Capitulo 16

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Não demorou muito eu dormi, o dia seguinte foi normal, acordei antes dele me chamar, tomei meu banho e me arrumei, ainda sobrava um tempinho, então preparei um café da manhã e logo o Felipe desceu se arrumado para ir pra faculdade também.
- Bom dia Jú.
- Bom dia Lipe. – eu sorri enquanto terminava de comer.
- Já tá fazendo gordice né?
Ele nunca comia nada de manhã, alias eu nunca o via comendo não sei como ainda era gostoso.
- Cala a boca, você é um ogro mesmo, desde cedo implicando comigo. – fiz carinha triste e ele se aproximou e me deu um selinho. Era isso mesmo que eu queria.
- Sua boca tá com cheirinho de toddynho que bebezinha, vamos já está na hora. – ele falou enquanto me puxava pelo braço e eu sai comendo um pedacinho de biscoito.
No colégio foi tudo chato, os horários custando passar, no intervalo eu vi a Bruna e quase morri de felicidade, a minha única amiga mudou pro meu colégio? AAAAAAAAAAAAA
- Brunaaaaaaaaaa? - a chamei e ela logo sorriu pra mim
- Júlia, eu estava te procurando! Eu vou estudar aqui agora, minha mãe não estava gostando de uns professores do outro colégio.
- Eu amo sua mãe. – falei e nós rimos.
- Ei me conta, como estão as coisas, tem tempo que não vou na sua casa Jú.
- Ah amiga, tá tudo bem... E você, alguma novidade?
Fomos conversando indo pro pátio e sentamos em uma escadinha.
- Ah nada demais Jú, minha vida é um saco, e quem eu queria nem dá bola pra mim...– ela falou com expressão triste.
- Poxa Bru, quem é esse idiota? você é incrível... Só ele não vê. – quando eu perguntei deu o sinal para entrar pro ultimo horário, então nos separamos de novo, ela ia pro 3º ano e eu pro 2º.
Quando a aula acabou não avistei Bruna então sai e fui direto pro carro do Felipe que já estava me esperando com a cara super animada, eu até estranhei.
- Oi ogro . – disse entrando no carro e sorrindo.
- Adivinha pra onde vamos? - ele ligou o carro e deu partida.
- Pra praia? - eu falei com tom de voz animada.
- O Gabriel disse que vai chamar a guria que ele tá de namorico e vamos todos passar o fim de semana numa casa de praia. – ele disse animado e ficou contando alguns detalhes, eu estava super animada, claro! Desde que vim pro Rio não tinha ido à praia ainda e em Minas não tem praia então seria minha primeira vez.
- Felipe, eu posso chamar a Bruna?.
- Claro Jú, ela é legal, gostosinha. – ele deu um sorriso malicioso.
- Não quero mais Felipe - falei fazendo "A Brava".
- Você sabe que eu falei brincando, eu prefiro a minha pequena...– falou me adulando.
- Tá, eu ligo pra ela quando chegar em casa.- falei sorrindo.
Chegamos em casa o Gabriel já estava lá com a maioria das coisas arrumadas, eu fui direto pro meu quarto, pegar umas roupas, protetor solar.. Essas coisinhas. Eu realmente tava animada, e também de pensar que eu iria passar o fim de semana com o Felipe, meu coração quase explodia. Não sei muito bem o porquê ele, logo ele, ele não parecia o garoto que fazia meu tipo, não que eu tenha tipo, mas ele é safado, ficava com tantas que nem sabia o nome, “verdadeiro cachorro”. Mas será que ele tava mesmo mudando? - eu pensava enquanto ia colocando minhas coisas dentro de uma malinha. Passei uma sms pra Bruna e ela topou ir com a gente, disse que em meia hora tava aqui. Com certeza seria muito legal.
- Fiona. – ouvi a voz do Felipe.
- eu?- olhei pra ele sem entender.
- é, se eu sou um ogro, e você me chama de Shrek, você tem que ser a fiona. – eu não aguentei e comecei a rir. No fundo era tão fofo, mas era um pouco estranho.
- Ah tá bom, então pode levar as coisas da fiona pro carro, porque já tá tudo pronto, e a Bruna já deve tá chegando amor.
- você me chamou de que? - ele deu um sorriso bobo. E eu percebi que chamei ele de “amor”
- amor... – senti minha bochecha corar. Ele veio e segurou na minha cintura dando vários selinhos em mim, o ultimo se transformou em um beijo lento. Segurei na camisa dele e ficamos ali uns 5 minutos, foi quando ouvi o Gabriel chamando porque a Bruna havia chegado. Felipe pegou minha malinha e foi colocar no carro, eu tinha me trocado, coloquei um short e uma blusinha bem praia,  eu estava com uma roupa confortável, não sou dessas de arrumar demais.
- Bruna. – sorri pra ela que veio e me abraçou.
- Animada Ju? - ela já estava sem nada, os meninos já deviam ter colocado as coisas dela no carro.
- vamos garotas - o Gabriel foi saindo chamando a gente.
- to sim Bruna ... Primeira vez que vou pra praia. – eu ri.
- ah você vai amar !!! É muito bom, tem uns gatinhos. Nosssssssssa! – ficamos rindo conversando e entrando no carro. Eu já tinha meu gatinho, mas preferi não falar demais, até porque eu e o Felipe não tínhamos nada sério.
Já estávamos no carro quando percebi que meu irmão estava sozinho.
- Gabriel, cadê a garota que você ia levar?
- Ela vai mais tarde, provavelmente vai chegar lá de noite porque é o pai dela que vai leva-la. – ele riu.
Eu fui atrás com a Bruna conversamos quase a estrada toda, já estávamos bastante íntimas, conversávamos sobre tudo, ela só tinha mais uma amiga do colégio onde ela estudava, mas dizia que eu era a mais próxima.
Quando chegamos vi que a casa pequena era beira mar, então fiquei olhando parecia que ele me hipnotizava, eu sempre fui apaixonada pela praia, mesmo sem conhecer, me virei para a casa que não era “a melhor casa do mundo” era pequena, mas tudo arrumadinho, eu gostei.
Entramos na casa e arrumamos nossas coisas, já eram quase 15H quando resolvemos ir pra praia.
- Bora pra praia? - Gabriel já não aguentava mais ficar em casa. – a noite eu tenho que ficar um anjo.– ele disse rindo
- Ah, você fica um anjo só perto dela ? vou levar um papo com essa garota. – eu falei e ri
- também quero ir pra praia galera! – a Bruna já estava de biquíni. Ela Acabou indo com o Gabriel, e eu fiquei em casa com o Felipe, como sempre eu sou a
“a enrolada”.
- espera aqui, eu só vou colocar meu biquíni e nós vamos amor. – eu falei pegando o biquíni na minha mala.
- Demora não. – ele sentou no sofá.
Eu entrei pro quarto coloquei a parte de baixo certinha, ja parte de cima eu só ajeitei na frente dos meus peitos porquê eu não conseguia amarrar apertadinho.
- Felipeeeeee? Vem cá! – gritei na porta do quarto
- O que foi Jú? - ele entrou e me olhou de cima embaixo abrindo um sorriso safado. – dá uma voltinha amor.
- Mané voltinha Felipe! Amarra aqui pra mim. – falei rindo.
- Ah, mas tá tão bom assim... – ele riu e veio pra trás de mim e amarrou com cuidado.
- obg Lipe, vamos? - sorri pequei uma bolsa de lado com óculos e protetor solar.
Saímos de casa e ficamos andando pela praia.
- vem, quero ir pra lá. – ele estava me puxando pro lado que tinha pouca gente.
- Por que aqui Lipe? o Gabriel tá aonde? - olhei pra ele. Ele segurou minha mão e sorrio.
- O Gabriel tá onde tem muita gente pequena, eu quero ficar só contigo. Ou você quer voltar?
- Não não... Quero ir com você. – segurei mais firme na mão dele e fomos andando devagar. Estávamos andando bem pertinho do mar, tanto que quando a onda vinha molhava meu pé. Quando já tínhamos andando bastante, e não tinha mais ninguém onde estávamos ele sentou na areia. Abriu um pouco as pernas.
- Senta aqui na minha frente e encosta em mim Jú.
Eu me posicionei na frente dele e sentei, encostei meu corpo na barriga e no peitoral dele, e ele me abraçou ficamos ali em silêncio olhando o mar. Era tão gostoso ficar no abraço dele, era tudo que eu precisava.
- Jú. – ele falou pertinho do meu ouvido, o que me fez arrepiar.
- Oi amor. – continuei olhando o mar.
- Lembra o dia que você chegou?
- Lembro sim Lipe. – me virei , encaixando minhas pernas na cintura dele e fiquei olhando para ele, segurei no seu rosto acariciando enquanto ele falava.
- Eu tava deitado no sofá  e quando você abriu a porta eu vi que a irmã do meu melhor amigo, a que ele dizia ser “a baixinha feia" era a princesinha mais linda do mundo e fiquei sem saber o que fazer.
- Então por quê me tratou daquele jeito? - eu ouvia com atenção as coisas que ele dizia.
- Porque você sabe como eu sou, não me prendo a ninguém, eu não queria me envolver sem ter certeza que seria certo. – ele estava sériomedia cada palavra antes de falar.
- E agora você tem certeza? - perguntei com certa insegurança.
- Sim, agora eu tenho certeza que vai valer a pena cada segundo do seu lado. Quando ouvi isso eu abri um sorriso e fiquei olhando admirada. Cada dia ele me impressionava mais, ele parecia uma caixinha de surpresas.
- Você está me fazendo tão feliz sabia? - Ele sorriu.
Aquele sorriso de fazer qualquer um virar manteiga derretida, me sentia cada dia mais apegada nele, era como se ele me completasse a cada dia que passasse.
- Droga, como você faz isso Felipe? - falei com vergonha.
- Faço o que? - ele continuou sorrindo e olhando sem entender.
- Como você consegue ter o melhor sorriso do mundo?
- Simples Jú, toda vez que eu sorrio penso em você. E você pra mim, é a melhor coisa do mundo. – eu não resistia mais nem um minuto sem beijar ele, sim, eu estava me apaixonando.
Colei minha boca na dele que logo mordeu meu lábio inferior, continuei fazendo carinho no rosto dele enquanto ele alisava minha cintura. Nos beijávamos em um ritmo gostoso e fomos parando com selinhos. Ficamos alguns minutos trocando carinhos, até que passou um moço mais velho que parecia um pouco triste, na verdade ele não parecia estar muito bem, Felipe também percebeu, então resolvemos falar com ele.
- O senhor está bem? - Felipe perguntou ele. O senhor parou e olhou pra nós e sorriu, na verdade ele não era tão velho, devia ter uns 50 anos, só que usava roupas mais velhas.
- Oi crianças, estou bem sim, só estou olhando o mar antes de me perder nele.
- Como assim? - eu perguntei.
- Eu vou 1 vez por semana a uma ilha aqui perto e volto no mesmo dia... antes eu ia com minha esposa mas ela acabou falecendo e isso me trás lembranças.
- Meus sentimentos. – Eu e o Felipe falamos quase juntos.
- E se a gente fosse hoje com o senhor? - o Felipe disse e riu.
- Tá louco Felipe? - olhei pra ele.
- Não Jú, não ouviu ele falar? ele só vai lá e volta...

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