Capitulo 11.

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Júlia narrando:
Ouvi alguém me chamando, na verdade eu já conhecia aquela voz que eu gostava, tudo bem que eu sabia que talvez não me faria bem mas eu gostava mesmo de ouvir ele todo dia de manhã me chamando.

- acordei, Já pode ir Felipe que jajá eu desço. – falei ainda com os olhos fechados.
- Tá bom Jú, te espero lá embaixo.
Eu ouvi ele fechar a porta e sair, então me levantei fui no banheiro, fiz minha higiene pessoal e em 15 minutos estava pronta. Foi tudo igualzinho aos outros dias, ele me deixou no colégio e depois buscou, já era rotina.

- Jú. – Ele falou enquanto dirigia.
- Oi Fe? - Eu olhei pra ele curiosa.
- Hoje a noite é aniversário do meu pai e o Gabriel não pode ir comigo, você quer ir?
Eu não esperava que ele fosse me chamar para um compromisso de família, até porque ele poderia chamar uma ficante dele, ou a tal da Catarina, mas eu resolvi aceitar.
- Vou sim Felipe, que horas vamos?
- Pretendo sair por volta das 20h , tá bom pra você?
- Tá ótimo, esqueceu que moramos na mesma casa ? Ganhamos tempo por conta disso - eu ri
- Não esqueci, é que talvez você tenha que fazer alguma coisa para fazer – ele olhou pra mim e logo voltou a prestar atenção na estrada.
- Não, eu não tenho nada pra fazer Fe.
E isso foi tudo que conversamos durante o percurso. Quando chegamos em casa eu desci e ele venho atrás, como sempre Gabriel já havia saído para faculdade, subi direto pro quarto liguei pra Bruna e ela viria passar a tarde comigo, eu não tinha nada pra fazer mesmo e achei melhor passar o tempo longe do Felipe, confesso que eu estava um pouco magoada com ele.
Não demorou muito para minha amiga chegar nós ficamos conversando um pouco, depois fizemos brigadeiro e pipoca, assistimos um filme de terror nada interessante e Felipe ficou “escondido” no quarto a tarde toda, as vezes eu podia ouvir ele sair para ir no banheiro e uma vez ele foi na cozinha. Já tava a tardinha quando Bruna disse que tinha que ir embora, me despedi dela e resolvi começar a arrumar. Gabriel ligou pro Felipe dizendo que ia direto pra casa da garota sem nem se importar para onde eu estava indo, ou então ele confiava muito no seu amigo. Fui até o quarto do Felipe e ele estava deitado lendo uma revista que eu achava ser de carros.

- Felipe? - eu falei com um tom de voz amigável, então ele me olhou.
- Oi Júlia.
- Que roupa eu devo colocar? - eu ri com vergonha.
- Como assim Jú?
- Eu não sei como o pessoal lá costuma se arrumar... – eu olhava esperando uma resposta que ajudasse.
- Jú.. é um churras em família, não precisa arrumar muito você fica linda de qualquer jeito. - falou sorrindo.
Nem preciso dizer que eu amei ouvir isso, ninguém nunca tinha falado isso pra mim... Eu apenas concordei com a cabeça e sai do quarto. Enquanto eu me arrumava ouvi ele ligar o som alto, acho que estava indo tomar banho e tocava uma musica horrível “ eu vou pra ousadia, eu vou pra cachorrada, hoje eu quero trair a minha namora “, eu parei de prestar atenção e resolvi tomar meu banho. Pensei em uma roupa e acabei vestindo um short e uma blusa mais soltinha, combinou perfeitamente com minha sapatilha vermelha. Fiz uma maquiagem leve, realcei mais os olhos e estava pronta, quando olhei as horas eram exatamente 19:30. Ótimo, eu fiquei pronta primeiro que o Felipe, ri comigo mesma.
- Felipe? to pronta! – gritei enquanto passava em frente o quarto dele.
- Já to indo Jú. – falou enquanto abria a porta.
Eu olhei pra ele e ele está tão lindo, meu Deus, ele tava com o cabelo ainda molhado, parecia ter tomado um banho de perfume mas o cheiro era muito gostoso. Ele usava com uma bermuda preta , uma camisa branca e chinelo. É, pelo chinelo vi que ele ia ficar bem a vontade no churras. – ri sozinha novamente.

- Tô bem Jú? - Ele falou com aquela cara safada.
- uhum. – Apenas sorri pra ele e continuei indo pra sala.
- ei ! você está muito linda – Ele falou enquanto pegava a chave e abria a porta. Apaguei a luz da sala e sai.
- Quanto tempo é daqui na casa dos seus pais? - Eu perguntava olhando pra ele.
- são uns 45 minutos Júlia.
- Ahh... – falei encostando minha cabeça como se eu fosse dormir.
Depois que ele passou a macha senti sua mão na minha nuca, ele ficava mexendo devagarinho no meu cabelo, eu resolvi não falar nada, aceitei seu carinho que estava bom... fechei meus olhos e fiquei apenas sentindo, até que ouvi ele falar:
- Vai dormir princesa?
Eu tava pensando em cada palavra que ele disse nos últimos e "princesa“  era nova... por que ele tava assim comigo? Eu deveria acreditar nisso? Eu sei que sim, resolvi ficar calada e acabei cochilando, quando já estávamos na porta da casa do seu pai ele me acordou. Eu olhei pra fora e tinha uns 15 carros, era mesmo bem família, ele desceu do carro eu desci em seguida.
- Fica grudada em mim. – Ele falou rindo e me puxou pela cintura andando.
- Por que Felipe? Vai parecer que somos namorados. – eu ri com vergonha.
- É pra eu não te perder pra nenhum primo que estiver aqui.
- Idiota. – dei um tapa no ombro dele e fiquei rindo.
Ele cumprimentou os pais e uns primos que estavam na mesa que eu achava ser a  principal.
- Família essa é a Júlia, Júlia aqueles são meus pais , aqueles meus tios e o resto deve tá pela casa. – Ele falava enquanto ia apontando me mostrando as pessoas. A mãe dele levantou e veio me abraçar.
- Que linda sua namorada ! – Ela disse sorrindo parecendo estar muito contente.

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