Angel Baby

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Alguns minutos depois, um dos lados da pia estava cheio de água morna, e uma Hope pelada sentava na bacia prata, brincando feliz enquanto era ensaboada. Karl se afastou.

— Não estava brincando sobre o quanto isso molha.

Riu.

— Ela adora tomar banho.
— Percebi.

Ainda assim, ele ficou mesmo se afastando para não se molhar. Apanhou um brinquedo que Ho deixara cair e deu a ela, apertando o elefante de plástico. A tromba do animal jorrou água, encantando Hope, que riu e bateu na água, molhando a pia.

E os sapatos de Karl.

— Fico lhe devendo essa, criança.

Disse, e apertou o elefante outra vez. Outro jorro. Hope riu e esperou que ele fizesse novamente.

Ele fez, mais duas vezes, mesmo enquanto ela ria e o molhava.

Lena assistia, impressionada.

Isso não estava indo de acordo com o plano.

Karl estava brincando com Hope?

Molhando-se propositalmente?

— Você quer tentar?
— Tentar?
— É, dar banho nela. Esqueci de pegar uma toalha e...
— Não, não. Você dá o banho.

Ele sorriu.

— Regra do bebê lembra?
— Regras do bebê?
— Você estava segurando-a quando a colocou na pia.

Riu.

— Injusto.

Karl aproximou-se.

— Lembro perfeitamente de alguém sendo injusta alguns dias atrás. Agora estou encharcado.

Apontou para o peito molhado.

— Então vou pegar a toalha.

Ótimo. Talvez agora que as roupas dele estivam molhadas, ele fosse embora, e ela não teria que explicar outra vez porque eles eram errados um para o outro.

Nem teria que ficar imaginando porque Karl se divertia brincando com Hope e, ao mesmo tempo, dizia que seria um péssimo pai.

— As toalhas estão na...

Parou de falar ao vê-lo pendurar o paletó numa cadeira.

Ele ficava lindo vestindo uma camisa. Incrível sem camisa.

E agora, numa camisa molhada, ficava totalmente sexy.

— Onde estão as toalhas?
— Hum...

Concentrou-se, segurando Hope com uma das mãos, enquanto o bebê continuava a fazer uma fonte caseira.

— No closet, perto de meu quarto lá em cima.
Primeira porta à direita.
— Volto num segundo. Antes que ela te encharque.
— Obrigada.

Andar sozinho pela casa de Lena lhe dava um retrato íntimo da mulher que, até agora, só esteve em sua casa. Era uma casa confortável, um ambiente muito aconchegante.

Se morassem juntos, pensou, sua casa seria assim. Em vez dos móveis masculinos em couro e madeira escura, veria mais tons claros, tecidos suaves e paredes de cores pastéis.

No topo das escadas, foi abrir a porta do closet, mas virou-se, espiando o quarto dela.

Sabia que não devia entrar ali, mas, antes que pudesse voltar ao closet, pegou-se entrando, imaginando-a naquele lugar.

Travesseiros grandes e amarelo xadrez.
Uma cama convidativa, como um lago ao fim de um dia quente.

Esse era o quarto de Lena Luthor.

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