𝑶𝑰𝑻𝑶.

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A fachada do bar estava toda iluminada, haviam alguns vasos de plantas na lateral dos dois lados, uma placa na parte de cima, em um tamanho consideravelmente grande escrito o nome do bar em led — o que facilitaria a identificação fácil a pessoas que estavam perdidas em sua primeira vez, ou seja: Chuuya —, o prédio era pintado toda em preto, o que dava destaque ao led na escuridão da noite.

Era visto logo de cara um grande número de pessoas concentradas em uma extensa fila na lateral direita, uma fila que a cada hora ficava maior, Chuuya seguiu para o final dela e ficou esperando sua vez, a espera não era demorada, mas ele estava muito longe do começo. Algumas pessoas passavam pela porta direto, porém ele não pensou em nada que o fizesse poder entrar direto também.

Um garoto ruivo, no qual Chuuya tinha certeza que conhecia, saiu de dentro do local e vinha contando — ??? — quantas pessoas havia na fila. Passando pela metade dela ele parou, bem à frente de Chuuya, levando somente alguns segundos para o reconhecer e depois o olhar como se acabasse de encontrar um tesouro.

– Senhor gringo! – O garoto esboçou um sorriso, o qual foi retribuido, não com a mesma intensidade.

– Olá!? – O outro o puxou para fora da fila, segurando seu braço o trazendo para a porta, qual as pessoas que Chuuya viu passando direto entravam.

– Não precisa esperar mais. – Ele se virou para o outro para falar ainda com o mesmo sorriso de antes. E ele definitivamente precisava aprender português mais rápido.

A visão de dentro não era muito diferente do que ele esperava. O local era bastante iluminado ao mesmo tempo que era possível ver alguns pontos quase sem luz, estratégico ele diria, uma pista com leds coloridos por toda parte, um dj, um bar, ele diria que a parte mais bonita e chamativa do local.

Por mais que o lugar parecia estar cheio quando entrou, o local quanto mais se andava mais espaçoso se tornava, Chuuya poderia ver escadas no final se esforçasse sua visão um pouco, que provavelmente devem levar a quartos privativos. O garoto soltou sua mão, depois de alguns minutos que estavam rodando por lá, murmurando alguma coisa que Chuuya sequer entendia, mas confirmava com a cabeça, o que pareceu dar certo já que ele sorriu e depois se afastou do ruivo, o deixando sozinho por lá.

Ele olhou ao redor, obviamente não encontrando nenhum rosto familiar por lá, assim decidindo por si que iria pegar algo para começar a sua noite.

– Com licença, o senhor saberia me dizer qual é a bebida que aquele homem de blusa preta atrás de mim está tomando? –  Aponta com a cabeça, não chegando a virar para o olhar, para o homem sentado a alguns metros atrás dele. Tinha visto uma bebida com a aparência muito parecida em uma propaganda de um vídeo que estava assistindo na viagem de avião. Talvez nem seja a mesma bebida e ele esteja prestes a pedir algo horrível, mas tem uma aparência tão atrativa que ele se vê na vontade de experimentar, e porque não hoje que ele se sente mais corajoso que o normal.

– Me desculpe, senhor, mas eu comecei hoje a trabalhar aqui e realmente não sei fazer aquele drink. Quem o fez foi uma garota que acabou de sair para guardar algo lá nos quartos.

– Coloque limoncello, gelo, vinho branco, água com gás e uma rodela de limão siciliano dentro do copo, um bom Limoncello spritz, e por favor não deixe o homem aqui na vontade. – O moreno a quem Chuuya estava se referindo antes, que ele achava impossível ouvir a conversa entre ele e o barman de onde se encontrava, que estava sentado sorriu agora ao lado de Chuuya. – Fyodor, prazer!

– Chuuya. – Retribuiu o sorriso o mais gentilmente possível. Pelo canto dos olhos viu o barman saindo, provavelmente para preparar a bebida.

– Ficou interessado? – O ruivo ficou um pouco envergonhado e talvez confuso depois da frase do moreno, pois não tinha em momento nenhum mostrado interesse no homem, ou ele achava que não pelo menos. Seus pensamentos logo foram cortados quando o de cabelos negros apontou para o copo, rindo um pouco da cara de confusão do ruivo no processo.

Versos meus tão seus | Soukoku Onde histórias criam vida. Descubra agora