, que ficava pendurada na parede, parecia para uma rede, não era muito grande, mas teria que servir

Minha MamãeOnde histórias criam vida. Descubra agora