Wow

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E quando ele concordou, ela desligou e virou-se para seu chefe.

— Estarei lá, Lincoln.
— Bom. E traga suas anotações sobre o astro do futebol. Temos que repassar as reuniões da manhã. Parece que ninguém entendeu claramente o que eu queria. Precisamos repassar todo o programa.

Passou a mão no cabelo branco volumoso.

Um homem alto e com ternos que chamavam atenção, Lincoln tinha aquele olhar perpétuo de estresse, não importa o que fazia ou que horas eram.

— Talvez você possa fazer todo mundo entender. Traduzir meu falatório em algo que o restante daqueles idiotas entenda. Vou te contar, é como trabalhar com um bando de macacos.

Ficou tentada a contar para Lincoln que era menos sobre idiotas e mais sobre a insistência dele em prender a equipe em consecutivas reuniões improdutivas.

— Lincoln, talvez, se você não fizesse tantas reuniões...
— Lena, reuniões são essenciais. Nelas nascem às melhores ideias. Ou nasceriam, se eu empregasse pessoas que possuíssem as células cerebrais de produção de ideias. Por isso, preciso de você. Você é meu braço direito. Juro, isso aqui não funcionaria sem você.
— Você não precisa de milhões de reuniões por semana para funcionar, Lincoln.

Ele balançou a cabeça, recusando-se a responder.

Começou a sair, mas depois voltou.

— Ah, Lena, preciso que crie um script esta tarde. Preciso dele em minha mesa amanhã de manhã, sem falta.
— Criar um script? Hoje?
— É. Sabe aquele chef celebridade, o do novo livro? Aparentemente ele não sabe fazer nada além de cozinhar e ler. Então preciso que escreva algo que o faça soar e parecer inteligente e divertido.

Lincoln sorriu.

— Sei que você consegue Lena. Você é minha faz-tudo. Vamos para a reunião.

Lena apoiou a cabeça na mesa.
Não conseguiria sair mais cedo.

Mesmo que Lincoln não estivesse lá para vigiá-la, agora tinha trabalho suficiente para preencher o restante do dia. Cada vez que achava que teria tempo para si...

Evaporava como água no asfalto quente. Como odiava esse trabalho.

Mas, se pedisse demissão, como sustentaria Ho?

Onde mais trabalharia?

Qualquer outro trabalho na televisão seria tão puxado quanto esse.

Suspirou, apanhou o telefone e ligou para Karl novamente. Quando ele atendeu, a primeira coisa que ouviu foi o choro alto de Hope, enchendo o telefone. Seu coração disparou, o instinto materno acordou dentro dela, dizendo-a para ir até a filha...

— Está tudo bem?
— Está. Ela está chorando. Tenho que ir.
— Não, espera. Ela está molhada? Está com fome?
— Não sei ainda. Por isso estou tentando desligar o telefone para descobrir. Agora você vai me deixar fazer isso ou não?

Deixar Karl segurar Hope, acalmá-la.

O trabalho que ela, como mãe, deveria estar fazendo, em vez de ir para outra reunião estúpida e inútil.

Lena tinha escolha? Lincoln acreditava que ela pensaria em algo fabuloso nos próximos três minutos.

E agora, em seu bloquinho, sua ideia de fabuloso era um monte de letras “K”.

— Espere.

Disse ela, antes que Karl pudesse desligar. Outra expiração exasperada.

— O quê? A criança está chorando aqui, sabe.

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