Versos meus tão seus | Soukoku

𝐃𝐄𝐙𝐄𝐒𝐒𝐄𝐈𝐒.

Se fosse para perguntar a Chuuya ele diria que nunca, em todos os seus 25 anos de vida, havia ficado tão bronzeado como estava de umas semanas para cá. Quando voltasse para a França deveria começar a fazer bronzeamento artificial, porque nunca se sentiu tão bonito.

"Quando voltasse para a França..."

Deus, ele sequer gosta de pensar muito sobre isso, não quer nunca deixar tudo o que viveu, vive e ainda viverá no Brasil, mas sabe que uma hora acontecerá. E por mais que sempre pode voltar, nunca será o mesmo. Ele está morrendo de saudade de Koyou, Arahabaki, dos flags, Hirotsu e até mesmo de seus alunos, e às vezes fica se perguntando se sentirá tanta saudade assim do que tem aqui agora, das noites de show no quiosque, de todas as amizades incríveis que fez durante sua estadia aqui, até mesmo de Akutagawa, Atsushi e Gin, já que havia começado a conversar com eles a um certo tempo atrás, Dazai...

Será que sentirá saudade de Dazai quando for?

Ele odiava tanto pensar sobre, mas Chuuya nunca foi uma pessoa que só pensa no presente, pelo contrário, ele não consegue não se preocupar com o futuro e focar apenas no presente, mas nessas férias ele vem tentando, e Deus sabe o quanto.

– Se continuar nesse mundo aí vai torrar no sol até pegar uma insolação! – Seus pensamentos são totalmente interrompidos pelo atual dono deles. Chuuya descobriu muitas coisas novas nesse verão, uma delas é que ele tem uma quedinha muito grande por surfistas, em especial esse em sua frente.

– Acho que os três tubos de protetor solar, que você fez questão de espalhar em mim, servem para não deixar isso acontecer. – Ironizou Chuuya, mesmo que ele não reclamasse de jeito nenhum disso.

Vim com Dazai para a praia de sua casa poderia acabar de três maneiras:
1. Eles vindo para a praia normalmente e rápido, porque ele passou o protetor solar sozinho em seu corpo.
2. Uma sessão de massagem e alguns vários movimentos em sua bunda, os quais ele sequer sabia que existiam e, por conta disso, acabarem se atrasando um pouco para sair.
3. Os movimentos da massagem se intensificam um pouco mais e eles acabam ficando por lá mesmo, na casa de Dazai. (Chuuya particularmente gostava bastante desse, o que não significava que ele reclamasse dos outros)

O moreno riu da resposta do ruivo, em seguida tentou empurrá-lo para o lado para que também pudesse se deitar na canga, sendo impedido por Chuuya que o empurrou com o ombro para a areia.

– Agora eu estou todo empanado! – Dazai não expressava nenhuma raiva em sua fala, pelo contrário, ele parecia incrivelmente divertido com a situação, acompanhando a risada de Chuuya, que ria enquanto tentava tirar a areia que estava infestando o cabelo do maior. O moreno afastou a mão de Chuuya de seu cabelo e balançou a cabeça para tirar a areia de suas madeixas, na visão do ruivo parecia muito um cachorro molhado se secando.

– Bem mais rápido! – Osamu deu de ombros, pegando uma toalha na bolsa que Chuuya havia dito que eles precisavam (adicione muitas exclamações) trazer de todo jeito, porque tudo ali era essencial. Quando Dazai vem para a praia sozinho, na maioria das vezes, nem seu telefone ele trás.

– Mais rápido, mas meu rosto que está cheio de areia agora.

– Oh, desculpe, meu amor! – Ele tentava 'espantar' os grãos de areia delicadamente do rosto de Chuuya, dando um beijo em sua bochecha a cada cinco batidinhas no rosto do ruivo.

– Você é muito brega, sabia? – Chuuya sorriu quando o dito brega o puxou para um beijo, logo juntando suas línguas e trazendo o menor para seu colo, fazendo-o estremecer com o choque de temperaturas pelo corpo molhado e frio do moreno com o do seu próprio seco e quente. As mãos de Dazai não paravam de subir para suas coxas, subindo ainda mais para sua bunda e parando lá para que o moreno consiga brincar com suas mãos debaixo do shorts de Chuuya. O ruivo encerrou o beijo, parando as mãos do outro e as afastando de sua bunda em seguida. – Não comece algo que você não pode terminar aqui, Osamu. – Saiu do colo do mais novo olhando para os lados e ajeitando seu shorts. – Quer entrar no mar? – Mudou de assunto. Ele levantou tirando a areia que estava em suas coxas, sendo acompanhado pelo moreno, que levantou logo depois. – Pensei que poderia me ensinar a surfar. – Pediu Chuuya como se não quisesse nada, fazendo Osamu se animar, pegando sua prancha rapidamente e puxando o ruivo para a praia assim que terminou de tirar a areia de suas pernas e costas, teria que o ensinar do básico do básico, já que aparentemente o menor não sabia nem subir corretamente em uma prancha.