𝑸𝑼𝑨𝑻𝑹𝑶.

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Acordou às 8:12, mas acabou perdendo mais de 1 hora respondendo as mensagens de seus amigos, alunos e comentários na sua conta no Instagram. Por conta disso ele perdeu o café da manhã e saiu muito mais tarde do que pretendia.

Seus pais o mandaram mensagem dizendo que iriam ao shopping, comprar algo como um calçado, a mensagem não era muito específica sobre isso.

O hotel que estava ficando era de frente para a praia e tinha vários restaurantes, bares, lanchonetes e botecos no calçadão. Então seus planos para hoje era mergulhar no mar e depois comer alguma coisa em um boteco qualquer que tivesse lá, além de provar os inúmeros drinks que ele ouviu falar que tem no Brasil, ele ouviu muito disso no primeiro avião que pegou. Sentou do lado de um homem, de pelo menos 23 anos, e quando falou que iria para o Brasil, depois de muita insistência do cara, ele não parou de falar do quanto os drinks do Brasil eram surreais e não existiam outros iguais, isso até eles aterrissaram em Washington. Foi uma das experiências mais tediosas da vida dele, mas pelo menos ele sabe que deveria provar alguns drinks e conhecer alguns lugares específicos agora.

Ele alugou uma bicicleta e saiu para andar e conhecer um pouco do lugar, mesmo que bem pouco e somente no calçadão da praia, parou para comprar um óculos e um queijo coalho, que ele não sabia como ele realmente comeu aquele queijo, aquele "forno portátil" parecia que o daria três tipos de tétanos diferentes. A fome o leva a loucuras mesmo.
 

《•》

– Com licença, eu poderia ser atendido por alguém que fala inglês? – Tinha visto um vídeo de dicas para estrangeiros que viajam para outros países e não falam a língua de lá, e a primeira dica era sempre pedir para conversar com alguém que fala inglês.

– Claro, querido! Um minuto. – Ela virou para olhar alguém que estava lá dentro, aparentemente para chamar essa pessoa para o atender, mas ela falou e entendeu o inglês que ele tinha falado muito bem. – Atsushi, vê quem daí pode atender o gringo aqui. – Ele não tinha entendido o porquê ela teve o trabalho de chamar alguém sendo que ela falava inglês, mas ele não teve tempo de questionar a mulher.

– Yosano!! O Kunikida vai matar o Dazai! Por favor, vem ajudar. – Um garoto de cabelos brancos e com um avental saiu da cozinha desesperado e quase chorando.

– DAZAI OSAMU! Volta aqui, eu ainda não terminei de falar com você, seu merda! – Um grito da cozinha e o albino se desesperou mais ainda, enquanto a morena estava se segurando para não rir.

– Kunikida, meu amor, eu preciso atender as mesas. Eu sei que você me ama e quer ficar perto de mim o tempo todo, mas tem que entender que eu sou um homem trabalhador e dou muito de mim no meu trabalho.

– Ata, até parece. Você não lava uma faca, não faz uma comida, um drink, não arruma uma mesa, não atende ninguém. O que você faz então, hein??

– Que mentira, Kunikida. Eu como aquela gostosa da sua mãe. – Só se ouvia a risada da mulher de cabelos curtos e do garoto moreno de óculos que tinha chegado, e agora ria junto da tal Yosano. Isso enquanto o garoto de cabelos brancos, aparentemente estava tendo um infarto, e ninguém ia ajudar o coitado.

– Você me dá nos nervos, sua múmia.

– Se eu sou uma múmia, quer dizer que no Egito Antigo eu era um faraó, porque não é possível eu ser tão desejado assim. – Depois disso só se deu para ouvir o som de uma panela caindo no chão, ou sendo jogada em alguém, Chuuya não conseguiu decidir qual era.

– Atsushi, chame o Dazai para atender o ruivo ali. – Ele foi na ponta dos pés, bem devagar, como quem preferia ir para a guilhotina durante a Revolução Francesa do que entrar nessa cozinha, mas uma hora ele iria chegar lá né.

Versos meus tão seus | Soukoku Onde histórias criam vida. Descubra agora