O bebê não cooperava. Tentou niná-lo.
Alimentá-lo. Trocar as fraldas.
Ainda assim, Hope não parava de chorar. Continuava estendendo os braços, como se tentasse apanhar algo invisível.
Então percebeu que o que Ho queria era a mesma coisa que ela queria e não devia ter.
— Você sabe que ele não vai gostar Ho. Não devo interrompê-lo antes das 10h. Não é o turno dele.
Hope só continuou chorando.
Conhecia esse temperamento. Ela não ficaria calma, não até ter o que queria.
E o que queria agora, mesmo que fossem 9h45 ou 10h, era Karl.
Foi até o escritório e bateu na porta.
— Karl? Posso entrar?
— Se for urgente.Assim que abriu a porta, Hope inclinou-se para frente.
— Alguém queria vê-lo. Tentei tudo para fazê-la parar de chorar, mas, aparentemente, é você que ela quer agora.
— Eu.Nenhum ponto de interrogação.
— É. Pode segurá-la só por um minuto? Então livrarei você dela. Prometo.
— Pegar a criança de você.Outra não pergunta.
— Só por um minuto.
— Acho que poderia.Levantou-se e foi até Lena, com uma careta profunda. Estranho.
Karl não tinha problemas para cuidar de Hope. Empurrar o carrinho.
Dar-lhe a chupeta, colocá-la no cobertor, até segurar a mamadeira.Mas segurá-la fisicamente... Era como puxar os dentes dele toda vez que tentava colocar Hope naquele colo.
Não acreditava no que ele tinha dito sobre a questão do cheiro e dos gritos.
E ele parecia gostar de Hope, só não gostava de segurá-la.
Talvez tivesse medo de derrubá-la. Muitas pessoas se sentiam assim quando começavam a lidar com bebês.
— Ela não vai quebrar, sabe.
Disse ela, entregando Hope.
— Imaginei. Senão, teria um daqueles avisos de frágil.
Ho parou de chorar assim que Karl a segurou e se remexeu, tentando caber no espaço entre os braços e o peito dele. Karl, apesar disso, manteve distância, conseguindo evitar que ela escorregasse para muito perto.
— Ela gosta muito de se aconchegar.
— É, percebi.Tudo bem, talvez não fosse um cara chegado a bebês. Mas... Suspeitava que fosse sim, no fundo.
Pegara-o sorrindo para Hope algumas vezes, até brincando com ela.
Afastou-se, propositalmente, aumentando a distância entre eles.
— Hum...
Ele fez uma careta.
— Acho que ela...
Sorriu.
— Você que está segurando. Regras de bebê.
— Você fez de propósito.
— Não fiz verdade.Mas essa é a regra do bebê.
Quem está segurando a criança quando a fralda fica suja tem que trocá-la.
— Nada justo.
Ele estendeu o bebê para ela.
— Ela é sua. Você troca.
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Surpise Daddy!!
FanfictionO escritor Karl Zor-El precisa de paz e solidão para poder produzir seus textos, e não de uma bebê desconhecida na porta de casa! Mas ele não poderia simplesmente ignorá-la na soleira... Apesar de não saber lidar com crianças, fica pasmo quando vê...