Capitulo 5.

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Felipe narrando:

Quando vi aquela garotinha entrando pela porta eu soube que era a irmãzinha querida do meu melhor amigo, aquela que eu não poderia nem sonhar em encostar então preferi ser grosso com ela, assim não teria chance de aproximações. Depois dela ter ido para seu quarto eu resolvi ir até a cozinha preparar algo para comer, enquanto eu cortava a cebola acabei cortando meu dedo junto

- QUE INFERNO ! CARALHO ! - gritei furioso.
Meu dedo estava sangrando e eu não aguento ver sangue, sempre que via ficava imóvel, foi quando Júlia apareceu para me ajudar mesmo eu sendo grosso com ela novamente ela saiu e voltou segundos depois voltou com uma caixinha de primeiros socorros para fazer um curativo em meu dedo, eu me senti sendo salvo pela pirralha, mas não podia permitir que  máscara de grosseiro caísse. Depois do jeito que eu tratei ela senti que minhas palavras poderiam tê-la machucado e fui até seu quarto pedir desculpas, confesso que me senti bem melhor, enquanto estava em seu quarto meu celular tocou era uma garota eu tinha pegado no fim de semana que resolveu passar lá em casa, eu não poderia perder a chance de dá uns pega nela então falei pra ela que já estava indo atender a porta e sai do quero da Júlia.
Quando cheguei na porta a garota estava como sempre gostosa, nós ficamos na sala e ela me beijava e roçava o corpo em mim, eu curtia isso, o clima entre nós já estava ficando bem quente foi quando ouvimos um celular tocar, eu olhei pra trás e lá estava a Júlia, com aquela carinha assustada olhando pra mim, nesse momento eu tive vergonha de mim mesmo e resolvi mandar a Marina embora.
O resto do dia foi normal, a noite o Gabriel veio falar comigo super bravo pelo incidente que houve mais cedo e falou que não queria que eu levasse qualquer mulher pra casa com a irmã dele ali, me  pediu pra todo dia de manhã  acordar a Júlia e llevá-la para escola.  E assim eu fiz quando o dia amanheceu, entrei no quarto ela estava rolando na cama, parecia um anjinho com um pijama branquinho e o cabelo bagunçado, ela mexia os pés na cama esticando os mesmos, eu não sei porque eu fiquei ali olhando isso, mas eu estava com um sorriso bobo na cara, até que resolvi acordar de vez ela, balancei seu braço e a mandei levantar, sai de seu quarto sem ela dizer nada, fiquei esperando na sala porem ela não demorou e desceu, a deixei  na escola e segui pra faculdade.
As aulas estavam chatas como sempre e custaram a passar, confesso que prefiro aturar a pirralha do que isso aqui. Quando  acabou aula  eu sai e segui para a escola da Julia parando meu carro em frente ao lugar até que o porteiro me disse que a aula havia acabado mais cedo devido à ausência de um professor. Fiquei preocupado pois ela era nova aqui e não conhecia bem o bairro, quando estava a três ruas do colégio vi dois garotos segurando uma menina nesse momento senti um arrepio estranho, continuei seguindo e vi que era a Júlia, parei o carro sem pensar duas vezes e fui correndo em direção a eles, não sei porque mais eu estava com raiva eu queria acabar com eles, já cheguei dando um soco em um, logo o outro a soltou e saiu correndo, quando ela olhou pra mim e me reconheceu, ela me abraçou apertado e eu retribui na mesma intensidade.

- Júlia ? Qual parte do " se cuida " você não entendeu? Custava me esperar no colégio? Não faz isso denovo comigo garota - falei sentindo minha adrenalina Passar e uma paz se instalar em mim.

Júlia narrando:

Quando senti o garoto me soltar e sair correndo me senti aliviada até que olhei para trás e encontrei Felipe parado ali, eu o abracei com toda minha força, não sei como mas consegui segurar as lágrimas mesmo sentindo que poderia desabar ali que ele iria me proteger. Eu ouvi ele me dá uma bronca todo preocupado,esmo assim não soltei ele, eu gostei disso.

- Vamos pra casa Júlia, é melhor você se acalmar -  Ele me soltou e disse secando minhas lágrimas.

- Vamos sim... - respondi me sentindo mais calma.

Ele estava indo pro carro, e eu o puxei pelo braço.

- O que foi Julia? - perguntou sem entender o motivo de eu ter feito isso.

- Porque você fez isso? Pensei que me odiava - Falei olhando em seus olhos

- Você é a irmã do meu melhor amigo, logo de certa forma, também é minha irmã.

A palavra " irmã " me abalou um pouco, mas eu apenas entrei no carro e fomos calados até em casa. Como sempre, o Gabriel já tinha saido pra ir pra faculdade, eu entrei, e meu celular tocou era minha mãe, conversei com ela expliquei como era a casa, disse que estava tudo bem omitindo o ocorrido de hoje pois não queria deixar ela preocupada.
O Felipe passou na cozinha, pegou um biscoito e foi direto pro quarto, acho que tinha que fazer algumas coisas da faculdade. Como eu  ainda estava assustada, não estava com fome. Foi quando alguém tocou a campainha, eu abri a porta e era uma garota bonita, logo eu imaginei que estaria procurando o Felipe.

- Oi, você é a irmã do Gabriel né? - ela disse sorrindo.

- Oi, sou sim. Porque? -  fiquei olhando pra ela que parecia ser uma garota legal, acho que devia ter minha idade.

- Eu moro aqui do lado, e resolvi vim aqui falar com você, já que é nova na cidade. -  ela sorriu novamente.

Pedi que ela entrasse e fomos pro meu quarto conversar, ela me contou sobre os pais dela, eu contei sobre os meus, ficamos a tarde toda conversando, ela falou que acha o Felipe muito gato, eu tentei desiludir ela, falando que ele é um safado e quando percebemos já era tardinha, o Gabriel já tava chegando.

- Nossa Bruna ! ouviu o Gabriel chegar? Perdemos as horas conversando - Eu ri.

- Verdade Ju, minha mãe deve tá louca lá em casa. - Ela falou levantando.
Eu acompanhei ela até a porta, já estavamos virando amigas combinamos de conversar denovo amanhã à tarde.

- Oi Biel, como foi a aula hoje? - perguntei indo até ele.

- Chata como sempre maninha, e a sua?

- Foi normal, a mamãe ligou e mandou um beijo pra você.
Ele sorriu, e voltou a preparar um misto.

- Virou amiga da vizinha?

- Ah, ela veio aqui conversar comigo, muito legal ela...

- Ela é mesmo, apoio a amizade. - disse sorrindo

- Então tá certo - Eu ri saindo da cozinha.

Lembrei que o Felipe ainda estava no quarto, resolvi bater na porta e ele não respondeu, então resolvi entrar, me com ele dormindo, decidi  acordar-ló  pois ele tinha que comer alguma coisa, cutuquei ele e nada, ele tava apenas de bermuda, então aproveitei pra reparar em sua barriga e fui subindo até sua boca rosada, coloquei novamente minha cabeça no lugar e balancei ele com mais força até que ele acordou e olhou pra mim.

- O que foi agora Júlia? - perguntou meio sonolento.

- Você tem que comer alguma coisa, o Gabriel já chegou. - falei calmamente.

Então ele sorriu sentou na cama e me puxou no seu colo.

Me Completa - Livro Em RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora