Vidas Cruzadas

Encontro

No dia seguinte, Ludmilla acordou bem cedo, na verdade nem conseguiu dormir esperando que Brunna voltasse para sua casa como havia pedido.
Isso acabou lhe trazendo  um certo receio  se aceitaria seu pedido de desculpas, e se a relação das duas voltaria  a ser leve como antes.

- Bom dia minha menina? Dormiu bem?

-Bom dia Net, infelizmente não, e você está melhor? Senti muito sua falta.

- Estou melhor obrigada por perguntar, não conseguiu dormir direito por causa do trabalho?

- Minha insônia tem nome e sobrenome!!

- Por falar em sobrenome me conta que menina linda é essa da capa do jornal?

-O nome dela é Brunna Gonçalves minha noiva!!

-Ela é muito linda  e bem diferente das pessoas que você costuma sair.

- Sim essa é especial e única!!

- Falando em pessoas especiais tem visto a Alice?

  - Encontrei com a mãe dela na balada, mas estou em falta com ela 
e por sinal vou começar a organizar esse noivado logo, antes que a noiva desista. - Lud fala  com medo de suas palavras se tornarem realidade.

-Quem iria desistir de casar com você minha menina? Se tornou uma mulher linda e poderosa.

- Bom pra ela não desistir vou precisar  conquistar, e dessa vez vou com muita calma e vou fazer tudo direitinho.- Lud fala dando um beijo na Net e saindo para o trabalho, deixando a mulher sem entender do que estava falando.

Sua cabeça estava fervilhando de ideias, e no momento não poderia pedir ajuda para suas amigas era necessário agir sozinha, passou em uma floricultura pegou o melhor arranjo de flores, aproveitou  e pegou uma caixa de chocolates e seguiu para o escritório precisava chegar antes de Brunna no escritório o que era um pouco difícil por que a mulher  madrugava para estar no trabalho.

📱- Emilly preciso de um favor!!!

📱- A educação deixou em casa pelo jeito?

📱- Me desculpa amiga estou bem ansiosa, mas bom dia eu queria te pedir um favor enorme, aquele favor de irmã sabe?

📱- Fala que eu faço, pode pedir?

📱- Manda  pro escritório uma cesta de café da manhã pra duas pessoas com tudo do bom e do melhor.

Ludmilla nem esperou  Emilly responder já desligou e entrou em outra ligação

📱- Senhorita Gonçalves, temos uma reunião importante hoje às 7:00 da manhã não se atrase.  Brunna também não teve tempo de responder ou de falar bom dia o telefone já havia sido desligado.

Brunna

Estava muito cansada, e a conversa com Mário Jorge durou altas horas, chegou em casa, tomou um banho e logo caiu em um sono profundo, tudo o que mais queria era apagar os sentimentos que estava nutrindo por Ludmilla e a vergonha de ser tratada como só mais uma garota na vida da poderosa chefona.

Brunna foi acordada pelo seu telefone tocando incessantemente, ao pegar no aparelho nem olhou o visor, apenas atendeu mas também não teve tempo de responder.

- Meu Deus que reunião é essa eu não me lembro de ter marcado nada, e pelo jeito Ludmilla está boladona comigo, nem me deixou eu responder, e  agora como vou conseguir chegar às 7:00 só se for de jatinho. 

Os pensamentos de Brunna não parava nem por um segundo, ainda está se recuperando de acordar como o seu telefone tocando, mas resolve se arrumar o mais rápido possível.

- Papai, bom dia consegue me dar uma carona?

- Bom dia, meu bebê, se correr ainda pega sua mãe  lá na garagem, o motorista do patrão dela veio buscar.

- Muito obrigada, Papai.  Tchau!!

- Vai com Deus minha filha, te amo!-
Brunna estava com pressa para alcançar sua mãe.

- Miriam me dá uma carona!

- Onde você vai com tanta pressa Brunna?

- Tenho uma reunião, e já estou atrasada. - as duas entraram no carro e começaram a conversar fazia tempo que não ficavam próxima uma da outra.

- E quando vou conhecer sua namorada?

- Vamos marcar mãe!! - Brunna não sabia o que falar para os seus pais como contar que o relacionamento dela era uma mentira, a qual nem ela sabia direito o  porque  de ter aceitado e levado a diante aquela história.
Não demorou muito para o carro estacionar em frente ao seu  trabalho.

- Te amo minha filha se cuida por favor!!

- Pode deixar Miriam eu vou me cuidar, também te amo muito.

Brunna se despede da mãe e acelera os passos para entrar no elevador

- Bom dia senhora Oliveira!! O porteiro do prédio  a cumprimenta

- Bom dia senhor José, me desculpa mas o senhor me chamou de?

- Senhora Oliveira, dona Ludmilla passou por aqui toda orgulhosa até me convidou para o noivado, faço muito gosto desse casal, a senhorita sempre educada com todos ao seu redor.

- Obrigada, mas educação é o que todos devem ter, e nada nos separa pelo contrário nós une. - Brunna respondeu toda sem graça mas sem entender que cerimônia de noivado  é essa que a própria noiva ainda não sabia.
Saiu do elevador as pressas deixou sua coisas no seu devido lugar e seguiu para sala da presidência, nem precisou bater na porta pois estava entre aberta.

- Bom dia, senhora!

- Bom dia como você está? Fiquei te esperando ontem a noite!!

- Senhora eu não havia agendado essa reunião! Então não preparei nenhum documento, mas eu posso fazer agora - Brunna tentava ignorar a preocupação da Ludmilla, pois ali era o seu ambiente de trabalho e o único lugar que ainda dominava.

- Bru, essa reunião é só nós duas, e a pauta é a nossa vida. - Ludmilla logo se apressou em dizer, indo ao encontro de Brunna.

- Fica em paz Ludmilla eu não vou quebrar o contrato, e dei a minha palavra.

- Quem criou o contrato foi  você e eu fiz merda, não te respeite, abusei de você, passei dos limites, estou desde ontem tentando conversar, pedindo desculpas, não dormi nada essa noite pensando em você e como arrumar as minhas merdas.

- Estou bem! eu precisava de um tempo é muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. -Brunna fala já puxando uma cadeira para se sentar.

- Me desculpa, eu precisava te ver, precisava saber como você está! Eu preciso Brunna começar do zero com você, eu me apaixonei por você quando você entrou na minha sala pela primeira vez.

Brunna nada respondeu e com os olhos cheios de lágrimas levantou e logo colou seus lábios no da sua amada, pedindo passagem para explorar cada cantinho de sua boca,o beijo foi ficando mais intenso, dando a entender que ambas queriam mais e precisavam demais.