Parceiros por Acaso - [ YEONGYU/BEOMJUN]

Um tiro no escuro

Só queria dizer que quem viu meus tiktoks essa semana pode ter visto algum spoiler desse capítulo, mas pra quem não entendeu, vou explicar lá nas notas finais e quem ainda não me segue, o meu tiktok é @escritorabunniee

Vocês tão preparados? Eu sei que tô mexendo muito com o coração de vocês nessas últimas atualizações, mas no capítulo de hoje eu tenho certeza que vou receber até ameaça pra continuar logo a história

O apartamento concedido a Seokjin, como já esperado, não era nada chamativo. A casa era idêntica a todas as outras da vizinhança, nada de cores vibrantes, apenas tonalidades pastéis na fachada e janelas quadradas entre a porta principal.

Beomgyu estranhou a rua residencial estar deserta ainda de tarde. Como não era uma atividade oficial do governo, os quatro tiveram que cuidadosamente ir analisando o quarteirão por cerca de uma hora, mas não conseguiram achar ninguém em casa, o que só tornava tudo ainda mais suspeito.

- Me diz que achou alguma coisa, Huening. - O agente Kang perguntou, desesperado por qualquer coisa que comprovasse não estar paranóico com o que descobriu.

- Eu achei uma mulher na rua, ela me disse que um grupo de homens passou por aqui mais cedo pedindo para evacuar a área.

- Merda, eles chegaram antes da gente! - Beomgyu gritou irritado, mas se arrependeu no mesmo segundo devido a uma pontada de dor em sua cabeça.

Ele não conseguia dormir bem a algumas noites, a sua mente estava bagunçada com tantos pensamentos sobre aquele maldito agente da CIA não o deixaram pregar os olhos por mais que alguns minutos. Além disso, Yeonjun ainda fez questão de humilhá-lo, fazê-lo sentir vergonha do seu próprio desespero em tentar uma reconciliação.

A vida real não é tão fácil como os filmes românticos onde o mocinho pede perdão ao seu par romântico e os dois se beijam no final. Ela é dura e cruel, na vida real as pessoas preferem se esconder atrás do orgulho a perdoarem umas às outras.

Beomgyu se sentia exausto, seu corpo não consegue se movimentar com tanta agilidade como gostaria e a sua mente está um caos, sequer consegue pensar direito. Mas nada disso o impediu de estar ali, cumprindo o seu devido papel na missão, tentando proteger uma testemunha, porque se lamentar dentro de seu quarto não vai resolver nenhum esquema criminoso milionário.

Não há outro jeito, a casa de Seokjin precisa ser invadida da maneira mais primitiva possível: com quatro homens armados atirando na cara e na coragem. O agente Choi mandou Kai para a porta dos fundos, Beomgyu pela direita e mesmo sob protestos, Taehyun aceitou arrombar a porta da frente.

Se estava caminhando em direção a morte? Beomgyu já havia passado tantas vezes pela mesma situação que o aumento da adrenalina em seu sangue não o causava mais a sensação de pânico.

Ele pulou a janela que estava com vidros quebrados, tomando cuidado para não cortar as mãos nos cacos de vidro espalhados pelo parapeito. Seu corpo aterrissou do lado de dentro da casa e ao andar, tomou o máximo de cuidado para não fazer nenhum barulho.

Mas logo o que era para ser uma invasão silenciosa se tornou um desastre. O barulho repentino de tiros o fez se esconder atrás de uma parede, retirou a sua arma da calça e começou a trocar tiros, o seu ombro ardeu repentinamente, uma bala de raspão deve ter cortado a sua pele, e isso o deixou com ainda mais raiva, os alvos foram caindo, um por um ao chão até o silêncio tomar conta do ambiente.

Beomgyu foi avançando aos poucos, sempre atento a possíveis inimigos escondidos em lugares estratégicos. Por conta de sua desconfiança, conseguiu eliminar dois sujeitos se escondendo atrás de móveis, ele abriu portas e vasculhou um cômodo que pensou ser um escritório.