O outro lado da moeda

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Voltei pra lançar a braba, agora é a hora da verdade! 


Uma equipe foi montada para acompanhar os agentes, outros policiais de patentes mais baixas também se prontificaram a vasculhar a área em busca de possíveis armadilhas ou snipers nos telhados dos prédios esperando para atirar. Apenas a atividade de alguns homens suspeitos entrando no local foi detectada. 

Alguns carros do modelo padrão do governo estacionaram duas quadras antes da concessionária para não levantar suspeitas, aguardando escondidos em pontos estratégicos futuras ordens. Caso algo saísse do controle, os agentes responsáveis pela missão podem lhes chamar pelo ponto eletrônico, uma espécie de comunicador mais confiável que um rádio de pilha, em seus ouvidos. 

Beomgyu e Kai montaram um pequeno esquema de abordagem durante o caminho, para não levantar suspeitas dos funcionários do lugar, ambos estão usando roupas normais para poderem se passar por meros clientes tentando alugar um carro. Enquanto o agente Huening ficará responsável por fazer algumas perguntas, o Choi irá dar uma olhada nos veículos para encontrar alguma pista.

 Eles estacionaram uma quadra antes e completaram o resto do percurso a pé, as armas escondidas pelo tecido grosso do jeans e das camisas largas, um velho truque de policial para quando é necessário levar uma arma para algum lugar sem alarde. 

A construção é composta por um longo galpão cinzento onde os carros estão, anexa da loja em uma casinha com telhado e janelas pintadas de verde recentemente, o que indica bom lucro e grandes atividades na concessionária. O lugar de longe parece bem amigável, uma pessoa normal pensaria se tratar apenas de uma loja qualquer, ninguém poderia imaginar que um assassino teria alugado o carro ali antes de matar a sua vítima. 

 Os dois agentes se separaram, desejando sorte um para o outro em suas tarefas. Beomgyu pediu para alguns homens vasculharem o interior do galpão depois dele ter arrombado a porta com um pontapé. 

Ele esperou durante alguns segundos por alguma confirmação, mas tudo que ouviu foi o típico barulho de uma troca de tiros, alguém deveria ter chegado mais cedo lá dentro, será que estava invadindo o território dos bandidos? 

O agente sacou a sua arma, destravou o gatilho e entrou já mirando em dois homens que representavam uma ameaça hostil. Nessa situação é melhor atirar depois pensar ou acabará morto. 

Ele adentrou o espaço aos poucos, se escondendo entre os carros, não parou para prestar atenção nos modelos ou na dimensão do lugar. Um dos homens tentou o acertar no pescoço com uma faca, Beomgyu segurou firme o braço do sujeito, rotacionando o membro para trás, o seu grito de dor indicava que algum osso foi quebrado no processo, aproveitou-se da distração alheia para aplicar uma rasteira e finalizá-lo com um tiro na cabeça. 

— É você, seu filho da puta! — Beomgyu se assustou ao ouvir aquela voz tão familiar. Ele percebeu que os tiros haviam cessado há alguns segundos, todos os demais homens foram mortos, agora restam somente os dois. 

O agente não acreditou nos seus olhos quando viu Seojun com uma submetralhadora apontada em sua direção, o olhar ameaçador. A sua postura poderia intimidar qualquer outro homem, fazer qualquer um tremer os pés a cabeça, mas Beomgyu já está acostumado com esse tipo de estratégia para lhe fazer desistir de lutar, mas nunca deixaria um oponente sair impune.

Nem se tiver passado a melhor noite da sua vida com a foda maravilhosa dele. 

— Você me seduziu para escapar da polícia. — Seojun cerrou os dentes, recarregando a arma para poder usá-la novamente. 

Parceiros por Acaso - [ YEONGYU/BEOMJUN]Onde histórias criam vida. Descubra agora