Parceiros por Acaso - [ YEONGYU/BEOMJUN]

A caixa de pandora

Olha só quem voltou, tavam com saudades? Por que eu já tava doida pra atualizar! 

Eu fui entrar ontem no wattpad e vi que a fanfic bateu 1K AAAAAAAAA Sério tô muito feliz de saber que tem tanta gente lendo e quero agradecer a todo mundo que vem me acompanhando até aqui <3

O capítulo de hoje tá curtinho e tem dois pontos de vista, mas não vou contar de quem são, leia e descubra, haha

A pior ideia que Beomgyu teve na vida foi mudar de país, se afogar em um caso complicado para esquecer dos seus problemas amorosos. Agora, deitado na sua própria cama com somente os seus pensamentos lhe fazendo companhia, ele percebeu que não conseguiria mais ser a pessoa forte quanto queria.

O Choi foi ensinado desde pequeno pela sua mãe que não se deve confiar em ninguém assim tão fácil. Quando ainda era uma criança, costumava dizer que seu pai iria chegar em casa e que os três comemorariam o seu aniversário como uma família, mas quando completou seus dez anos de idade, sua mãe não teve escrúpulos ao contá-lo com a voz alterada pelo álcool que seu progenitor jamais iria voltar para casa.

Desde então entendeu que não se deve ter tanto apego emocional às pessoas. A sua carreira de risco foi uma escolha para ficar o mais afastado possível de todos a sua volta, mesmo que precisasse lutar todos os dias contra a sua personalidade mais carente de atenção, seja ocupando sua mente com ficantes em baladas aleatórias, vendo filmes de ação ou até se arriscando mais do que deveria em uma missão.

Mas depois que Haneul surgiu em sua vida, um garoto que estava numa lanchonete no dia e hora erradas e por uma questão de poucos segundos quase acabou no meio de um confronto entre o FBI e os criminosos que percebeu ser impossível se manter como uma pedra de gelo para sempre. Por um azar do destino os dois voltaram a se encontrar em uma lanchonete, onde Beomgyu mentiu ser o sócio para mais tarde começar um relacionamento de anos, mas que nunca sequer chegou aos pés de poucos dias com Yeonjun.

Enquanto Haneul gostava de ser delicado, com cada passo bem calculado, as falas sempre meigas, Yeonjun é bruto, quase que selvagem, quase nunca pensa direito no que está fazendo. Haneul é morno, como uma chama prestes a se apagar e Yeonjun parece ter brasa no lugar das mãos, explorando seu corpo com os dedos esguios que sabem exatamente onde tocar para levá-lo aos céus.

Ele se amaldiçoou por se entregar tão fácil, dormindo com o outro agente sem pensar duas vezes? Estava com a cabeça na lua para se apegar logo de primeira? O seu desejo era poder trancar o seu coração às sete chaves e nunca deixar mais ninguém entrar lá, mas seria como tentar impedir uma enchente de destruir uma casa somente fechando a porta.

Ficar sozinho parecia uma opção horrível naquele momento, mas contanto com a carta da amizade para os seus momentos de fosse, ele ligou para alguém que jamais negaria ajuda.

— Kai?

— Gyu, está chorando? — Beomgyu revirou os olhos, sabendo o quanto o agente Huening gostava de fazer perguntas óbvias, ainda mais quando estava conversando pelo telefone.

— O que você acha?

— Tudo bem, eu já estou indo aí.

Beomgyu apenas esperou alguns minutos, até ouvir a campainha indicando a chegada do amigo. Ele se levantou da cama quentinha para se arrastar até a porta.

— Nossa, você está péssimo.

O Choi apenas concordou com a cabeça. Ele não precisava nem ir até o espelho para saber que seus olhos estão inchados pelo choro, os cabelos tão bagunçados quanto sua mente e o pijama velho de guerra amassado no corpo por pura preguiça de passá-lo.