— Bom, eu estou. Na verdade, estou faminta. E você também deve estar considerando que não almoçou quando estive lá mais cedo.
Apoiou as mãos no quadril, determinada a mudar de assunto e recomeçar.
— Agora, se você já se cansou de ser ranzinza, pode se juntar a nós. Preferimos companheiros de almoço agradáveis.
Então se virou, conduzindo o carrinho até a sombra do carvalho. Assim que parou, o bebê acordou, estendendo os braços, clamando por colo.
Sorriu e apanhou-a.
Essa era sua prioridade.
Não um relacionamento. Não poderia conciliar os dois, além do trabalho, as contas a pagar e o estresse de tudo o que passara.
Devia se concentrar em Ho, no trabalho e só. Seria o bastante por agora.
Tinha de ser. Segurou sua filha por alguns minutos, depois a colocou novamente no carrinho para arrumar o piquenique. Mas, assim que a colocou, Ho começou a chorar.
Equilibrando Ho em um quadril, agachou-se, pegou o cobertor e desenrolou-o, à mercê da brisa leve.
Mas, enquanto tentava colocá-lo no chão, o vento a atrapalhou, emaranhando as pontas.
O bebê choramingou em seus braços, querendo ser colocada no chão, só complicando as coisas.
— Ho, eu tenho que colocá-la no carrinho, querida.
Moveu-se em direção ao carrinho, mas Hope adivinhou o que estava por vir e agarrou o ombro da mãe: Não.
Não vou lá. Nada feito, não agora. Tentou arrumar o cobertor com apenas uma das mãos novamente e não conseguiu. Bufou, desejando ter três braços.
Como outras mães faziam esses trabalhos tão facilmente?
— Aqui. Deixe que eu faça isso. Você vai deslocar um ombro ou sei lá.
Karl pegou o cobertor e, com um movimento, arrumou-o no chão liso. Sorriu grata.
— Vai se juntar a nós?
— São vocês ou as hordas de pequenos e perigosos humanos ali.Apontou para o parquinho.
— Prefiro arriscar a chorona fedida.
— Hope não é uma chorona fedida. É um bebê. Todos os bebês têm cheiro. E choram.
— Conheço bebês. O seu cheira mal. Sem mencionar que chora alto. Na verdade, já marquei uma consulta no otorrino semana que vem.Devia ter se ofendido, mas aquelas palavras perderam o sentido ofensivo, especialmente por ele quase ter sorrido ao dizê-las.
A careta se fora e qualquer que fosse a tempestade que ia se formar ali passara. Talvez ele estivesse gostando mais de Hope.
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Surpise Daddy!!
FanfictionO escritor Karl Zor-El precisa de paz e solidão para poder produzir seus textos, e não de uma bebê desconhecida na porta de casa! Mas ele não poderia simplesmente ignorá-la na soleira... Apesar de não saber lidar com crianças, fica pasmo quando vê...