Quarto Branco - Final

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Pov Narrador

Um bipe, era tudo que S/n conseguia ouvir, enquanto seus olhos se recusavam a se abrir, e seu corpo parecia pesado de mais para ser movido, a respiração ja não parecia mais sua, ja que uma sensação estranha em sua garganta não a permitia respirar corretamente

O bipe continuava, com o barulho continuo e irritante ao seu ver, o cheiro lhe intrigava, ela conhecia aquele cheiro de algum lugar, não sabia dizer exatamente o que era, mas ao pensar um pouco mais, percebeu os bipes aumentando, assim como sua respiração

Hospital

Ela estava em um hospital, e isso fez com que seu coração acelerasse, com todas as possibilidades passando na mente perversa em tão poucos minutos, o que aconteceu, quem me viu, quem me trouxe aqui, por que estou aqui?

Os olhos ainda pesados, se obrigavam a abrir, mas se fechando fortemente ao sentir a queimação em seus olhos, com uma luz tão forte que a impedia de ver qualquer coisa. Novamente, abriu os olhos, dessa vez mais devagar, se forçando a focar em um ponto da parede, até que sua visão se acostumasse, as paredes brancas, em um quarto branco, enjoavam sua visão, mais o que mais a incomodava, era o tubo, que passava por sua garganta, fazendo com que cada mínimo movimento de sua cabeça lhe proporcionasse uma dor insuportável

com o olhar de lado, ela pode perceber a porta, nenhum doutor, nenhum policial, e não ficaria muito tempo para que eles chegassem, ela precisava fugir, precisava pensar, precisava concertar tudo antes que fosse tarde de mais

com as mãos, tateou seu pescoço, em busca de tirar aquela coisa de si, segurando o tubo, quando finalmente se levantou, gemendo de dor, ao retirar o tubo, deixando aquela coisa esquisita presa ao seu pescoço, lhe causando um incomodo terrível, mas ainda sim, podia respirar, para ela ja era o suficiente

Agora, bastava ter forças para se sentar, o que surpreendentemente foi mais difícil que arrancar aquele tubo de sua garganta, seu corpo todo esta dolorido, olhando os braços, estavam todos queimados, partes pareciam em carne viva, mas aquilo não a assustou, S/n não se assustava facilmente, principalmente com seu próprio corpo, afinal, tinha uma memoria extensa para uma criança de 9 anos, mas não se lembra de ja ter se visto sem seus machucados, faziam parte delas

sentando na cama, ela respira fundo, sentindo sua garganta doer, antes de por os pés no chão, e se equilibrar para ficar em pé, equilíbrio, precisava de equilíbrio para sair dali, assim, um passo atrás do outro, pareceu reaprender a andar, chegando até a porta, mas era tarde de mais, antes que pudesse abri-la, a mesma foi aberta pelo lado de fora, mostrando a S/n um rosto ja conhecido, um policial, algo nele era familiar, e então, sua mente se voltou ao dia que conheceu mamãe, haviam outros policiais, seu parceiro...

S/n anda para trás, tentando se afastar do homem, que rapidamente chama um dos médicos do corredor, e na hora do desespero, ela correm em direção ao policial, tentando passar por ele, mas sem qualquer delicadeza, o homem agarra os ombros de S/n, segurando ela no ar que se debatia gritando histericamente, usando sua única arma conhecida 

S/n - MAMAAAAAÃE EU QUERO A MAMÃE - S/n chorava e gritava, ela sempre tinha uma carta na manga, mas naquele momento, ela estava realmente sem alternativas, ela só precisava de sua mãe, ela sempre acreditaria nela, e se conseguisse olhar para ela com o mesmo olhar que sempre ganhava o que queria, tudo iria se resolver

ou ao menos, era o que ela pensava

B - Esse truque não vai funcionar comigo - Bucky encarou a menina com desprezo, soltando ela quando os médicos se aproximaram, praticamente arrastando a menina de volta para cama - nem comigo nem com ninguém, acabou para você S/n, vai ter o tratamento que precisa, bem longe de Natasha e de qualquer pessoa que possa machucar novamente - a expressão de S/n mudou da agua para o vinho, na porta, ao lado de Bucky, estava o doutor, o mesmo que a havia pego no beco, a expressão seria que tomou o rosto rapidamente da garota, fez com que ate mesmo os médicos a olhassem receosa, mas ela não lutou, ela não fez o mínimo esforço para deter os médicos de colocarem seu tubo novamente, e a deitassem na cama, mas em momento algum, seus olhos deixaram os do policial

Minha MamãeOnde histórias criam vida. Descubra agora